Imagem de Camu-camu: fruta recordista em vitamina C poderá restaurar Amazônia no megacurioso

A fruta pouco conhecida pelos brasileiros é rica em vitamina C e vem sendo usada para restaurar áreas da região amazônica.

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/106433-17-fatos-sobre-a-floresta-amazonica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">floresta amazônica</a> não passa pelos seus melhores momentos nas últimas décadas, já quem ano após ano vem sendo cada vez mais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116957-desflorestamento-da-amazonia-atinge-apice-desde-2008.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desmatada</a>. Porém, parece que ela encontrou um valioso aliado para mudar esse cenário: o camu-camu.O camu-camu é uma fruta rica em vitamina C, chegando a ter 20 vezes mais dessa vitamina que a acerola, 40 vezes mais que a polpa da laranja e 60 vezes o suco do limão, e vem sendo usada para restaurar florestas no sudoeste do Pará e mudar a situação do local.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/19/19235549120508.jpg" alt="Camu-camu vai ajudar a floresta amazônica a se recuperar do desmatamento. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">Camu-camu vai ajudar a floresta amazônica a se recuperar do desmatamento. (Fonte: Getty Images / Reprodução)<h2>Conhecendo o projeto</h2>Por meio de um projeto de pesquisa e desenvolvimento da Norte Energia em parceria com a Universidade Federal do Pará, pesquisadores estudaram técnicas para melhorar a forma de coletar sementes, produzir mudas e realizar os plantios de diversas espécies, incluindo o camu-camu.Cerca de 45 mil mudas de aproximadamente 35 espécies nativas da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/106433-17-fatos-sobre-a-floresta-amazonica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">região amazônica</a> foram manejadas durante a execução do estudo e replantadas, restaurando até o momento 80 hectares – o equivalente a 112 campos de futebol. &nbsp;As mudas foram divididas em três partes, sendo uma para a UFPA, outra para as comunidades locais envolvidas no projeto e a última para Secretaria de Meio Ambiente de Vitória do Xingu (PA) visando ações de plantio na região. No total, o projeto, que vai até o fim do ano, já recebeu mais de R$ 7 milhões em investimentos.“Essa pesquisa foi uma troca de conhecimento muito importante, principalmente para mim, que venho de outra região, e para mostrar aos moradores que podem explorar melhor, de forma sustentável, tudo que temos aqui de biodiversidade”, disse o pesquisador Arthur Pace Stehling. Além dele, outros 15 pesquisadores fazem parte da iniciativa.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Casa e Jardim/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/tRJLAAQxbn-rdQ_IBvkPoUorgpY=/620x455/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2022/06/10/camu-camu-fruta-amazonia-vitamina-c.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/20/20000403075510.jpg" alt="Camu-camu tende a se tornar cada vez mais conhecido graças a esse projeto de reflorestamento. (Fonte: Casa e Jardim / Reprodução)">Camu-camu tende a se tornar cada vez mais conhecido graças a esse projeto de reflorestamento. (Fonte: Casa e Jardim / Reprodução)<h2>Trabalho conjunto</h2>O trabalho para recuperação da floresta amazônica alia o conhecimento dos ribeirinhos em sua execução, e acontece em 12 regiões ao longo da Volta Grande do Xingu.“Com o envolvimento de pessoas das comunidades, foi possível mapear árvores adultas utilizadas como matrizes, desenvolver uma rede de coletores de sementes, e produzir mudas que foram utilizadas para estudar diferentes métodos de restauração. Além disso, a interação dos pesquisadores com as comunidades garantiu cenário de diálogos sobe a importância de áreas de floresta para a alimentação dos animais, bem como a possibilidade de atividade econômica sustentável”, avaliou Roberto Silva, gerente de meios físico e biótico da Norte Energia.Iniciado em abril de 2021, o projeto já proporcionou a coleta de aproximadamente uma tonelada de sementes, de diversas espécies, pelos moradores da região.“Em qualquer parte do mundo a pesquisa é um norteador de conhecimento, mas também de tecnologia. Quando unimos projetos de ciência e tecnologia e podemos contribuir para a capacitação de moradores da comunidade local, além resultados técnicos, também conseguimos gerar o que a comunidade precisa a curto prazo. O projeto permitiu formar capital humano e atender as necessidades das comunidades”, concluiu o professor Emil José Hernandez, doutor e coordenador do curso de Biologia da UFPA.</body>

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Camu-camu: fruta recordista em vitamina C poderá restaurar Amazônia

Imagem de Próxima pandemia deve acontecer no setor da agricultura no megacurioso

O ritmo de produção, aquecimento global e alteração na uniformidade genética das culturas estão atraindo doenças em larga escala e prejuízos econômicos cada vez maiores

