Imagem de 100 anos da morte de Lenin: quem foi o líder russo e qual é o seu legado? no megacurioso

Lenin entrou para a história como um dos grandes símbolos do socialismo

<head></head><body>Talvez poucos nomes históricos juntem tanta polêmica quanto o de Vladimir Ilyich Ulianov, mais conhecido pelo seu pseudônimo, Lenin. Cem anos depois de sua morte, o líder continua como um personagem complexo que reúne muitas opiniões sobre o seu legado.O revolucionário russo atuou como político, intelectual e estrategista – mas se destacou, sobretudo, por ter sido o chefe de governo da Rússia Soviética de 1917 a 1924 e da União Soviética de 1922 até sua morte.<h2>Os primeiros anos de Lenin</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19145954498244.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Nascido em uma família simples, formada por servos, Lenin veio ao mundo em 10 de abril de 1870, em Simbirsk. Recebeu logo o apelido de Volodya, que é um diminutivo de Vladimir. Ele era um dos 11 filhos de Ilya Nikolayevich Ulianov e Maria Alexandrovna Blank.Seus pais se consideravam monarquistas e eram contra os políticos radicais. Há registros históricos de que o pequeno Vladimir demonstrava uma personalidade competitiva e era, às vezes malcriado, mas se destacava nos estudos.A vida de Lenin foi marcada pela morte de seu pai, em 1886, quando ele tinha então 16 anos, e de seu irmão Aleksandr. Ele havia organizado protestos contra o governo, uniu-se a uma célula que planejava executar o imperador e acabou sendo condenado ao enforcamento.&nbsp;<h2>A entrada na vida política</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19145800384237.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Estes dois fatos se tornariam traumas que trariam influência nos rumos tomados em seu futuro. Mas, além disso, impulsionariam toda a família para um maior envolvimento em questões políticas. Isso porque os Ulyanov acabaram, na sequência desses acontecimentos, isolados da vida burguesa, o que fez com que desenvolvessem uma raiva direcionada aos nobres e liberais.Vladimir foi expulso da Universidade de Kazan, onde estudava Direito. Precisou estudar por conta própria e só obteve um diploma depois que sua mãe conseguiu que ele prestasse uma prova de Direito em São Petersburgo.Desde muito cedo, Lenin foi influenciado pela leitura da obra de <a href="https://www.megacurioso.com.br/politica/43169-sera-que-karl-marx-odiava-mesmo-o-capitalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Karl Marx</a>. Ao longo de sua vida intelectual, ele associou os princípios do marxismo com sua teoria de organização política, imaginando a formação de um grupo de elite formado por uma "vanguarda do proletariado", que seria responsável por conduzir as massas à libertação do regime czarista.Em 1897, foi preso e condenado, sem julgamento, a um exílio na Sibéria, onde cumpriu sua pena. Durante todo o tempo, ele estudava e produzia uma de suas obras mais importantes, chamada&nbsp;O Desenvolvimento do Capitalismo na Rússia,&nbsp;na qual apresenta uma análise das relações de produção e o crescimento da divisão entre classes em seu país.Lenin foi libertado no começo de 1900 e, após um período na Rússia, deixou o país ainda no mesmo ano para viver em países da Europa Ocidental, principalmente na Suíça, onde teve contato com outros marxistas.<h2>Lenin e a Revolução Russa</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19145738924234.