Imagem de Lago indiano mudou de cor misteriosamente da noite para o dia no megacurioso

O lago Lonar, localizado na Índia, tem uma história bastante curiosa e milenar

<head></head><body>Um lago bastante antigo na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/103541-7-coisas-sobre-a-india-que-nunca-passaram-pela-sua-cabeca.htm">Índia</a>, com cerca de 50 mil anos de idade, chamou a atenção das pessoas recentemente por conta de um curioso fenômeno. De uma tonalidade tradicionalmente verde, o lago Lonar, de repente, ficou rosa. A mudança pode ter acontecido, segundo algumas teorias, muito provavelmente devido à mudança da salinidade presente na água, mas pode haver algumas outras alternativas para o ocorrido.Algumas agências governamentais locais e também entidades promotoras de preservação e conservação do meio ambiente foram acionadas para realizarem investigações mais aprofundadas acerca do que possa ter acontecido. Os especialistas, no entanto, já constataram por meio de análises e observações que a água já havia mudado de cor anteriormente, mas de uma forma mais discreta. Contudo, agora com a tonalidade tão visivelmente diferente, as atenções se voltaram para explicar o fenômeno.<blockquote class="twitter-tweet">From Green to Pink; Lonar Crater Lake has changed its colour.<a href="https://twitter.com/hashtag/LonarLake?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#LonarLake</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/LonarCrater?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#LonarCrater</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/SaltWaterLake?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#SaltWaterLake</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/MaharashtraTourism?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#MaharashtraTourism</a> <a href="https://t.co/2HmvOiyr6h">pic.twitter.com/2HmvOiyr6h</a>— Maharashtra Tourism (@maha_tourism) <a href="https://twitter.com/maha_tourism/status/1270731124789010433?ref_src=twsrc%5Etfw">June 10, 2020</a></blockquote>"Do verde ao rosa; lago Lonar mudou sua coloração", postou o Maharashtra Tourism em sua conta oficial no Twitter com fotos que evidenciam a mudança.MN Khairnar, vice-conservador do Departamento Florestal de Maharashtra, em Akola, afirmou que a entidade está pronta para estudar o lago de uma maneira mais profunda. “Vamos coletar amostras da água do lago para testes e então descobrir o motivo da ocorrência”, afirmou. Segundo ele, as amostras serão encaminhadas para alguns centros de pesquisa no país, incluindo o Agarkar Research Institute.<h2 dir="ltr">Cratera milenar</h2>O lago Lonar, localizado dentro do planalto de Deccan, em Maharashtra, está a cerca de 310 quilômetros da famosa cidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/106584-kailasa-o-incrivel-templo-indiano-esculpido-em-um-imenso-bloco-de-pedra.htm">Mumbai</a>. E ele só existe devido ao impacto profundo de um meteorito que atingiu a região em uma velocidade extremamente alta muitos anos atrás.&nbsp;Por conta dessa formação, o lago se tornou bastante famoso e ganhou notoriedade como a maior <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113471-meteoro-deixa-cratera-na-superficie-de-marte.htm">cratera de impacto</a> do mundo em rochas basálticas e vulcânicas. O título de terceira maior cratera de todos os tempos, formada há menos de um milhão de anos, também pertence ao Lonar.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/17/17021615929413.jpg" alt="(Fonte: Santosh Jadhav/Getty Images)">(Fonte: Santosh Jadhav/Getty Images)Embora o que tenha acontecido ao lago permanece sob investigação, algumas teorias já foram criadas para explicar o que poderia ter acontecido, conforme sugerem alguns estudiosos e especialistas.&nbsp;Uma das teorias fala a respeito do nível da água, que pode estar sendo afetado pela época — uma estação de bastante seca pode aumentar, gradativamente, os níveis de salinidade conforme a água vai diminuindo e desencadear a proliferação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114007-descoberta-alga-que-pode-ter-dado-origem-as-plantas-terrestres.htm">algas</a> vermelhas, que colaborariam com a tonalidade mais rosada.Resta aguardar pelas pesquisas que vão confirmar o fenômeno neste lago tão importante para o mundo.</body>

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Lago indiano mudou de cor misteriosamente da noite para o dia

Imagem de Couro vegano feito de cactos é a nova tendência no México no megacurioso

O produto tem a mesma textura do couro animal e é amigável ao meio ambiente

Quem busca solu&ccedil;&otilde;es que n&atilde;o envolvam o sofrimento animal e a destrui&ccedil;&atilde;o do meio ambiente pode encontrar um caminho na pr&oacute;pria natureza. Os empreendedores mexicanos Adri&aacute;n L&oacute;pez Velarde e Marte C&aacute;zarez desenvolveram um m&eacute;todo de transformar <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/108691-tendo-um-dia-estressante-ver-cactos-florescendo-vai-deixar-voce-calminho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cactos</a> em couro vegano. E o melhor: com a mesma textura do produto animal tradicional.
A ideia de obter esse material se deu ap&oacute;s Velarde e C&aacute;zarez constatarem o tamanho do problema da polui&ccedil;&atilde;o ambiental causada pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110471-designer-holandes-cria-alternativa-de-couro-a-partir-de-folhas-de-palmeira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">couro</a>. Eles trabalhavam nas &aacute;reas fashion e automotiva, nas quais o material &eacute; muito utilizado; a moda, por exemplo, &eacute; a segunda ind&uacute;stria mais poluente do mundo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/15/15172749608322.jpg" alt="(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o / Desserto)" />(Fonte: Desserto/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Couro vegetal</h2>
A dupla desistiu dos empregos formais e se dedicou durante 2 anos para desenvolver o couro vegano, que se chama Desserto e &eacute; o primeiro material org&acirc;nico do mundo feito a partir do cacto de nopal e amig&aacute;vel ao meio ambiente.
Al&eacute;m de o couro tradicional ser retirado de animais, existe o problema do impacto ambiental causado pela utiliza&ccedil;&atilde;o de produtos qu&iacute;micos no processo de tratamento, o que impede que o material seja <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107043-saiba-por-que-canudos-de-plastico-sao-um-grande-problema-para-os-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">biodegrad&aacute;vel</a>.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/15/15172851952324.jpg" alt="Fonte: desserto.pelle (Reprodu&ccedil;&atilde;o / Instagram)" />(Fonte: desserto.pelle/Reprodu&ccedil;&atilde;o) 
Sem qu&iacute;micos t&oacute;xicos, o couro vegano &eacute; sustent&aacute;vel e vers&aacute;til, com uma grande variedade de cores e texturas. O material tamb&eacute;m chama aten&ccedil;&atilde;o por ser el&aacute;stico, respir&aacute;vel e ter potencial de adapta&ccedil;&atilde;o para diversos produtos.
A inspira&ccedil;&atilde;o do cacto veio da quantidade dessas plantas no <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/109997-12-curiosidades-sobre-o-mexico-que-vao-deixar-voce-boquiaberto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">M&eacute;xico</a> e da capacidade de resistirem a altas temperaturas sem muita &aacute;gua. Para conseguir o resultado, eles cortam as folhas maduras, limpam, amassam e as deixam secar ao Sol por 3 dias. Ap&oacute;s esse per&iacute;odo &eacute; iniciado o processo patenteado.&nbsp;
Confira mais sobre a iniciativa.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/x4sGOYbHoXo" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>