<head></head><body>Em 11 de março de 2020, Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), declarou o mundo em estado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126996-como-a-pandemia-mudou-a-forma-que-percebemos-o-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia</a> devido à contaminação pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2). Em três anos, o flagelo da doença causou a morte de cerca de 15 milhões de pessoas pelo mundo, como divulgado no último balanço feito pelo órgão, até que o status de pandemia passasse após uma campanha massiva de imunização.Entre todos os aspectos ruins, a pandemia também promoveu avanços na ciência e saúde, acelerou a adoção à jornada de trabalho flexível e à educação online, conscientizou sobre saúde pública e sua importância, aumentou a digitalização da economia, trouxe inovações tecnológicas, e estabeleceu novos protocolos de saúde e higiene.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/20/20091112673043.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Só quem nem tudo mudou. Em 2020, um relatório divulgado pela Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) havia associado as atitudes que causam mudanças climáticas à propensão ao surgimento de novas doenças virais. Um artigo publicado na revista Estudos Avançados&nbsp;ressaltou a necessidade de mudanças profundas em relação ao desenvolvimento global sustentável e a maneira como o planeta lida com seus recursos naturais, pois os vírus são um componente da biodiversidade e se proliferam mais em países onde há desequilíbrios socioeconômicos e alteração do meio ambiente.Se os países adotassem um posicionamento adequado face ao aquecimento global e à aceleração constante dos meios de produção, é possível que freasse novas pandemias no panorama da crise de biodiversidade. Afinal, os especialistas já deixaram claro que a próxima pandemia deve acontecer no setor da agricultura.<h2>Produzindo demais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/20/20091412677048.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Desde a segunda metade do século XX, quando aconteceram os surtos de doenças mais relevantes dos tempos modernos, já ficou claro que precisamos repensar nossas relações com os animais, como as epidemias estão relacionadas a sua criação e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126786-ultraprocessados-como-nos-tornamos-refens-de-uma-alimentacao-nociva.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a indústria alimentícia</a>. De 1970 até então, surgiram cerca de 500 novas doenças zoonóticas, como a gripe aviária, ebola, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127598-nipah-o-virus-letal-que-assombra-a-india-pode-causar-uma-pandemia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nipah vírus</a>, HIV, zika e até mesmo a covid-19.Os humanos nunca estiveram tão próximo dos patógenos de outras espécies, e isso acontece porque também nunca criamos tantos animais de maneira tão intensiva. Em 2018, o centro de estudos Faunalytcs estimou que mais de 70 bilhões de animais terrestres são abatidos para a indústria da carne. A organização Global Agriculture aponta que 60% das terras agrícolas do mundo são utilizadas para a produção de carne, mesmo representando menos de 2% das calorias consumidas em todo o mundo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/20/20092207878056.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Para manter o nível de produção, a indústria precisa confinar milhares de animais, normalmente em condições de adversas, em locais superlotados e totalmente não naturais. Com isso, as fazendas industriais se tornaram verdadeiras fábricas de criação de doenças, incubando e aprimorando patógenos e permitindo que se cruzem e se proliferem nos bandos, alcançando os seres humanos em um estado hipervirulento. Assim nascem surtos que evoluem para epidemias e podem alcançar o status de pandemia. &nbsp;Esse comportamento da indústria que visa o alto rendimento é igual em toda a extensão da cadeia de produção alimentícia. A diferença é que na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121579-o-que-aconteceria-se-a-industria-da-carne-acabasse.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">indústria pecuária&nbsp;</a>enxergamos os resultados disso por meio das consequências desastrosas em escala global, enquanto a agricultura sofre baixas preocupantes desde o século passado.<h2>O problema do milho</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/20/20091605498050.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Um relatório de 2019, emitido pela Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, diz que 40% da terra do planeta é coberta por fazendas. Atualmente, quase 50% dos sistemas são compostos por apenas quatro culturas: trigo, milho, arroz e soja. Já vimos que doenças são comuns, não é para menos que, globalmente, US$ 30 bilhões em alimentos são perdidos para patógenos todos os anos.Miguel Altieri, professor emérito da Universidade da Califórnia, em Berkeley, respondeu ao The&nbsp;Grist&nbsp;que temos todas as condições para que ocorra uma pandemia nos sistemas agrícolas, causando fome em escala global e dificuldades econômicas catastróficas. E as mudanças climáticas aumentam esse perigo porque abalam a distribuição de patógenos e os colocam em contato com novas espécies de plantas, potencialmente piorando muito as doenças nas plantações.&nbsp;Foi assim no verão de 1970 nos Estados Unidos, quando o fungo Bipolaris maydis causou uma doença chamada praga da folha do milho do sul, que faz com que os caules murchem e morram. O flagelo da doença devastou da região Sul ao Centro-Oeste americano, reduzindo a safra de milho em cerca de 15%, gerando um prejuízo de US$ 1 bilhão.&nbsp;O episódio fez a população norte-americana perder mais calorias em sua alimentação do que os irlandeses durante a Grande Fome de 1840, quando os campos de batatas foram dizimados por doenças.<h2>Um estrago sem precedentes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/20/20091810704051.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Mas esse fungo só afetou as safras de milho dessa maneira porque a industrialização do sistema alimentar, iniciada na virada do século XX, fez os cientistas da década de 1930 desenvolverem uma variedade de milho com uma uniformidade genética alterada para gerar mais rendimentos. Essa variedade específica, conhecida como cms-T, constituiu a base genética para 90% do milho cultivado em todos os EUA, e se mostrou altamente suscetível à praga das folhas do milho. Sendo assim, quando aconteceu uma primavera excepcionalmente quente e úmida que favorecia o fungo, ele tinha uma quantidade imensa de produto para queimar.“Nunca mais uma grande espécie cultivada deve ser moldada em tal uniformidade que seja tão universalmente vulnerável ao ataque de um patógeno”, escreveu o patologista vegetal Arnold Jonh Ullstrup, em um artigo sobre o assunto, publicado em 1972.Apesar do estrago que essa uniformidade genética pode causar, hoje é uma das principais características da maioria dos sistemas agrícolas de grande escala. Conforme a máquina de produção acelera, mais alterações são feitas e mais suscetíveis a surtos de doenças as plantas ficam.Enquanto os sistemas forem baseados na monocultura, que só atrai prejuízos, e não for feita a incorporação da biodiversidade na agricultura em grande escala –, a crise tende a ficar cada vez maior, pois, como Altieri mesmo pontua: “criamos amplificação e não diluição”.</body>

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Próxima pandemia deve acontecer no setor da agricultura

Imagem de Pepper X: Guinness elege a nova 'pimenta mais picante do mundo' no megacurioso