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Entre 1904 e 1905, a Guerra Russo-Japonesa fez com que a Rússia entrasse em uma crise econômica gigantesca, o que levou a uma mobilização dos trabalhadores pobres. Eles então estabeleceram uma greve geral e organizaram uma marcha em direção ao palácio onde morava o Czar Nicolau II.Ao chegarem lá, os soldados abriram fogo contra a população, causando um massacre no qual pelo menos 200 pessoas morreram. O evento ficou conhecido como "Domingo Sangrento" e ajudou a espalhar o ímpeto por mudanças. Lenin, embora não tenha participado diretamente do acontecimento, estimulou os trabalhadores a se armarem e se rebelarem.Lenin começou, então, a tomar a dianteira na liderança do crescente movimento revolucionário. Com a Primeira Guerra Mundial, a partir de 1914, a Rússia passou a se afundar em uma crise ainda mais grave, o que estimulou ainda mais o levante dos trabalhadores.Em 23 de fevereiro de 1916, milhares de pessoas se reuniram nas ruas de Petrogrado, atual São Petersburgo, levando à eclosão do movimento que culminaria na derrubada do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119548-nicolau-ii-a-russia-ficou-sem-um-czar-pela-primeira-vez-em-300-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">czarismo</a>. Por fim, o czar Nicolau II abdicou do trono e um novo governo começou a ser organizado. Nesse momento, Lenin viu condições para o seu retorno à Rússia e defendeu que os sovietes (conselhos políticos formados pelas classes mais populares) deveriam canalizar a mobilização dos trabalhadores.Assim, ele começou a estimular que as classes proletárias se revoltassem contra o governo provisório e a criticar quem defendia uma união entre bolcheviques e mencheviques, as duas vertentes políticas que disputavam o poder após a queda do czar. Sua meta era a instalação de um governo revolucionário exercido pelos trabalhadores, a partir da expressão “todo poder aos sovietes”.<h2>A Revolução de Outubro</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19145840099242.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Nesse contexto, Lenin articulou um apoio das massas às suas ideias, unindo os trabalhadores urbanos e rurais. Em 24 de outubro de 2017, os bolcheviques conseguem tomar o poder em locais estratégicos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121830-entenda-a-relacao-entre-a-1-guerra-mundial-e-as-revolucoes-russas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Petrogrado</a>, dando espaço à chamada Revolução de Outubro.Com a ascensão dos bolcheviques, Lenin vira líder da Rússia e estabelece várias mudanças. Dentre elas, está a tomada das terras e propriedades da aristocracia e da Igreja Ortodoxa, e a concessão do poder aos camponeses para a realização da reforma agrária.&nbsp;<h2>Legado</h2>O regime estabelecido pelo líder é, até hoje, visto sob extrema controvérsia. Há os que defendam que ele decretou medidas que combatiam a desigualdade social, como a reforma agrária, além de realizar ações de combate ao analfabetismo. Por outro lado, há os que o definam como um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119063-ditadura-militar-no-brasil-6-mentiras-contadas-sobre-o-regime.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">autoritário</a> que massacrou todas as forças contrárias às suas ideias.Nos últimos anos em que esteve no governo, Lenin enfrentou uma insurgência contrarrevolucionária formada a partir de 1918, o que levou à <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119209-caso-dred-scott-a-decisao-que-impulsionou-a-guerra-civil-americana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Civil</a> Russa. Neste período, o governo implementou medidas que permitiam o confisco de grãos de camponeses contrários ao regime.O poder de Lenin passou a se deteriorar a partir de 1922, por conta, sobretudo, dos problemas de saúde que o acometeram. Ele sofreu derrames cerebrais e ficou muito fragilizado, dando margem para que houvesse disputas pelo poder. Quem acabou sucedendo o líder soviético foi <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121665-o-misterio-que-envolve-a-morte-do-ditador-josef-stalin.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Josef Stalin</a>.Em 21 de janeiro de 1924, sua morte foi anunciada. Por conta disso, a cidade de Petrogrado foi renomeada como Leningrado e Lenin entrou para a história como um dos grandes símbolos do socialismo.</body>