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Couro vegano feito de cactos é nova tendência no México

Imagem de Confira imagens incríveis de milhares de tartarugas marinhas no megacurioso

Os cientistas utilizaram a tecnologia de um drone para capturar as imagens

Em sua conta de discuss&otilde;es ambientais no Twitter, o governo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113250-quatro-novas-especies-de-tubaroes-que-andam-foram-descobertos.htm">Queensland</a>, na Austr&aacute;lia, publicou recentemente imagens que mostram milhares de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113705-tartarugas-sentem-cheiro-de-comida-em-plastico-dizem-cientistas.htm">tartarugas marinhas</a> verdes na ilha de Raine. Para que tudo isso pudesse ser visto pelas pessoas, os pesquisadores respons&aacute;veis por estudar o cotidiano desses animais, em dezembro de 2019, utilizaram a tecnologia dos drones para que pudessem visualiz&aacute;-las de uma forma melhor. Confira:
<blockquote class="twitter-tweet">
This is some of the most spectacular vision you will ever see - our new eye in the sky has captured 64,000 turtles off the coast of Raine Island, north-west of Cairns. More: <a href="https://t.co/76WPkfoRSG">https://t.co/76WPkfoRSG</a> <a href="https://t.co/HC7tZjVbZV">pic.twitter.com/HC7tZjVbZV</a>
&mdash; Queensland Environment (@QldEnvironment) <a href="https://twitter.com/QldEnvironment/status/1270488007964012544?ref_src=twsrc%5Etfw">June 9, 2020</a></blockquote>
Estima-se que cerca de 64 mil tartarugas verdes apare&ccedil;am no v&iacute;deo. Essa pesquisa faz parte de um projeto de recupera&ccedil;&atilde;o proposto pelo governo para a revitaliza&ccedil;&atilde;o da ilha de Raine, protegendo e restaurando o habitat natural da ilha. As tartarugas marinhas verdes s&atilde;o uma esp&eacute;cie amea&ccedil;ada de extin&ccedil;&atilde;o por alguns fatores que incluem redes de pescadores que n&atilde;o possuem dispositivos de exclus&atilde;o de tartarugas e tamb&eacute;m a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112300-tartaruga-marinha-bebe-morre-apos-ingerir-104-pedacos-de-plastico.htm">intensa polui&ccedil;&atilde;o</a>.
Contudo, os cientistas que acompanham de perto esses animais est&atilde;o monitorando cada passo delas para garantir que a esp&eacute;cie consiga se reproduzir sem interfer&ecirc;ncias. &ldquo;Os m&eacute;todos de pesquisa populacional feitos anteriormente envolviam pintar uma faixa branca na concha das tartarugas verdes quando estavam nidificando [a&ccedil;&atilde;o dos animais de construir seu ninho] na praia. A tinta n&atilde;o &eacute; t&oacute;xica e some em alguns dias &rdquo;, garantiu Andrew Dunstan, pesquisador do Departamento de Meio Ambiente e Ci&ecirc;ncia, em um comunicado &agrave; imprensa do governo de Queensland.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/11/11111937187442.jpg" alt="(Fonte: Governo de Queensland)" />(Fonte: Governo de Queensland)
<h2 dir="ltr">Manuten&ccedil;&atilde;o da esp&eacute;cie</h2>
Andrew Dunstan tamb&eacute;m explicou como o processo de contagem das tartarugas ocorrem. Segundo ele, os pesquisadores em equipe contam as tartarugas pintadas e n&atilde;o pintadas, mas n&atilde;o h&aacute; tanta precis&atilde;o j&aacute; que os olhos se atraem mais facilmente para as tartarugas pintadas. &ldquo;O uso de um drone &eacute; mais f&aacute;cil, seguro e muito mais preciso, e os dados podem ser armazenados de forma permanente&rdquo;, afirmou ele.
A filmagem feita pelo drone foi submetida a uma an&aacute;lise quadro a quadro, no qual garantiu com precis&atilde;o a quantidade de tartarugas. Dessa forma, tamb&eacute;m foi poss&iacute;vel fazer compara&ccedil;&otilde;es com a quantidade contada pelos observadores e se mostrou mais eficiente, j&aacute; que foi poss&iacute;vel determinar de forma mais r&aacute;pida e tamb&eacute;m economizar tempo em campo, impactando menos o cotidiano das tartarugas nesse processo.
Esses locais de nidifica&ccedil;&atilde;o na ilha de Raine s&atilde;o considerados pelos especialistas como a maior concentra&ccedil;&atilde;o de tartarugas dessa esp&eacute;cie no mundo. Dessa forma, as imagens trazidas a p&uacute;blico s&atilde;o raras e se mostram impressionantes, dada a quantidade de animais durante esse evento natural.