A especiaria superou a pimenta Carolina Reaper, que ocupava o posto há 10 anos

<head></head><body>A Pepper X recebeu o título de pimenta mais picante do mundo, conforme anunciou o Guinness World Records na segunda-feira (16). Originária dos Estados Unidos, ela superou, com folga, a antiga campeã mundial, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/culinaria/70284-carolina-reaper-conheca-a-pimenta-mais-quente-do-mundo-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Carolina Reaper</a>, que ocupava o posto há 10 anos.Desenvolvida pelo cultivador Ed Currie, responsável pela recordista anterior, a “Pimenta X” alcançou 2.693.000 unidades de calor Scoville (SHU), de acordo com os testes feitos pela Winthrop University, nos EUA. A escala, criada em 1912 pelo químico Wilbur Scoville, é utilizada para medir o sabor picante de uma pimenta.Esta escala mede a concentração de capsaicina, componente ativo da especiaria e causador da <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/42418-voce-sabe-quais-sao-os-efeitos-da-pimenta-no-seu-organismo-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sensação de ardência</a> ao entrar em contato com o tecido humano, podendo liberar dopamina e endorfina no organismo. A substância química que leva à queimação fica na placenta, revestindo as sementes.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Guinness World Records/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://www.guinnessworldrecords.com/news/2023/10/pepper-x-dethrones-carolina-reaper-as-worlds-hottest-chilli-pepper-759706"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/17/17190336986306.jpg" alt="(Fonte: Guinness World Records/Divulgação)">(Fonte: Guinness World Records/Divulgação)A título de comparação, a Carolina Reaper registrou 1.641.183 SHU, ou seja, mais de 1 milhão de unidades de calor a menos do que a nova campeã. Outra espécie citada entre as <a href="https://www.megacurioso.com.br/culinaria/99153-as-10-pimentas-mais-picantes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pimentas mais fortes do mundo</a>, a jalapeño tem entre 3.000 e 8.000 SHU, “apenas”, segundo o Guinness.<h2>Cultivada em segredo</h2>Para desenvolver a pimenta com a classificação mais alta já registrada na escala Scoville, Currie gastou cerca de 10 anos. Ao longo deste tempo, ele realizou diversas experiências com o condimento, incluindo cruzamentos com espécies igualmente picantes, como a própria Carolina Reaper, para aumentar o teor de capsaicina na versão final.A criação de novas variedades de pimentas pode levar anos, já que as características desejadas costumam demorar algumas gerações para se estabilizarem, resultando em frutos consistentes. Como processo é longo e complexo, manter segredo a respeito do projeto faz toda a diferença.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Guinness World Records/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://www.guinnessworldrecords.com/news/2023/10/pepper-x-dethrones-carolina-reaper-as-worlds-hottest-chilli-pepper-759706"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/17/17190411952307.jpg" alt="(Fonte: Guinness World Records/Divulgação)">(Fonte: Guinness World Records/Divulgação)Foi por causa disso que o experiente cultivador manteve o desenvolvimento da Pepper X em absoluto sigilo. Pouquíssimas pessoas sabiam da sua criação em uma fazenda na Carolina do Sul (EUA), assim como também é reduzido o número de provadores da iguaria.A ideia de esconder o cultivo foi reforçada ainda pelos problemas que o especialista teve com a antiga recordista. Estima-se que em torno de 10 mil produtos utilizem o nome Carolina Reaper sem autorização.<h2>Onde encontrar a Pepper X?</h2>Para evitar o roubo da sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127660-da-idade-media-aos-dias-atuais-como-funcionam-as-patentes-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">propriedade intelectual</a> e o uso indevido da marca, Currie não divulgará os frutos e as sementes da Pimenta X publicamente. Dessa forma, experimentar a nova pimenta mais picante do mundo será possível apenas por meio de molhos feitos com ela.Uma das cinco pessoas que já provaram a Pepper X, o criador afirmou ter sentido a ardência por três horas e meia, além de sofrido com fortes cólicas após comê-la. “Fiquei deitado por aproximadamente uma hora, na chuva, gemendo de dor”, alertou, em entrevista à Associated Press.</body>

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Pepper X: Guinness elege a nova 'pimenta mais picante do mundo'

Imagem de Por que o limão-taiti não tem sementes? no megacurioso

Esses limões foram criados especificamente para não apresentarem sementes

<head></head><body>O limão-taiti é uma espécie de fruta cítrica bastante popular no Brasil e em outras partes do mundo. Esse alimento pode ser usado em inúmeras receitas, seja para aproveitar o seu suco, espremê-lo em cima de alguma coisa ou até mesmo usar apenas as raspas de sua casca.&nbsp;Porém, ele se destaca por não apresentar nenhuma semente, enquanto a maioria das limas tem. De acordo com pesquisadores, indícios mostram que a composição cromossômica da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127006-qual-e-a-fruta-mais-pesada-no-mundo.htm#:~:text=Em%20primeiro%20lugar%2C%20a%20fruta,adultos%20ou%20um%20carro%20inteiro." rel="noopener noreferrer" target="_blank">fruta</a> tem grande influência nesse processo.<h2>Reprodução sem fertilização</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/11/11160104486295.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A grande maioria dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119386-6-fatos-curiosos-sobre-limao-que-voce-provavelmente-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">limões</a> vendidos no Brasil são os limões-taiti. Embora muitas vezes seja considerada uma espécie própria, esta fruta é um híbrido natural de limão-grego e cidra. Essa mistura genética fez com que o limão-taiti se tornasse partenocárpico, o que significa que é produzido sem fertilização e, por isso, não possui sementes.&nbsp;Como os limões-taiti são maiores e possuem cascas mais espessas que os limões-gregos, são mais resistentes a doenças do que as frutas que os originaram e têm uma vida útil mais longa. Porém, por que eles pararam de produzir sementes? É preciso destacar que isso não tem nada a ver com alimentos modificados geneticamente em laboratório.Na verdade, frutas sem sementes não são um fenômeno novo na natureza. Em geral, os frutos normais começam a se desenvolver quando o óvulo de uma flor é fertilizado pelo pólen. O fruto partenocárpico, por outro lado, desenvolve-se sem fertilização por ter problemas com os óvulos, espermatozoides, problemas de polinização ou desiquilíbrios cromossômicos.&nbsp;<h2>Particularidades do limão-taiti</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/10/10171530550380.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Os limões sem sementes, ou de "frutos grandes", são diferentes dos demais por possuírem três conjuntos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127143-cientistas-descobrem-o-sequenciamento-do-cromossomo-y.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cromossomos</a> em vez de dois. Embora alguns frutos partenocárpicos ocorram naturalmente, essa anormalidade genética torna a reprodução selvagem da espécie algo extremamente raro.Justamente pelo número ímpar de cada cromossomo, não existem pares suficientes para se emparelharem durante o processo de meiose. Isso faz com que alguns genes sejam segregados e faz com que as sementes nunca se formem. Curiosamente, frutas em plantas com genoma multiplicado têm tendência a serem maiores do que o normal — o que é uma vantagem comercial para o limão-taiti e uma dificuldade reprodutiva.&nbsp;Para superar isso, os agricultores utilizam uma técnica chamada enxertia, onde parte de uma tília sem sementes é retirada e inserida em uma nova árvore. Basicamente, isso clona a árvore original, garantindo a produção de mais limões sem sementes. Esses mesmos enxertos também podem ser usados para consertar árvores frutíferas que foram danificadas.&nbsp;Curiosamente, você até pode acabar encontrando uma semente aleatória dentro de um limão-taiti quando estiver procurando no supermercado. Mas por que isso acontece? Os chamados limões sem sementes podem ocasionalmente ter uma semente ou outra devido à polinização cruzada. Isso é algo comum se eles forem cultivados perto de outras frutas. Portanto, se você encontrar alguma semente em seu limão-taiti, não precisa ficar surpreso e achar que foi enganado, isso é apenas um processo natural e relativamente comum.&nbsp;</body>