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100 anos da morte de Lenin: quem foi o líder russo e qual é o seu legado?

Imagem de Por que o território dos Estados Unidos acabou de crescer 1 milhão de quilômetros? no megacurioso

A área territorial dos Estados Unidos aumentou, e não foi em virtude de terremotos; entenda

Nesta semana, os Estados Unidos aumentaram de tamanho. N&oacute;s sabemos que existem algumas formas bastante conhecidas para conseguir esse feito, como a invas&atilde;o de outro pa&iacute;s em meio a uma guerra, e a a&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118142-terremoto-o-que-e-as-suas-causas-e-como-e-medido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terremotos</a> que eventualmente fazem uma nova &aacute;rea surgir. Mas n&atilde;o foi o que aconteceu neste caso.
Aumento da &aacute;rea territorial dos EUA
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/12/12010245595000.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Essa expans&atilde;o foi ocasionada em virtude de uma recente mudan&ccedil;a na delimita&ccedil;&atilde;o do territ&oacute;rio sob jurisdi&ccedil;&atilde;o dos Estados Unidos. Para tanto, al&eacute;m do tamanho do pa&iacute;s em terra firme, &eacute; considerada a &aacute;rea da plataforma continental, que se trata de uma extens&atilde;o dos continentes, geralmente plana, bem mais rasa que os oceanos abertos. Nesse c&aacute;lculo, est&aacute; sendo considerado o dom&iacute;nio sobre parte dos oceanos ao redor do pa&iacute;s, portanto.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124171-voce-conhece-a-guiana-brasileira-motivo-de-guerra-entre-brasil-e-franca.htm" target="_blank" rel="sponsored">Voc&ecirc; sabia que existe uma &ldquo;Guiana Brasileira&rdquo;?</a></li>
</ul>
E foi justamente essa regi&atilde;o de dom&iacute;nio espec&iacute;fica, situada nas &aacute;guas, que foi ampliada. O an&uacute;ncio foi divulgado no dia 19 de dezembro pelo Departamento de Estado dos EUA. Com a mudan&ccedil;a, &eacute; poss&iacute;vel ver novas faixas do oceano Atl&acirc;ntico e Pac&iacute;fico reivindicadas pelo pa&iacute;s.
O mesmo pode ser observado no entorno das Ilhas Marianas, e na regi&atilde;o do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128130-derramamento-de-oleo-no-golfo-do-mexico-chega-a-mais-de-4-milhoes-de-litros-e-preocupa-especialistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Golfo do M&eacute;xico</a>. Regi&otilde;es pr&oacute;ximas ao Alasca, limitadas pelo Canad&aacute; ao leste e pela Federa&ccedil;&atilde;o Russa ao oeste, tamb&eacute;m foram reivindicadas, conforme mostra o mapa abaixo. Pode n&atilde;o parecer, mas a altera&ccedil;&atilde;o &eacute; significativa, j&aacute; que somada, corresponde a um milh&atilde;o de quil&ocirc;metros quadrados.
<h2>O que essas mudan&ccedil;as representam</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/12/12011143388019.png" alt="(Fonte: U.S. State Department/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: U.S. State Department/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Para que essa delimita&ccedil;&atilde;o da &aacute;rea da plataforma continental ocorra, &eacute; analisada a profundidade e outras caracter&iacute;sticas geof&iacute;sicas do entorno do pa&iacute;s. Em suma, ela corresponde ao leito e o subsolo das &aacute;reas submarinas que v&atilde;o al&eacute;m do mar territorial, com limites que variam em fun&ccedil;&atilde;o de fatores estabelecidos internacionalmente.
Segundo o comunicado oficial do Departamento de Estado, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124200-5-bizarrices-que-os-norte-americanos-acreditam-segundo-pesquisas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estados Unidos</a> investiram nesse sentido desde 2003, quando conduziram um mapeamento abrangente. No entanto, &eacute; preciso considerar que essa delimita&ccedil;&atilde;o abarca um t&oacute;pico bastante sens&iacute;vel, j&aacute; que o limite foi al&eacute;m das 200 milhas n&aacute;uticas da costa, dando forma &agrave; plataforma continental estendida (sigla ECS, em ingl&ecirc;s).
Para um pa&iacute;s &mdash; qualquer que seja &mdash;, a regi&atilde;o inserida na sua plataforma continental n&atilde;o representa apenas uma simples faixa que est&aacute; integrada ao territ&oacute;rio, sob o ponto de vista do relevo, embora oculta sob o mar.
Afinal, quem controla uma &aacute;rea determina se uma embarca&ccedil;&atilde;o pode pescar ou passar por l&aacute;, j&aacute; que n&atilde;o s&atilde;o &aacute;guas internacionais. Recursos tamb&eacute;m podem ser explorados nesse espa&ccedil;o pelo pa&iacute;s que possui dom&iacute;nio sobre ele.
<h2>Debates envolvendo os limites da plataforma continental</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/12/12012223194020.png" alt="Imagem mostra detalhes de &aacute;reas que passaram a fazer parte do dom&iacute;nio norte-americano, delineadas em vermelho. (Fonte: U.S. State Department/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Imagem mostra detalhes de &aacute;reas que passaram a fazer parte do dom&iacute;nio norte-americano, delineadas em vermelho. (Fonte: U.S. State Department/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A expans&atilde;o, portanto, tamb&eacute;m representa uma maior possibilidade de aproveitamento de eventuais recursos descobertos. Habitats essenciais para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127855-tartatugas-gigantes-de-galapagos-estao-transformando-seus-habitats.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vida marinha</a> est&atilde;o entre eles. Mas o petr&oacute;leo, assim como muitos min&eacute;rios, definitivamente figuram como um potencial interesse do ponto de vista econ&ocirc;mico &mdash; isso nas &aacute;reas em que eles podem ser explorados.
Embora determina&ccedil;&otilde;es acerca dos limites da plataforma continental j&aacute; tenham sido estabelecidas no plano internacional, a exemplo da Conven&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), de 1982, reivindica&ccedil;&otilde;es desse tipo ainda podem gerar um amplo debate e tens&otilde;es das mais variadas ordens.
Isso porque pa&iacute;ses vizinhos podem n&atilde;o ver com bons olhos esse tipo de "conquista". Na &Aacute;sia, por exemplo, h&aacute; muitos Estados pr&oacute;ximos entre si em uma pequena regi&atilde;o, o que dificulta que um deles abarque &aacute;reas do oceano que v&atilde;o muito al&eacute;m do pr&oacute;prio limite territorial.