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Confira imagens incríveis de milhares de tartarugas marinhas

Imagem de Fakebook.eco: novo site traz informações contra fake news ambientais no megacurioso

Além de explicar a verdade sobre mitos comuns quando o assunto é meio ambiente, iniciativa também verifica falas de autoridades

<head></head><body>Numa época em que notícias falsas são compartilhadas instantaneamente nas redes sociais e verdades que consideraríamos irrefutáveis — <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106752-afinal-quem-sao-as-pessoas-que-acreditam-que-a-terra-e-plana.htm">como o fato de que é a terra é redonda, por exemplo</a> — são postas em dúvida por muitos teóricos da conspiração, o meio-ambiente é um dos assuntos que mais rende debates. Afinal, não são poucas que questionam "como assim <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107433-5-provas-de-que-o-aquecimento-global-e-uma-realidade.htm">aquecimento global</a>, se está fazendo frio?". Pois é...&nbsp;Foi justamente para educar o público sobre esse tipo de assunto (afinal, nem todos têm acesso a informações para saber que essas notícias são falsas...) que o Observatório do Clima lançou o site <a href="http://fakebook.eco.br">Fakebook.eco</a>, um projeto de checagem de informações sobre o meio-ambiente. Além da frase citada na parágrafo anterior, é possível encontrar outros textos — embasados em dados confiáveis — sobre várias "<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/113487-62-dos-brasileiros-caem-em-fake-news-sem-perceber-diz-pesquisa.htm">fake news</a>" que circular nas redes sociais, em relação a esse assunto. &nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/11/11164712990587.gif" alt="(Fonte: Tenor)">(Fonte: Tenor)<h2>Verificação de notícias</h2>O Fakebook.eco também tem uma seção, chamada <a href="https://fakebook.eco.br/category/verificamos/">"Verificamos"</a>, em que rebate declarações falaciosas de autoridades sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/meio-ambiente">meio-ambiente</a>. Ainda há apenas uma notícia na seção — sobre um programa de pagamentos por serviços ambientais, anunciado pelo governo —, afinal o site acabou de ser lançado, mas esse promete ser um dos principais destaques da plataforma.&nbsp;Isso porque, segundo entrevista do coordenador da plataforma, Márcio Astrini, para o portal UOL, "O governo faz uso de dados incorretos para vender uma narrativa de que cuidam do meio ambiente e de que a ciência, no país, não é confiável". O Fakebook.eco é uma iniciativa para combater esses dados incorretos com informação.&nbsp;Vale lembrar que, justamente por conta de sua política ambiental, o Brasil recebeu um retorno negativo para seu acordo de livre-comércio com a União Europeia, de parlamentares holandeses. Independente de opiniões ou disputas políticas, o meio-ambiente é um assunto que sempre merece nossa atenção, não é mesmo?<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/11/11164829584590.gif" alt="(Fonte; Tenor)">(Fonte; Tenor)<h2>Você também pode colaborar</h2>Por fim, o site também tem um <a href="https://fakebook.eco.br/viu-algo-suspeito/">link</a> onde qualquer usuário pode enviar suspeitas de "fake news", para que o pessoal do site faça a checagem. Afinal, é comum a gente ver muitas opiniões "duvidosas" sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/meio-ambiente">meio-ambiente</a> no Facebook ou, então, receber alguma notícia estranha no grupo da família do WhatsApp. Aliás, vale a pena dar uma olhada no site quando você receber alguma mensagem dessas. Quem sabe já exista algum artigo no Fakebook.eco sobre o assunto, que você pode compartilhar para refutar as fake news.&nbsp;Em tempo, o Observatório do Clima é uma organização que reúne diversos ambientalistas e grupos que lutam pela proteção do meio-ambiente. Ele existe desde 2001, com a missão de observar as mudanças climáticas no contexto brasileiro, promover debates com especialistas sobre o assunto e cobrar posições dos governos nessa área. Para visitar o Fakebook.eco, <a href="https://fakebook.eco.br/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">é só clicar nesse link</a>.</body>

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Fakebook.eco: novo site traz informações contra fake news ambientais

Imagem de Ilha de Páscoa: nova teoria questiona hipótese de colapso socioambiental no megacurioso

Hipótese mais aceita é que o povo Rapa Nui desapareceu após esgotar os recursos naturais da ilha, entrar em guerra e praticar o canibalismo