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Por que o limão-taiti não tem sementes?

Imagem de Conheça a Raflésia, a maior flor do mundo que está sob risco de extinção no megacurioso

A raflésia, considerada a maior flor do mundo, entrou na lista de plantas com risco de extinção

Novos estudos sugerem que a rafl&eacute;sia &ndash; que &eacute; considerada a maior flor do mundo e tamb&eacute;m a mais fedida &ndash; pode estar sob risco de extin&ccedil;&atilde;o. Essa esp&eacute;cie participa da fam&iacute;lia Rafflesiaceae&nbsp;e costuma ser encontrada nas selvas de Born&eacute;u, Samatra, Kalimantan e outras regi&otilde;es da Indon&eacute;sia.
A rafl&eacute;sia tamb&eacute;m recebe o "apelido" de flor-cad&aacute;ver ou flor-carne, por conta de seu cheiro caracter&iacute;stico, que lembra carne podre. Recentemente, os bi&oacute;logos listavam somente a&nbsp;Rafflesia magnifica, 1 entre as 42 esp&eacute;cies da flor, entre as que estavam amea&ccedil;adas de sumir. Mas agora o dado foi atualizado para uma situa&ccedil;&atilde;o mais cr&iacute;tica: 25 esp&eacute;cies est&atilde;o amea&ccedil;adas, 15 em perigo e duas est&atilde;o bastante vulner&aacute;veis.
<h2>O drama da rafl&eacute;sia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/04/04201113655462.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Os cientistas tamb&eacute;m informaram que 67% dos habitats conhecidos da rafl&eacute;sia est&atilde;o fora de &aacute;reas protegidas, o que deixa a planta ainda mais propensa aos riscos de extin&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m disso, ela &eacute; bastante ef&ecirc;mera: quando floresce, dura poucos dias.
De acordo com Chris Thorogood, vice-diretor e chefe de ci&ecirc;ncia do Jardim Bot&acirc;nico e Arboreto de Oxford, a esperan&ccedil;a &eacute; que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/plantas-e-frutas/99517-7-das-flores-mais-diferentonas-e-exoticas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rafl&eacute;sia</a> se torne um &iacute;cone na preserva&ccedil;&atilde;o do meio ambiente. "As plantas s&atilde;o cruciais para a nossa exist&ecirc;ncia &ndash; o ar que respiramos, os alimentos que comemos e os medicamentos que tomamos. No entanto, muitas pessoas nem sequer as notam. O fato &eacute; que estamos mais sintonizados para ver os animais no mundo ao nosso redor. Mas as plantas s&atilde;o a base dos habitats em que os animais prosperam", explicou em entrevista &agrave;&nbsp;ABC News.
<h2>Conhe&ccedil;a a maior flor do mundo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/04/04201045903460.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
A maior flor do mundo, conforme registrado no <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121941-9-recordes-que-felizmente-nao-existem-mais-no-guinness-book.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guinness Book of Records</a>, era uma esp&eacute;cie de Rafflesia arnoldii encontrada em uma floresta da Indon&eacute;sia em 2020. Ela media um metro e dezoito cent&iacute;metros de di&acirc;metro, e pesava mais de nove quilos.
Os bi&oacute;logos afirmam que essas plantas s&atilde;o dif&iacute;ceis de serem estudadas, pois crescem apenas em florestas tropicais do Sudeste Asi&aacute;tico, n&atilde;o t&ecirc;m folhas, caules e n&atilde;o fazem <a href="https://www.megacurioso.com.br/energia/37618-fotossintese-artificial-pode-inovar-producao-de-combustivel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fotoss&iacute;ntese</a>. Na verdade, elas funcionam como parasitas que se fixam numa planta da esp&eacute;cie Tetrastigma voinierianum, passando a absorver sua &aacute;gua e nutrientes.
Depois de um certo tempo (que pode durar meses e at&eacute; anos) dessa rela&ccedil;&atilde;o parasit&aacute;ria, surge um bot&atilde;o de uma gigantesca flor vermelha, que floresce apenas por alguns dias. O seu cheiro p&uacute;trido atrai moscas que colocam ovos nela. E &agrave; medida que esses insetos voam, eles coletam e depositam o p&oacute;len em outros lugares.
A recomenda&ccedil;&atilde;o feita pelos pesquisadores &eacute; que todas as esp&eacute;cies da rafl&eacute;sia sejam inclu&iacute;das na lista de potenciais extin&ccedil;&otilde;es para que possam ser protegidas pelas organiza&ccedil;&otilde;es conservacionistas financiadas pelos governos. Eles acreditam tamb&eacute;m que iniciativas ligadas ao ecoturismo podem tamb&eacute;m ajudar a proteger essas plantas ex&oacute;ticas.
&ldquo;Os povos ind&iacute;genas s&atilde;o alguns dos melhores guardi&otilde;es das nossas florestas, e os programas de conserva&ccedil;&atilde;o da rafl&eacute;sia t&ecirc;m muito mais probabilidades de serem bem sucedidos se envolverem as comunidades locais&rdquo;, concluiu Adriane Tobias, pesquisador das Filipinas que trabalhou no estudo.