thumb-image-2024-02-29T14:07:24.271Z

Por que o território dos Estados Unidos acabou de crescer 1 milhão de quilômetros?

Imagem de Os 6 passaportes mais influentes do mundo em 2024 no megacurioso

Se você for portador de um desses passaportes, terá acesso a 194 destinos diferentes sem grandes burocracias

<head></head><body>Com o mundo cada vez mais globalizado, viajar para fora do seu país de origem tornou-se algo um tanto quanto mais acessível para muitas pessoas. Contudo, engana-se quem pensa que basta ter um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/108146-veja-como-e-o-interior-de-13-passaportes-incriveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">passaporte</a> em mãos para ir para qualquer lugar. Embora esse seja um direito de cidadãos de todas as partes do mundo, existem passaportes que te levarão a mais lugares do que outros.Para 2024, por exemplo, o topo da lista dos melhores passaportes do mundo conta com seis nacionalidades diferentes, que dão ao seu povo o direito de entrar em 194 países diferentes sem a necessidade de um visto prévio. Conheça as nações que aparecem no topo da lista criada pela Autoridade Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que inclui 199 passaportes diferentes e 277 destinos de viagens possíveis!<h2>6. Austrália, República Tcheca, Nova Zelândia e Polônia</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/12/12020151553003.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Em sexto lugar na lista de melhores passaportes do mundo estão quatro países: Austrália, República Tcheca, Nova Zelândia e Polônia. Ao todo, os detentores desses documentos podem visitar 189 destinos sem a necessidade de obter um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127622-3-paises-que-ainda-pedem-visto-para-entrada-de-brasileiros-e-3-que-nao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">visto</a> prévio.Curiosamente, a Austrália deve cair no ranking ainda em abril de 2024, uma vez que o governo brasileiro anunciou a política de reciprocidade para países que exigem visto de brasileiros durante essa época do ano.<h2>5. Grécia, Malta e Suíça</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/12/12020303604005.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Em quinto lugar no ranking, Grécia, Malta e Suíça são outras nações com um excelente passaporte para seus habitantes e descendentes. Conforme mostram os dados, são 190 países que permitem a entrada de pessoas com esses passaportes sem necessidade de visto.Embora seja um país reconhecido por suas habilidades diplomáticas, os suíços ainda precisam de visto para entrar em países como China, Nigéria, Argélia, Sudão e Mali<h2>4. Bélgica, Luxemburgo, Noruega, Portugal e Reino Unido</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/12/12020318126007.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Na quarta posição, cinco países têm portas abertas para seus passaportes: Bélgica, Luxemburgo, Noruega, Portugal e Reino Unido. Os portugueses precisam de visto para viajar para países como China, Camarões e Paquistão, mas também precisam passar por entrevistas ao chegar na Rússia, Índia e em Cuba.Já para os britânicos, são exigidos visto prévio na Rússia, Egito, Irã e em diversos outros países. Mesmo assim, os membros dessa posição podem viajar para 191 destinos sem grandes preocupações.<h2>3. Áustria, Dinamarca, Irlanda e Países Baixos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/12/12020331966008.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Com uma possibilidade a mais de destinos do que o quarto lugar, Áustria, Dinamarca, Irlanda e Países Baixos possuem passaportes com autorização para entrar em 192 países sem visto — o que lhes confere a terceira posição nesse ranking. Os austríacos, por exemplo, só necessitam de visto para 21 países no mundo, incluindo China, Iémen, Myanmar, Afeganistão e Mali.Ao contrário dos seus vizinhos britânicos, os irlandeses não necessitam de visto prévio para ir até a Rússia ou Egito, mas também precisam passar por entrevistas ao ir até a China ou Coreia do Norte.&nbsp;<h2>2. Finlândia, Coreia do Sul e Suécia</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/12/12020347877011.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Com 193 destinos possíveis para visitar sem precisar tirar visto, os passaportes finlandês, sul-coreano e sueco são considerados os vice-campeões no ranking de melhores passaportes do mundo. Inclusive, os três países aparecem na seleta lista de nações que não necessitam de visto para entrar nos Estados Unidos.Considerando o histórico hostil entre as nações, é de se imaginar que os habitantes da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128542-coreia-do-sul-proibe-o-abate-e-a-venda-da-carne-de-cachorro-a-partir-de-2027.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Coreia do Sul</a> não tenham facilidade para entrar em países como China e Coreia do Norte. Mesmo assim, o que não falta são lugares para visitar.<h2>1. França, Alemanha, Itália, Espanha, Japão e Singapura</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/12/12020403364013.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Em primeiríssimo lugar do ranking estão seis países: quatro membros da União Europeia (Itália, França, Alemanha e Espanha) e dois países asiáticos (Singapura e Japão). Ao todo, são 194 destinos possíveis sem necessidade de visto prévio para os detentores desses seis passaportes.Embora exista uma tendência à maior liberdade de viagem no ranking nos últimos 19 anos, segundo o presidente da Henley &amp; Partners, Christian Kaelin, a lacuna de mobilidade global entre aqueles que estão nos primeiros e últimos lugares têm se tornado cada vez maior. Portanto, essas seis nações são as grandes vitoriosas nesse sentido.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:24.260Z