A ilha de P&aacute;scoa &eacute; famosa por suas est&aacute;tuas gigantes, chamadas de moais, e pelo mist&eacute;rio envolvendo o desaparecimento de seu povo. A teoria mais aceita &eacute; a de que, por volta de 1600, a popula&ccedil;&atilde;o entrou em guerra por conta da destrui&ccedil;&atilde;o ecol&oacute;gica da regi&atilde;o, que acabou com qualquer forma de subsist&ecirc;ncia &ndash; o pessoal teria at&eacute; praticado canibalismo em seus &uacute;ltimos dias. Por&eacute;m, uma nova teoria questiona essa explica&ccedil;&atilde;o para o colapso dessa sociedade.
Quando os europeus descobriram a ilha, em 1722, supostamente n&atilde;o havia nenhum habitante por l&aacute;. Um novo estudo, publicado no Journal of Arcaeological Science, acredita que isso n&atilde;o &eacute; verdade. Como tra&ccedil;os da cultura do povo Rapa Nui sobrevivem at&eacute; hoje, isso poderia indicar que a popula&ccedil;&atilde;o habitou o local por muito mais tempo do que se previa. Para Robert DiNapoli, doutorando em arqueologia pela Universidade do Oregon, essas informa&ccedil;&otilde;es foram deixadas de lado assim que se abra&ccedil;ou a hip&oacute;tese do colapso.
Outros estudos foram levados em considera&ccedil;&atilde;o para dizer que os habitantes da ilha de P&aacute;scoa sobreviveram por mais tempo. O enigma dos moais pode trazer alguns dados: as imensas esculturas chegam a mais de 90 toneladas, sendo um mist&eacute;rio como o povo as levou para pontos extremos da ilha.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/10/10014231728080.jpg" alt="Colapso do povo Rapa Nui permanece um mist&eacute;rio at&eacute; hoje" />Colapso do povo Rapa Nui permanece um mist&eacute;rio at&eacute; hoje
Em 2012, Carl Lipo, da Universidade de Binghamton, e Terry Hunt, da Universidade do Arizona, mostraram que o transporte dessas gigantes est&aacute;tuas poderia ser feito por apenas 18 pessoas usando um movimento de balan&ccedil;o. J&aacute; os chap&eacute;us, de at&eacute; 13 toneladas, poderiam ser colocados com aux&iacute;lio cordas e rampas. Junto a esses estudos, tamb&eacute;m foi feita uma nova cronologia da hist&oacute;ria da ilha.
Acredita-se que o povo Rapa Nui chegou ao local no final do s&eacute;culo XII ou come&ccedil;o do s&eacute;culo XII. Por&eacute;m, Lipo acredita que essa &eacute; apenas uma suposi&ccedil;&atilde;o dif&iacute;cil de ser determinada, mesmo atrav&eacute;s da data&ccedil;&atilde;o feita por carbono-14. A equipe do pesquisador tentou, por radiocarbono, determinar o per&iacute;odo da constru&ccedil;&atilde;o dos moais e do suposto colapso, chegando &agrave; conclus&atilde;o que os habitantes de l&aacute; s&oacute; sucumbiram ap&oacute;s a chegada dos europeus.
Outros estudiosos s&atilde;o mais c&eacute;ticos a essa possibilidade. Para Jo Anne Van Tiburg, arque&oacute;loga da Universidade da Calif&oacute;rnia, ainda acha a hip&oacute;tese do colapso como a mais prov&aacute;vel. Segundo ela, foram v&aacute;rios fatores socioambientais que levaram &agrave; derrocada do povo Rapa Nui e n&atilde;o apenas um fen&ocirc;meno catacl&iacute;smico. Caso os europeus tenham de fato tido contato com o povo da ilha, isso foi apenas a gota-d'&aacute;gua para o fim da popula&ccedil;&atilde;o que j&aacute; estava em forte decl&iacute;nio.
Ap&oacute;s a pandemia, quando puder retornar ao trabalho, Carl Lipo pretende ir &agrave; ilha de P&aacute;scoa para testar novas hip&oacute;teses. Ele e sua equipe trabalham com radiocarbono, mas apenas de pe&ccedil;as comprovadamente feitas pela a&ccedil;&atilde;o humana, o que reduz drasticamente o n&uacute;mero de amostra e gera cr&iacute;ticas da comunidade cient&iacute;fica.&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154058-ilha-pascoa-nova-teoria-questiona-hipotese-colapso-socioambiental.htm">Ilha de Páscoa: nova teoria questiona hipótese de colapso socioambiental</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Ilha de Páscoa: nova teoria questiona hipótese de colapso socioambiental

Imagem de Concentrações de CO2 na atmosfera atingem seu registro mais alto no megacurioso

A quarentena teve um efeito atenuador na poluição no mundo, mas não se engane: as coisas ainda estão piores do que nunca

Na &uacute;ltima quinta-feira (4), <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/mais-lidas">cientistas&nbsp;</a>do NOOA (National Oceanic &amp; Atmospheric Administration) e do Scripps Institution of Oceanography da Universidade da Calif&oacute;rnia fizeram uma an&uacute;ncio preocupante: os n&iacute;veis de di&oacute;xido de carbono (CO2) atmosf&eacute;rico medidos pelo Observat&oacute;rio Mauna Loa no Hava&iacute; atingiram um pico sazonal de 417,1 partes por milh&atilde;o (ppm) em maio deste ano.
Esse valor representa a maior leitura mensal j&aacute; registrada desde 1958, quando o observat&oacute;rio iniciou essas medi&ccedil;&otilde;es. O valor deste ano foi 2,4 ppm superior ao pico hist&oacute;rico registrado em maio do ano passado, que foi de 414,7 ppm. Desde que os n&iacute;veis de CO2 atmosf&eacute;rico ultrapassaram a casa de 400 ppm em 2014, permaneceram em n&iacute;veis jamais experimentados no planeta <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114771-conteudo-do-estomago-de-um-dinossauro-e-revelado-pela-primeira-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em milh&otilde;es de anos</a>.
Para o cientista Pieter Tans, da NOAA, "o progresso na redu&ccedil;&atilde;o de emiss&otilde;es n&atilde;o &eacute; vis&iacute;vel nos registros de CO2".
As causas desses recordes seguidos s&atilde;o as emiss&otilde;es provenientes da queima direta de combust&iacute;veis f&oacute;sseis na produ&ccedil;&atilde;o de energia, nos transportes e na ind&uacute;stria. Ainda que os seres humanos parassem de emitir CO2, afirma o cientista, levaria milhares de anos para que os valores fossem revertidos aos n&iacute;veis <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114800-o-grande-smog-que-matou-milhares-de-pessoas-em-londres.htm">pr&eacute;-industriais</a>.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/10/10182350097252.jpg" alt="Fonte: NOAA and Scripps Institution of Oceanography" /> (Fonte: NOAA and Scripps Institution of Oceanography)
<h2>A Curva de Keeling</h2>
Pioneiro nessas medi&ccedil;&otilde;es, o cientista norte-americano Charles David Keeling, falecido em 2005, foi a primeira pessoa a observar que, mesmo com as eleva&ccedil;&otilde;es anuais dos n&iacute;veis de CO2, esses valores sempre exibem uma flutua&ccedil;&atilde;o sazonal com pico no m&ecirc;s de maio, pouco antes de as plantas come&ccedil;arem a absorver o g&aacute;s no hemisf&eacute;rio norte durante o ver&atilde;o.
Por&eacute;m, no outono boreal, inverno e in&iacute;cio de primavera, as plantas e os solos emitem CO2, elevando naturalmente os n&iacute;veis, o que ocorre at&eacute; maio. O registro desse aumento cont&iacute;nuo em contraste com o ciclo sazonal ficou conhecido como Curva de Keeling.
Pieter Tans explica que a import&acirc;ncia dessas medidas &eacute; constatar que "os n&iacute;veis crescentes de gases que causam o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114790-esfriar-a-terra-refletindo-radiacao-solar-nao-e-uma-boa-ideia.htm">efeito estufa</a> est&atilde;o aquecendo a superf&iacute;cie da Terra, derretendo o gelo e acelerando a eleva&ccedil;&atilde;o do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114755-aumento-do-nivel-do-mar-pode-extinguir-manguezais-em-2050.htm">n&iacute;vel dos mares</a>".
E conclui: "Se n&atilde;o impedirmos que os gases de efeito estufa subam ainda mais, especialmente o CO2, grandes regi&otilde;es do planeta se tornar&atilde;o inabit&aacute;veis".