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Conheça a raflésia, a maior flor do mundo que está sob risco de extinção

Imagem de Você sabe qual é o vegetal mais saudável que existe? no megacurioso

Estudo avaliou a densidade nutricional de alguns alimentos para verificar se existe algum super vegetal – e a resposta foi sim

Todo mundo sabe que uma alimenta&ccedil;&atilde;o balanceada e diversificada &eacute; fundamental para manter uma boa sa&uacute;de. De maneira geral, cada grupo de alimentos &eacute; rico em algum tipo de nutriente que, quando somados, s&atilde;o capazes de garantir energia para o nosso corpo, al&eacute;m de evitar uma s&eacute;rie de doen&ccedil;as.
Mas, existe algum tipo de alimento que se <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121274-4-razoes-pelas-quais-a-proteina-vegetal-e-mais-saudavel-que-a-animal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">destaque nutritivamente</a>? De acordo com um estudo validado pelo Centro de Controle e Preven&ccedil;&atilde;o de Doen&ccedil;as (CDC) dos Estados Unidos, sim. E, n&atilde;o existe apenas um vegetal que se destaca pela sua densidade nutricional, como &eacute; poss&iacute;vel elencar os mais completos e que merecem uma aten&ccedil;&atilde;o especial na hora de prepararmos nossas refei&ccedil;&otilde;es!
<h2>Frutas e legumes poderosos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/04/04053057366001.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Frutas e vegetais poderosos (PFV), s&atilde;o alimentos associados &agrave; redu&ccedil;&atilde;o do risco de doen&ccedil;as cr&ocirc;nicas, pois contam com uma alta concentra&ccedil;&atilde;o de nutrientes importantes para o nosso corpo. Por&eacute;m, at&eacute; pouco tempo atr&aacute;s, faltavam crit&eacute;rios para classificar quais eram as frutas e os vegetais que poderiam ou n&atilde;o ser inclu&iacute;dos neste grupo.
Para tentar entender melhor a qualidade dos alimentos que estavam indo &agrave;s mesas das pessoas, um estudo realizado por Jennifer Di Noia, da William Paterson University, nos EUA, avaliou 47 frutas e vegetais diferentes. A base para a classifica&ccedil;&atilde;o foram 17 nutrientes de import&acirc;ncia para a sa&uacute;de p&uacute;blica, segundo a Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para Alimenta&ccedil;&atilde;o e Agricultura e o Instituto de Medicina. S&atilde;o eles: pot&aacute;ssio, fibras, prote&iacute;nas, c&aacute;lcio, ferro, tiamina, riboflavina, niacina, folato, zinco e vitaminas A, B6, B12, C, D, E e K.
Para chegar a um padr&atilde;o, todos os vegetais foram analisados na forma crua. Em cada um deles, foi verificada a quantidade dos nutrientes e calorias para cada 100 g de alimento. Depois, foi comparado o quanto do valor obtido em 100 kcal correspondia &agrave;s porcentagens dos valores di&aacute;rios para os nutrientes, com base em uma dieta de 2.000 kcal/dia.
E foi assim que se descobriu que o agri&atilde;o &eacute; o vegetal ideal.
<h2>Agri&atilde;o: o super vegetal</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/04/04053121105002.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
O agri&atilde;o &eacute; uma planta que pertence &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122647-5-vegetais-conhecidos-e-voce-nao-sabia-que-sao-flores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fam&iacute;lia das cruc&iacute;feras</a> &mdash; um grupo de vegetais bastante diversificado e conhecido pela alta quantidade de nutrientes &mdash;, que costuma ser consumido principalmente em saladas. Al&eacute;m de ser nutritivamente perfeito, o agri&atilde;o pode ser facilmente cultivado, o que pode facilitar o seu consumo.
No estudo realizado por Di Noia, foi verificado que &eacute; poss&iacute;vel encontrar 100% dos nutrientes listados a cada 100 kcal de agri&atilde;o. Ele &eacute; um dos alimentos mais ricos em vitamina C, estando melhor avaliado at&eacute; que frutas c&iacute;tricas, como laranja e lim&atilde;o. O agri&atilde;o tamb&eacute;m possui mais ferro que a carne (na compara&ccedil;&atilde;o de 100 kcal de cada), al&eacute;m de ser uma fonte f&aacute;cil de fibras, prote&iacute;nas, c&aacute;lcio e carboidratos.
Entre os vegetais estudados, os cruc&iacute;feros (agri&atilde;o, couve chinesa, couve, br&oacute;colis, r&uacute;cula) e as folhas verdes (acelga, beterraba, espinafre, chic&oacute;ria, alface) estavam concentrados na metade superior como os mais nutritivos. J&aacute; os vegetais dos grupos amarelo/laranja (cenoura, tomate, ab&oacute;bora, batata-doce), allium (cebolinha, alho-por&oacute;), c&iacute;tricos (lim&atilde;o, laranja, lima, toranja) e frutas de bagas (morango, amora) estavam concentrados na metade inferior.
Mas &eacute; importante lembrar que o estudo avaliou apenas um grupo restrito de 47 vegetais crus &mdash; <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122520-6-vegetais-que-sao-mais-saudaveis-cozidos-do-que-crus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cozinh&aacute;-los pode alterar a rela&ccedil;&atilde;o nutricional de cada um deles</a>. Existem outros alimentos que tamb&eacute;m s&atilde;o ricos e que tamb&eacute;m devem fazer parte de uma dieta balanceada. Al&eacute;m disso, nenhuma dieta deve se concentrar exclusivamente em um &uacute;nico alimento e pessoas com car&ecirc;ncia de determinados nutrientes ou alergias a alimentos espec&iacute;ficos devem procurar acompanhamento profissional para encontrar sua dieta ideal.