Os 6 passaportes mais influentes do mundo em 2024

Imagem de Johan de Witt: o primeiro-ministro holandês que foi devorado pela população em 1672 no megacurioso

Você não leu errado, o primeiro-ministro holandês foi realmente comido por uma multidão revoltada

<head></head><body>Nascido em 24 de setembro de 1625, em Dordrecht, na Holanda, Johan de Witt já estava destinado a ser um líder bem-sucedido. Seu pai era um prefeito respeitado por ser distinto e ter hombridade, características que passou a Witt logo cedo.O jovem foi bem-educado e mostrou desde cedo sua capacidade com os números, escrevendo um dos primeiros livros didáticos de geometria analítica. No final da década de 1640, Witt entrou para a política, usando seus conhecimentos matemáticos para lidar com as questões financeiras e orçamentárias da república. Assim como seu pai, ele se manteve fiel à política anti-Casa de Orange-Nassau, a família nobre que desempenhou um papel significativo na história dos Países Baixos na Europa.Inteligente e eloquente, Witt aos poucos conquistou o povo e se tornou o governante da Holanda. Aos 28 anos, em 1653, foi nomeado conselheiro pensionista, o líder político. Foi nesse período que desempenhou um papel crucial nas políticas internas e externas do país, trazendo prosperidade econômica, expansão marítima e militar.Diante de um histórico desses, é impossível imaginar o que pode ter dado errado a ponto de Johan de Witt, o primeiro-ministro holandês, ter sido devorado pelo próprio povo.<h2>Da ascensão à queda</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03122018828152.jpg" alt="Johan de Witt. (Fonte: Hulton Archive/Getty Images)">Johan de Witt. (Fonte: Hulton Archive/Getty Images)A Idade de Ouro Holandesa, um período conhecido por tornar o império holandês uma das maiores potências da Europa, só aconteceu graças à perspicácia de Witt. Nessa época, Amsterdã estava no centro do comércio mundial e a Companhia Holandesa das Índias Orientais dominava as rotas comerciais asiáticas tão bem a ponto de tornar a nação muito rica.Com esse sucesso todo, não é para menos que o líder político foi reeleito ao cargo por três vezes, em 1658, 1663 e 1668. Witt garantiu a manutenção da paz com outros países europeus, como também conseguiu colocar os inimigos da República, os ingleses e franceses, um contra o outro, tirando a Holanda do seu radar.Com isso, por muito tempo, Witt conseguiu manter a tensão que possuía com a Inglaterra sob controle, devido à competição marítima que travavam, até mesmo em 1665, quando a situação escalou ao nível de guerra. Mas em 1672, nem todo o jogo de cintura de Witt foi capaz de impedir o caos que se seguiu quando Luís XIV da França repentinamente declarou guerra a República Holandesa.A conhecida Guerra Franco-Holandesa de 1672 se tornou o cadafalso político de Witt, quando a Holanda foi invadida em massa pelos britânicos e franceses. O exército holandês sofreu derrota nas mãos dos franceses porque o governo sempre priorizou a marinha holandesa.<h2>Perseguido e devorado</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/09/09140309048215.jpg" alt="Irmãos Witt. (Fonte: Wikimedia Commons)">Irmãos Witt. (Fonte: Wikimedia Commons)Como consequência, Witt foi culpado pelos holandeses por sua negligência ao exército terrestre do país, e muitos protestaram por uma liderança mais forte. Rapidamente, Guilherme III da Casa de Orange-Nassau, um dos arqui-inimigos da história familiar e política de Witt, cresceu no gosto popular. Cornelius, irmão de Witt, chegou a ser torturado e preso por traição por conspirar contra o desejo holandês de eleger Guilherme.O ódio da população foi tão forte que resultou na renúncia de Johan de Witt ao poder, em 4 de agosto de 1672, antes de visitar seu irmão em Haia. Com isso, formou-se uma turba de linchadores, revoltados com a gestão e comportamentos conspiratórios de Witt contra Guilherme. Do lado de fora da prisão, as pessoas aguardavam com armas de fogo, marretas, facas e espadas, prontas para tirar uma gota de sangue do político.Sem guardas por perto, a multidão invadiu a prisão e arrastou para fora os irmãos e os esfaquearam de múltiplas formas. Não contentes, os linchadores penduraram os dois pelos pés para que as pessoas pudessem arrancar filetes dos seus corpos e vender pela cidade.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03122439952156.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Apesar dos detalhes serem incertos, acredita-se que o povo tenha realmente devorado Johan de Witt e seu irmão. O novo governante, Guilherme III, no entanto, não fez nada para processar os agitadores do linchamento, deixando claro que estava satisfeito com o que aconteceu.Atualmente, existem três estátuas de Witt na Holanda, todas construídas no século XX.</body>