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Concentrações de CO2 na atmosfera atingem seu registro mais alto

Imagem de Astronauta é a primeira mulher a ir até ponto mais fundo da Terra no megacurioso

Em 1984, Kathy Sullivan também foi a primeira mulher a caminhar no espaço a bordo do ônibus espacial Challenger

Uma antiga astronauta da NASA entrou para a hist&oacute;ria ao mergulhar 11 quil&ocirc;metros para se tornar a primeira mulher na hist&oacute;ria a chegar no ponto mais profundo conhecido no planeta. Durante o s&aacute;bado (6), Kathy Sullivan foi at&eacute; a regi&atilde;o de Guam &mdash; ilha dos EUA localizada na Oceania &mdash;, onde encarou a chamada Depress&atilde;o Challenger.
O desafio faz parte de uma s&eacute;rie de miss&otilde;es denominada de "Anel de Fogo" (Ring of Fire&nbsp;em ingl&ecirc;s)&nbsp;comandadas pela empresa Caladan Oceanic. Al&eacute;m de ser a primeira mulher e oitava pessoa a encarar as profundezas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110201-10-lugares-surpreendentes-e-quase-inexplorados-no-oceano.htm">oceano</a> Pac&iacute;fico, aos 68 anos de idade, Sullivan tamb&eacute;m foi a primeira mulher a caminhar no espa&ccedil;o em uma viagem da NASA no ano de 1984.
<h2>Kathy Sullivan entra para hist&oacute;ria</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/09/09024450104651.jpg" alt="(Fonte: Kathy Sullivan/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Kathy Sullivan/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 1978, Sullivan fez parte de uma das primeiras equipes de astronautas da NASA a incluir mulheres. E antes disso ela j&aacute; havia participado de uma das primeiras miss&otilde;es submarinas utilizadas para estudar o processo vulc&acirc;nico respons&aacute;vel pela forma&ccedil;&atilde;o da crosta oce&acirc;nica.
Al&eacute;m de astronauta, Sullivan tamb&eacute;m &eacute; uma ocean&oacute;grafa naval e ge&oacute;loga aposentada. Durante o treinamento para a viagem &agrave; Depress&atilde;o Challenger, a recordista recebeu um treinamento em rob&oacute;tica para conseguir operar uma garra mec&acirc;nica capaz de recolher amostras do solo do oceano.
Em seu tempo na NASA, Sullivan orbitou a 615 quil&ocirc;metros da Terra, ajudou na implanta&ccedil;&atilde;o do telesc&oacute;pio espacial Hubble e durante 3 horas e 29 minutos realizou uma demonstra&ccedil;&atilde;o de como funciona o reabastecimento de um sat&eacute;lite - o que lhe deu o recorde de primeira mulher a caminhar no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112132-o-que-fazer-com-o-corpo-de-um-astronauta-que-morre-no-espaco.htm">espa&ccedil;o</a>.
<h2>Expedi&ccedil;&atilde;o "Ring of Fire"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/09/09024547776652.jpg" alt="(Fonte: Caladan Oceanic/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Caladan Oceanic/Divulga&ccedil;&atilde;o)
A s&eacute;rie de expedi&ccedil;&otilde;es programadas pela Caladan Oceanic em 2020 tem como objetivo desbravar as regi&otilde;es mais profundas do planeta e realizar pesquisas topol&oacute;gicas e ambientais no local.&nbsp;
Ao longo de oito viagens &mdash; todas comandadas pelo piloto Victor Vescovo &mdash;, a equipe da Caladan pretende observar as fendas vulc&acirc;nicas na regi&atilde;o e identificar novas esp&eacute;cies de vida marinha.
Essa foi a terceira vez que Vescovo percorreu os 11 quil&ocirc;metros da Depress&atilde;o Challenger. O explorador norte-americano foi respons&aacute;vel por projetar e criar o design do <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/106402-como-um-submarino-alemao-afundou-por-causa-de-coco.htm">submarino</a> multimilion&aacute;rio "DSSV Pressure Drop", feito especialmente para suportar a press&atilde;o atmosf&eacute;rica mil vezes maior que no n&iacute;vel do mar.
Ainda em Junho, a expedi&ccedil;&atilde;o "Ring of Fire" deve transportar Kelly Walsh, filha do primeiro homem a alcan&ccedil;ar o fundo da Depress&atilde;o Challenger 60 anos atr&aacute;s, Dan Walsh.&nbsp;

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Astronauta é a primeira mulher a ir até ponto mais fundo da Terra

Imagem de O "Grande Smog" que matou milhares de pessoas em Londres no megacurioso

Desde o século passado, a 'névoa' da capital britânica era na verdade uma nuvem de fumaça letal. Em 1952, um dos maiores desastres aconteceu por causa dela