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Você sabe qual é o vegetal mais saudável que existe?

Imagem de Plantas com flores sobreviveram ao evento que matou os dinossauros no megacurioso

Estudo publicado na revista científica Biology Letters mostra como as plantas com flores conseguiram sobreviver ao mesmo evento que extinguiu os dinossauros

<head></head><body>O evento de extinção em massa que eliminou os dinossauros da Terra foi de intensa modificação no planeta. Estima-se que 75% de todos os animais do mundo tenham sido extintos nesse período. Já as plantas conseguiram se adaptar a esse apocalipse de forma mais ágil.O pesquisador Jamie Thompson, da Universidade de Bath, no Reino Unido, explicou o motivo: as flores. As <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/126955-as-6-flores-de-arvores-frutiferas-mais-belas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">plantas que criam flores e frutos</a> (angiospermas) conseguiram se reproduzir e preservar as suas linhagens.Não é como se a vida para elas fosse fácil em meio ao caos que se instaurou no mundo, mas como muitos de seus processos de polinização poderiam ser feitos sem a interação de outros animais, como usando o vento, algumas conseguiram se dispersar pela Terra.“Depois que a maioria das espécies da Terra foram extintas, as angiospermas aproveitaram a vantagem, semelhante à forma como os mamíferos assumiram o controle depois dos dinossauros, e agora praticamente toda a vida na Terra depende ecologicamente de plantas com flores”, disse Thompson em comunicado à imprensa.Isso fez com que as plantas com flores se destacassem em nosso mundo. Hoje, das 400 mil espécies de plantas catalogadas, cerca de 300 mil espécies (75%), possuem flores, indicando a importância que esse mecanismo teve e tem para muitas espécies.<h2>Como os cientistas chegaram a essa conclusão?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/27/27133140978271.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesAnalisar o passado das plantas não é tão fácil. Elas não deixam tantos rastros fossilizados, para trás, ao contrário dos animais, que deixam seus ossos. Encontrar um fóssil de uma flor, então, é algo quase impossível.Por isso, os pesquisadores se debruçaram sobre o DNA das plantas que temos. Eles construíram árvores evolutivas dessas plantas, simulando os vegetais do passado, usando dados de cerca de 73 mil espécies de plantas com flores.Depois, eles pegaram os dados iniciais e criaram modelos estatísticos para calcular o nascimento e a morte de cada espécie, descobrindo a data de extinção dessas plantas ao longo dos anos.“Evidências do relógio molecular sugerem que a grande maioria das famílias de angiospermas existentes hoje existiam antes do evento de extinção em massa. &nbsp;Espécies, incluindo os ancestrais das orquídeas, da magnólia e da hortelã, todas compartilhavam a Terra com os dinossauros”, diz o estudo.O artigo ainda explica que muitas espécies de plantas com flores foram extintas com o passar dos anos, mas essa extinção ocorreu de maneira estável, ao contrário da extinção de muitos animais nesse período, que aconteceu de forma acelerada, como consequência dos graves eventos que ocorriam no planeta. “As análises revelaram taxas de extinção relativamente estáveis ao longo do tempo e nenhuma evidência de extinções em massa”Portanto, não é exagero chamar aquela orquídea que está enfeitando o seu jardim de “sobrevivente”, pois ela é — e não só porque ela sobrevive, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123806-7-plantas-com-flores-para-colorir-seu-lar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mesmo você se esquecendo de regá-la</a> — mas porque os ancestrais dessa plantinha conseguiram continuar vivos, mesmo passando por um dos eventos mais catastróficos que o planeta já vivenciou.</body>

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Plantas com flores sobreviveram ao evento que matou os dinossauros

Imagem de Árvore desaparecida há 2 séculos é redescoberta no Brasil no megacurioso

Sem ser avistada oficialmente há 186 anos, planta quase foi tida como extinta por pesquisadores no passado

Considerada perdida para os bot&acirc;nicos h&aacute; quase dois s&eacute;culos, a &aacute;rvore de azevinho foi encontrada ap&oacute;s uma opera&ccedil;&atilde;o de busca de seis dias no Brasil. De acordo com os pesquisadores, acredita-se que as quatro <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121098-sequoia-conheca-as-maiores-arvores-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&aacute;rvores</a> que foram redescobertas sejam as &uacute;nicas que ainda restam da esp&eacute;cie no mundo &mdash; algo considerado emocionante pelos envolvidos.
A esp&eacute;cie Ilex sapiiformis,&nbsp;tamb&eacute;m conhecida como azevinho-pernambucano,&nbsp;foi avistada pela &uacute;ltima vez em 1838. Naquele ano, o naturalista George Gardner coletou uma amostra da &aacute;rvore em uma de suas expedi&ccedil;&otilde;es. A planta, no entanto, s&oacute; foi ser descrita 23 anos depois pelo pesquisador Siegfried Reissek.
<h2>Anos desaparecida</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/27/27013236790004.jpg" alt="(Fonte: Fred Jord&atilde;o/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Fred Jord&atilde;o/Divulga&ccedil;&atilde;o)
Na &eacute;poca da descoberta de Gardner, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124245-7-misterios-das-florestas-tropicais-que-desafiam-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">floresta tropical atl&acirc;ntica</a> brasileira &mdash; lar do azevinho-pernambucano &mdash; era muito mais extensa do que &eacute; atualmente. Segundo a institui&ccedil;&atilde;o de conserva&ccedil;&atilde;o ambiental Re:wild, estima-se que 85% de toda essa mata foi perdida devido ao desmatamento em massa, feito para abrir caminho &agrave; cria&ccedil;&atilde;o de gado e &agrave;s planta&ccedil;&otilde;es de cana-de-a&ccedil;&uacute;car.
Igarassu, onde as &aacute;rvores esquivas foram redescobertas, na realidade &eacute; uma &aacute;rea predominantemente urbana, onde quase 6 milh&otilde;es de pessoas habitam. Por esse motivo, os pesquisadores t&ecirc;m considerado a descoberta algo ainda mais surpreendente.&nbsp;
&ldquo;Nem sempre pensamos que as plantas est&atilde;o perdidas para a ci&ecirc;ncia, porque n&atilde;o se movem como os animais, mas s&atilde;o igualmente essenciais para os ecossistemas dos quais s&atilde;o nativas&rdquo;, afirmou Christina Biggs, respons&aacute;vel pelo programa de esp&eacute;cies perdidas da Re:wild. Para ela, mesmo que uma planta n&atilde;o tenha sido avistada h&aacute; 186 anos, ela ainda pode estar nos &uacute;ltimos vest&iacute;gios da natureza em algum lugar. Sendo assim, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/85298-10-coisas-que-voce-nao-deve-comer-na-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">azevinho</a> &eacute; um exemplo perfeito da import&acirc;ncia de continuar as buscas.
<h2>Estudos extensos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/27/27013313918005.jpg" alt="(Fonte: Fred Jord&atilde;o/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Fred Jord&atilde;o/Divulga&ccedil;&atilde;o)
Antes das quatro &aacute;rvores de azevinho serem descobertas, os cientistas afirmaram que muita prepara&ccedil;&atilde;o foi envolvida no processo. Gustavo Martinelli, l&iacute;der do projeto, e sua equipe de pesquisadores consultaram registros de herb&aacute;rios, jardins bot&acirc;nicos e museus por todo o pa&iacute;s e digitalizaram mais de 12 mil registros em busca de uma amostra da &aacute;rvore &mdash; a qual pode atingir alturas de 8 a 12 metros.
Quando eles notaram que as buscam n&atilde;o estavam dando certo, os cientistas recorreram a cole&ccedil;&otilde;es ainda n&atilde;o digitalizadas em todo o Brasil, onde acharam algo precioso. Uma amostra de azevinho-pernambucano de 2007 ajudou a direcionar os pesquisadores para a cidade de Recife, onde procuraram por quase uma semana antes de finalmente avistarem as flores caracter&iacute;sticas da planta.
"Foi emocionante quando encontramos o primeiro indiv&iacute;duo de Ilex sapiiformis, gra&ccedil;as ao olhar atento de Lenilson (Barbosa dos Santos, parabot&acirc;nico), que conseguiu encontrar algumas flores brancas em uma &aacute;rvore &agrave; beira da estrada de terra. Foi como encontrar um parente h&aacute; muito perdido e esperado que voc&ecirc; s&oacute; conhece por meio de retratos antigos", destacou Milton Groppo, membro do projeto.
A equipe ainda espera que as quatro &aacute;rvores redescobertas n&atilde;o sejam as &uacute;nicas ainda existentes na natureza. Portanto, o planejamento &eacute; que mais buscar sejam conduzidas no futuro em conjunto com um trabalho intensivo de preserva&ccedil;&atilde;o da regi&atilde;o que abriga as &aacute;rvores raras.&nbsp;

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Árvore desaparecida há 2 séculos é redescoberta no Brasil

Imagem de Segredo da "Terra Preta de Índio" da Amazônia é descoberto no megacurioso

De acordo com pesquisadores, o solo da região vem sendo alterado por povos indígenas há milhares de anos

<head></head><body>Durante milhares de anos, antigas manchas de solo negro superfértil foram encontradas espalhadas por toda a Floresta Amazônica, o que ajudou a sustentar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121609-tecnicas-agricolas-que-podem-diminuir-o-uso-de-fertilizantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comunidades agrícolas</a> na selva densa por muito tempo. Nas últimas décadas, no entanto, arqueólogos têm lutado para encontrar uma explicação para a chamada "Terra Preta de Índio".&nbsp;Novas pesquisas mostram que esse tipo de terreno foi criado intencionalmente por culturas antigas — e continua sendo produzido por comunidades indígenas modernas até hoje. A terra escura é rica em componentes vitais, como carbono, fósforo e potássio, permitindo às pessoas cultivarem em áreas que, ao contrário, seriam inférteis.<h2>A criação de comunidades agrícolas na Amazônia</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Terra_preta#/media/File:Pequena_horta_ind%C3%ADgena_com_terra_preta_de_%C3%ADndio_,_pimenta_malagueta,pimenta_murupi,piment%C3%A3o_vermelho_capim_santo,_cebolinha_,_chic%C3%B3ria_e_coentro,_maxixe_e_batata_doce_e_uma_arvore_artesanal_t%C3%ADpica_-_panoramio.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/22/22013514354003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Em comunicado oficial, o autor do estudo, Taylor Perron, falou um pouco mais sobre a importância da terra escura na região. “Se você quer ter assentamentos grandes, precisa de uma base nutricional. Mas o solo na Amazônia é extensivamente lixiviado de nutrientes e naturalmente pobre para o cultivo da maioria das culturas”, explicou.Sendo assim, o processo longo criado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118460-onde-vivem-os-indigenas-brasileiros.htm#:~:text=Hoje%20sabemos%20que%20o%20Brasil,consideram%20ind%C3%ADgenas%20em%20nosso%20pa%C3%ADs." rel="noopener noreferrer" target="_blank">tribos indígenas</a> mudou completamente a capacidade daquele solo de produzir. Até agora, no entanto, os estudiosos ainda estavam divididos sobre a origem desse tipo de solo, com parte da comunidade científica sugerindo que ele foi cultivado deliberadamente, enquanto outros afirmavam que tudo isso é um subproduto acidental de outras práticas agrícolas.Para chegar às raízes do problema, Perron e sua equipe de pesquisa viajaram para o território indígena Kuikuro, na Amazônia brasileira. Nessa parte da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/106433-17-fatos-sobre-a-floresta-amazonica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">floresta</a>, manchas densas de terra escura foram observadas tanto em sítios antigos quanto em aldeias modernas.No atual assentamento indígena de Kuikuro II, os pesquisadores notaram como os moradores locais acumulavam grandes quantidades de resíduos orgânicos ricos em nutrientes provenientes da pesca e da agricultura de mandioca. Depois de alguns anos, esses montes foram compostados e formaram o solo diferente, que foi então usado para o plantio de culturas que exigem mais nutrientes e não crescem tão bem em solos amazônicos não modificados.<h2>Analisando ações passadas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/22/22013554053004.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Para determinar se essas mesmas práticas foram utilizadas num passado distante, a equipe de cientistas comparou a terra escura de Kuikuro II com amostras retiradas de sítios arqueológicos próximos, incluindo algumas aldeias antigas que um dia foram o lar dos antepassados daquela tribo. A amostra mais antiga possuía cerca de 5 mil anos.Os resultados indicaram que a disposição espacial da terra escura nesses antigos assentamentos era muito similar ao que acontecia nos dias de hoje, com a maioria depositada no centro da aldeia. A composição do solo também parecia idêntica, com ambas exibindo um enriquecimento dez vezes maior em fósforo, potássio, cálcio, magnésio, manganês e zinco em comparação aos solos amazônicos não modificados."Os antigos amazônicos colocaram muito carbono no solo e muito disso ainda existe hoje, algo que queremos para os esforços de mitigação das alterações climáticas", enalteceu um dos autores da pesquisa, Samuel Goldberg. Na visão dos pesquisadores, é possível que algumas dessas estratégias possam ser adaptadas numa escala maior — com a intenção de reter carbono —, de forma que auxilie comunidades agrícolas em escala global.</body>