<head></head><body>Ao longo de mais de 300 anos, a névoa que encobria Londres, como um presságio de morte, serviu para os escritores como um dispositivo de cenário para ressaltar uma atmosfera de mistério e suspense. Foram os romancistas do mal du siècle que deram início ao movimento, romantizando o nevoeiro, mas foi Charles Dickens o responsável por recriar essa imagem. Afinal, era em uma Londres vitoriana do século XIX que detetives tentavam descobrir as mortes cometidas por Jack, o Estripador e outros assassinos que se aproveitaram da neblina para cometer os seus crimes hediondos.Depois de Dickens ter personificado a névoa em seu livro Bleak House&nbsp;(1853), como metáfora para a complexidade da lei, ao longo dos anos outros escritores passaram a se aproveitar da bruma, só que como um objeto de crítica social. Essa se tornou o próprio mal, e não só os criminosos que se refugiavam em meio a ela.A névoa estava literalmente matando as pessoas.<h2>Um verdadeiro vilão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/03/03184027516441.jpg" alt="(Fonte: Climate Home News/Reprodução)">(Fonte: Climate Home News/Reprodução)Essa neblina tão retratada na ficção do século passado nunca foi natural, mas sim fruto da pressão e densidade climática, pois ela era tóxica. Desde meados do século XVII, os londrinos reclamam da impureza do ar na cidade, tudo devido ao encolhimento das áreas florestais que causou uma queda no uso de lenha e aumento exponencial do carvão. O rei Eduardo I chegou a proibir a venda do mineral, pois este produzia nuvens de fumaça colossais, porém poucos cumpriram a ordem, mesmo sob pena de tortura e morte, pois a madeira já estava muito cara naquela época.Com a umidade ficando presa nas colinas ao redor, a localização da bacia de Londres no estuário do rio Tâmisa sempre foi propensa à produção de névoa natural, porém o vapor da água grudava nas partículas liberadas pelas fábricas de carvão, criando uma neblina espessa e persistente que durava dias até se dispersar. Foi a partir disso que um londrino cunhou a palavra smog&nbsp;para se referir ao fenômeno, um neologismo criado pela fusão das palavras "fumaça" e "neblina".Em 1873, um nevoeiro tóxico se instalou na cidade e causou 268 mortes por bronquite. Seis anos depois, no apogeu da Revolução Industrial e com o crescimento da metrópole, uma crise de poluição gerada pelo aumento considerável de fornos domésticos e industriais foi causada. Em meados de 1890, houve uma transição dos motores a vapor para os elétricos, o que ocasionou uma ligeira diminuição da frequência de neblina assim que as fábricas começaram a migrar para fora da cidade.No entanto, o próprio meio ambiente já tinha atingido o seu limite e não conseguiu sustentar a situação.<h2>A morte nebulosa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/03/03184243423444.jpg" alt="(Fonte: Quartz/Reprodução)">(Fonte: Quartz/Reprodução)No dia 5 de dezembro de 1952, o céu amanheceu claro e límpido. Com uma frente fria invernal que predominava há semanas na capital, encher de carvão as lareiras de casas, comércios e empresas se tornou um hábito comum para aguentar o vento fustigante.Ao longo do dia, porém, uma neblina surgiu detrás do Big Ben e foi aos poucos se instalando por toda a parte. Ninguém se surpreendeu, afinal já era algo muito comum no cotidiano londrino. No entanto, com as toneladas de fuligem lançadas no ar por toda a cidade, a névoa ganhou um doentio tom marrom-amarelado. O ar ficou imundo em poucas horas e se tornou impossível ignorar o que estava acontecendo.Tudo se deu por conta de um anticiclone que se estabeleceu sobre Londres, criando um sistema climático de alta pressão que causou uma inversão na qual o ar frio ficou preso abaixo do ar quente, no nível do solo. Portanto, a temperatura impediu que a fumaça sulfurosa do carvão subisse e, com uma brisa inexistente, não havia vento para dispersar a nuvem carregada de fuligem que fedia a enxofre.Por 5 dias, a névoa permaneceu tão densa que os pedestres não conseguiam enxergar um palmo além do nariz. Todos os meios de transporte foram interrompidos, à exceção do metrô. As pessoas abandonaram os seus carros nas ruas e estradas. Comércios fecharam as portas. Ambulâncias não circulavam, e os doentes tiveram que fazer o próprio caminho até os hospitais. Milhares de animais, principalmente os rebanhos de gado em Smithfield, morreram sufocados.<h2>Um ato para respirar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/03/03184508579446.jpg" alt="(Fonte: Daily Mirror/Reprodução)">(Fonte: Daily Mirror/Reprodução)Uma onda roubos cresceu vertiginosamente, pois os criminosos podiam desaparecer na neblina mortal depois de invadirem lojas e bancos. Os sádicos também se aproveitaram desse colapso para cometer os seus atos doentios. Por incrível que pareça, o assassino em série John Reginald Christie imperou mais nas manchetes dos jornais da época do que qualquer traço do grande nevoeiro. O homem assassinou por asfixia no mínimo 6 mulheres e escondeu os seus cadáveres em baixo do piso de madeira de seu apartamento em Notting Hill.Assim que a neblina começou a se levantar, em 9 de dezembro de 1952, o secretário-geral divulgou que 4 mil pessoas tinham morrido de asfixia. Mais tarde, o número chegou na casa de 12 mil mortes por bronquite aguda. Contudo, os efeitos nocivos da poluição atmosférica foram mais duradouros e causou doenças pulmonares crônicas em cerca de 100 mil habitantes. Esse foi o pior nevoeiro da história do país.O governo britânico se mostrou lento para fazer algo a respeito, antes que episódios como aquele tornassem a se repetir. Então em 1956, a Lei do Ar Limpo foi introduzida como uma resposta direta aos nevoeiros letais. O ato estabeleceu áreas livres para fumantes nas cidades e restringiu a queima de carvão doméstico em fornos e lareiras, oferecendo e incentivando as famílias a migrar para o gás e outros meios menos poluentes.A mudança foi gradual e tão lenta quanto o governo para estabelecer o ato. Durante esse período, nevoeiros mortais surgiram de tempos em tempos, sendo que o de 1962 matou cerca de 750 pessoas apenas em um dia. Entretanto, nenhum deles foi em uma escala tão fatal quanto a causada pelo o que ficou conhecido como "Grande Nevoeiro de 1952". Ironicamente, nesse sentido, todos foram igualmente negligenciados pela mídia e pelas próprias pessoas, que se comportavam como se não fosse algo tão importante assim.</body>