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Segredo da 'Terra Preta de Índio' da Amazônia é descoberto

Imagem de Mistério de árvore 'congelada no tempo' por 66 milhões de anos é finalmente resolvido no megacurioso

Antes tido como extinto, pinheiro Wollemi foi redescoberto por caminhantes em 1994

<head></head><body>Em 1994, um bando de caminhantes acabou descobrindo um grupo de árvores estranhas crescendo em um desfiladeiro no Parque Nacional Wollecim, a cerca de 100 km de distância de Sydney, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123459-por-que-existem-tantos-animais-estranhos-na-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austrália</a>. Um naturalista do parque foi notificado sobre o caso, posteriormente mostrando espécimes de folhas a um botânico.Após estudos mais aprofundados, pesquisadores descobriram que a planta em questão se tratava de uma espécie antiga que estava essencialmente congelada no tempo desde a época em que os dinossauros vagam pela Terra. O pinheiro Wollemi (Wollemia nobilis) foi apelidado de "fóssil vivo" pelos estudiosos e permanece geneticamente quase idêntico há 66 milhões de anos.<h2>Sobrevivência de árvore milenar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/19/19003853328008.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)De acordo com os pesquisadores que trabalharam no caso, existem agora apenas 60 destas árvores na natureza. As sobreviventes, por sua vez, estão ameaçadas pelos incêndios florestais na região australiana. Antes do espécime ter sido descoberto, em 1994, acreditava-se que o pinheiro Wollemi estava <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125295-quase-50-das-especies-na-terra-estao-caminhando-para-a-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extinto</a> há 2 milhões de anos.Agora, cientistas da Austrália, Estados Unidos e Itália estão decodificando o genoma da árvore para entender mais sobre sua evolução e seus hábitos reprodutivos únicos, bem como tentando saber quais esforços precisarão ser feitos para ajudar na conservação da espécie.&nbsp;Segundo os dados obtidos recentemente, o pinheiro tem 26 cromossomos, os quais contém impressionantes 12,2 bilhões pares de bases — em comparação, os humanos possuem apenas 3 bilhões de pares de bases. Apesar do tamanho do seu genoma, os primeiros Wollemi têm uma diversidade genética extremamente baixa, sugerindo uma redução drástica de sua população por volta de 10 mil a 26 mil anos atrás.<h2>Reprodução e perspectiva para o futuro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/19/19003935111012.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Conforme foi descoberto pelos pesquisadores, os pinheiros Wollemi não costumam trocar muito material genético. De modo geral, essas árvores restantes parecem se reproduzir principalmente por meio de clonagem talhadia — em que rebentos emergem da base e se tornam novas árvores.A raridade da espécie pode ser por culpa do número elevado de transposões em sua composição, que nada mais são do que "genes saltadores". Esses trechos de DNA podem mudar sua posição dentro do genoma, alterando a sequência de "letras" em uma molécula. Por sua vez, isso causa ou reverte mutações genéticas.Caso os transposões tenham induzido mutações prejudiciais, isso pode ter contribuído para o declínio populacional precipitado pelas mudanças climáticas e outros fatores. Essas condições estressantes, acreditam os pesquisadores, podem ter levado a planta a mudar para a reprodução clonal. Paradoxalmente, embora as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121098-sequoia-conheca-as-maiores-arvores-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">árvores</a> ainda dependessem da reprodução sexuada para se expandirem, os transposões podem também ter desempenhado um papel, ao menos temporariamente, importante para torná-las mais resistentes às mudanças sofridas pelo planeta.Embora apenas quatro pequenas populações de pinheiro Wollemi permaneçam na natureza, essas árvores têm sido amplamente propagadas por jardins botânicos e outras instituições num esforço para conservá-las. Assim, o estudo do genoma dessa espécie não é algo apenas curioso, mas que pode garantir a sobrevivência dessas plantas.</body>

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