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O 'Grande Smog' que matou milhares de pessoas em Londres

Imagem de Esfriar a Terra refletindo radiação solar não é uma boa ideia no megacurioso

De acordo com cientistas, ação enfraqueceria tempestades extratropicais nos 2 hemisférios e atacaria apenas um problema do aquecimento global

Cientistas do mundo todo buscam solu&ccedil;&otilde;es para conter o aquecimento global, que pode causar diversos colapsos em ecossistemas em poucas d&eacute;cadas. Uma das a&ccedil;&otilde;es sugeridas diz respeito &agrave; inje&ccedil;&atilde;o de aeross&oacute;is refletivos na atmosfera, criando uma esp&eacute;cie de prote&ccedil;&atilde;o sobre o planeta e resfriando temporariamente as coisas por aqui. Entretanto, pesquisadores alertam que isso pode n&atilde;o ser uma boa ideia, j&aacute; que outros impactos duradouros seriam testemunhados pela humanidade.
Uma equipe do MIT chegou &agrave; conclus&atilde;o de que a chamada <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145373-geoengenharia-x-vulcao-eficaz-aquecimento-global.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">geoengenharia solar</a> causaria altera&ccedil;&otilde;es profundas nas trilhas de tempestades extratropicais, que se formam o ano todo e se movimentam pelos oceanos e pela terra por meio de correntes de jato. Uma vez que a for&ccedil;a dessas tempestades determina tanto a gravidade quanto a pot&ecirc;ncia das correntes oce&acirc;nicas e de ventos, qualquer mudan&ccedil;a pode trazer consequ&ecirc;ncias ao equil&iacute;brio clim&aacute;tico da Terra.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/09/09205204964047.gif" alt="Visualiza&ccedil;&atilde;o gr&aacute;fica de trilhas de tempestades." />Visualiza&ccedil;&atilde;o gr&aacute;fica de trilhas de tempestades.
De acordo com o time, em um cen&aacute;rio ideal, no qual a radia&ccedil;&atilde;o solar refletida compensaria a quadruplica&ccedil;&atilde;o da concentra&ccedil;&atilde;o de di&oacute;xido de carbono detectada atualmente, modelos indicam que haveria um enfraquecimento dessas tempestades em ambos os hemisf&eacute;rios. Com ventos menos potentes, a estabilidade de camadas de gelo <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/144501-aquecimento-global-transforma-geleiras-cachoeiras-groenlandia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estaria em perigo</a>, assim como ocorreria menor dissemina&ccedil;&atilde;o de polui&ccedil;&atilde;o atmosf&eacute;rica.
Charles Gertler, estudante de p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o no Departamento de Ci&ecirc;ncias da Terra, Atmosf&eacute;ricas e Planet&aacute;rias (EAPS) do MIT, alerta que metade da popula&ccedil;&atilde;o mundial vive em regi&otilde;es extratropicais, dominadas por tais eventos clim&aacute;ticos. Ele tamb&eacute;m afirma: &ldquo;Refletir a luz solar n&atilde;o &eacute; a ferramenta perfeita para balancear o efeito estufa&rdquo;.
<h2>Mais que uma &uacute;nica batalha</h2>
Se por um lado a geoengenharia &eacute; capaz de frear determinados eventos, como o aquecimento solar, por outro n&atilde;o impactaria em outros, como os induzidos por gases respons&aacute;veis pelo efeito estufa &mdash; por exemplo, a acidifica&ccedil;&atilde;o dos oceanos e a redu&ccedil;&atilde;o de chuvas regionais. Al&eacute;m disso, n&atilde;o est&aacute; descartada a diminui&ccedil;&atilde;o da diferen&ccedil;a de temperatura entre pontos terrestres, resultado de um resfriamento cont&iacute;nuo da Linha do Equador e do aquecimento dos polos.
Essas foram conclus&otilde;es de diversos estudos anteriores &agrave; pesquisa do time do MIT, que agora foi al&eacute;m. Para chegar &agrave;s novas proje&ccedil;&otilde;es, a equipe aplicou um experimento chamado G1, parte do Projeto de Intercompara&ccedil;&atilde;o com o Modelo de Engenharia Civil (GeoMIP), voltado &agrave; constru&ccedil;&atilde;o de modelos a partir do uso hipot&eacute;tico desses mecanismos inovadores. Em cada cen&aacute;rio, foi considerada a varia&ccedil;&atilde;o di&aacute;ria da press&atilde;o do ar (a n&iacute;vel do mar) em v&aacute;rios locais ao longo das trilhas da tempestade.&nbsp;
Como as varia&ccedil;&otilde;es refletem a passagem de tempestades e medem a energia de uma trilha, entend&ecirc;-las &eacute; fundamental para prevenir <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/122768-temperaturas-maiores-turbulencias-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">consequ&ecirc;ncias indesejadas</a> j&aacute; citadas: maior concentra&ccedil;&atilde;o de polui&ccedil;&atilde;o atmosf&eacute;rica em determinadas regi&otilde;es e enfraquecimento dos ciclos h&iacute;dricos&nbsp;&mdash; o que, como aponta Gertler, n&atilde;o &eacute; algo bom.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/09/09205359245048.jpg" alt="Polui&ccedil;&atilde;o concentrada, uma das consequ&ecirc;ncias do enfraquecimento de ventos." />Polui&ccedil;&atilde;o concentrada, uma das consequ&ecirc;ncias do enfraquecimento de ventos.
&ldquo;Nosso trabalho indica que a geoengenharia solar n&atilde;o reverte mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas, apenas substitui elementos e se torna origem de outras altera&ccedil;&otilde;es nunca vistas na Hist&oacute;ria&rdquo;. Paul O'Gorman, coautor do estudo, finaliza: &ldquo;H&aacute; muitas raz&otilde;es para evitarmos essas medidas. <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/144289-aquecimento-global-causado-acao-humana-acreditam-99-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Apoiar a redu&ccedil;&atilde;o da emiss&atilde;o de di&oacute;xido de carbono</a> e de outros gases &eacute; o caminho mais indicado&rdquo;.
<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154014-esfriar-terra-refletindo-radiacao-solar-nao-boa-ideia.htm">Esfriar a Terra refletindo radia&ccedil;&atilde;o solar n&atilde;o &eacute; uma boa ideia</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Esfriar a Terra refletindo radiação solar não é uma boa ideia

Imagem de Deslizamento de terra carrega 8 casas até o mar [Vídeo] no megacurioso

Desastre aconteceu no norte da Noruega e não deixou mortos ou feridos

Um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112345-fotografo-captura-ultimos-momentos-de-menina-presa-em-lamacal.htm">deslizamento de terra</a> de aproximadamente 610 metros de largura causou a destrui&ccedil;&atilde;o de oito casas na Noruega na &uacute;ltima quarta-feira (04). Durante v&aacute;rias horas, a cidade de Alta sofreu com a enxurrada de lama e pedras, que foi capaz de carregar os domic&iacute;lios at&eacute; o mar. Nenhuma pessoa saiu ferida.&nbsp;
Durante o incidente, um dos locais capturou imagens que mostram o peda&ccedil;o de terra se desgrudando da superf&iacute;cie e sendo arrastado at&eacute; a &aacute;gua. Em entrevista para a Forbes, o morador pensou que estava tendo sua casa invadida antes de perceber o real significado do estrondo causado pela terra.
Ao notar a gravidade da situa&ccedil;&atilde;o, Jan Fredrik Drabl&oslash;s correu at&eacute; o lado de fora e registrou o assustador acontecimento. Confira:
<blockquote class="twitter-tweet">
Just now in Alta, Norway: Huge mudslide dragging several houses into the sea. <a href="https://t.co/xR4t5zLI7m">pic.twitter.com/xR4t5zLI7m</a>
&mdash; Jan Fredrik Drabl&oslash;s (@JanFredrikD) <a href="https://twitter.com/JanFredrikD/status/1268270255509512193?ref_src=twsrc%5Etfw">June 3, 2020</a></blockquote>
<h2>Busca e resgate</h2>
Por volta das 15h45, a pol&iacute;cia de Alta foi notificada para dar in&iacute;cio a miss&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110613-resgate-impressionante-nos-alpes-franceses-parece-cena-de-hollywood.htm">resgate de poss&iacute;veis v&iacute;timas</a>. A opera&ccedil;&atilde;o serviu para evacuar uma pessoa que ainda permanecia dentro de uma das casas pr&oacute;ximas da regi&atilde;o.&nbsp;
Junto das casas, o deslizamento tamb&eacute;m acabou arrastando um<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112893-filhote-de-18-mil-anos-congelado-pode-ser-o-cachorro-mais-antigo.htm">&nbsp;cachorro</a> para o mar. Por sorte, a elkhound norueguesa chamada Raya conseguiu nadar de volta para a terra firme, onde foi resgatada por uma unidade dentro de um helic&oacute;ptero. Olha s&oacute; como ela estava contente:
<blockquote class="twitter-tweet">
The only victim caught up in the enormous mudslide in Norway was this dog, who swam to shore and is fine <a href="https://t.co/zHmQv6H9Ts">https://t.co/zHmQv6H9Ts</a> <a href="https://t.co/EiDE9BOnVx">pic.twitter.com/EiDE9BOnVx</a>
&mdash; ralph waldo cybersyn (cw: police violence in RTs) (@atomicthumbs) <a href="https://twitter.com/atomicthumbs/status/1268306736714145792?ref_src=twsrc%5Etfw">June 3, 2020</a></blockquote>
De acordo com as autoridades locais, a regi&atilde;o &eacute; tomada por constru&ccedil;&otilde;es utilizadas para f&eacute;rias. Sendo assim, o deslizamento poderia ter sido muito mais grave caso tivesse acontecido 48 horas antes &mdash; quando ainda era feriado na Noruega e as resid&ecirc;ncias estariam possivelmente lotadas.
Respons&aacute;vel pela opera&ccedil;&atilde;o, o oficial Sten-Rune Nikolaisen informou ao canal de televis&atilde;o noruegu&ecirc;s NRK que o helic&oacute;ptero utilizado nas buscas retornou para a base antes das 19h. "N&oacute;s fizemos uma busca visual e tamb&eacute;m com o aux&iacute;lio de c&acirc;meras. Nenhuma nova descoberta foi feita", finalizou.
<h2>Qual o motivo do deslizamento?</h2>
Em regi&otilde;es repletas de eleva&ccedil;&otilde;es e muito geladas, como &eacute; o caso da cidade de Alta, os deslizamentos de terra podem ser esperados. O "fen&ocirc;meno" &eacute; resultado de uma grande quantidade de &aacute;gua - neste caso, provenientes do desgelo dos morros - causadora da eros&atilde;o do solo, o que causa o separamento de blocos de terra.
Nas horas seguintes ao desastre, a imprensa local reportou que diversos outros deslizamentos de terra continuaram acontecendo na regi&atilde;o. O Diret&oacute;rio de Recursos H&iacute;dricos e Energia da Noruega (NVE) segue monitorando a situa&ccedil;&atilde;o e acredita na possibilidade de mais incidentes similares se manifestarem nos pr&oacute;ximos dias.
Na tarde da quinta-feira (05), outro deslizamento de terra de propor&ccedil;&atilde;o reduzida criou uma cratera em uma das rodovias pr&oacute;ximas a cidade de Alta, dificultando o tr&aacute;fego nas imedia&ccedil;&otilde;es. &nbsp;
<blockquote class="twitter-tweet">
Update: There was another smaller mudslide yesterday that took away part of the road. <a href="https://t.co/7G1oJpsUAd">pic.twitter.com/7G1oJpsUAd</a>
&mdash; Jan Fredrik Drabl&oslash;s (@JanFredrikD) <a href="https://twitter.com/JanFredrikD/status/1269326825609715712?ref_src=twsrc%5Etfw">June 6, 2020</a></blockquote>

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