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Johan de Witt: o primeiro-ministro holandês que foi devorado pela população em 1672

Imagem de Maconha: o que mudou no Uruguai após 10 anos da legalização? no megacurioso

Dez anos depois da regulamentação, já é possível ver alguns efeitos da lei no Uruguai.

<head></head><body>Há pouco mais de 10 anos, no dia 10 de dezembro de 2013, o Uruguai tomava uma decisão importante na sua história: a regulamentação da produção, da venda e do consumo da cannabis. A regularização da maconha, segundo especialistas da área, tem cumprido o objeto de gerar um novo mercado legalizado para uma substância que antes apenas circulava clandestinamente, na mão de traficantes.Dez anos depois, já é possível ver alguns efeitos dessa decisão política. De acordo com o então presidente uruguaio, <a href="https://www.megacurioso.com.br/economia/36826-governo-do-uruguai-quer-legalizar-a-venda-de-maconha-em-farmacias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">José "Pepe" Muijca</a>, a ideia era que o novo mercado quebrasse o narcotráfico no país e melhorasse a segurança pública. Nem tudo aconteceu até o momento. Mas o que já pode ser constatado? Vejamos a seguir alguns dados já consolidados.<h2>1. O número de usuários registrados aumentou mais de 150% desde 2018</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20190045037449.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)De acordo com o Instituto de Regulamentação e Controle da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126699-canabis-na-construcao-um-caminho-para-a-sustentabilidade-ambiental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cannabis</a> (IRCCA), o número de usuários de maconha registrados para compra no Uruguai é atualmente de 86.207 pessoas. Isso corresponde a cerca de 2,5% da população inteira do país.Contudo, os dados também mostram que muitos consumidores maiores de 18 anos continuam sem se registrar. Ou seja, dois a cada três usuários (cerca de 66%) recorre ao chamado "mercado cinza", em que a maconha é produzida legalmente, mas distribuída fora do mercado regular.<h2>2. Muitos adolescentes experimentaram maconha apenas uma vez</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20190226954450.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Dados de 2022 da pesquisa da empresa Cifra indicam que 19% dos usuários maiores de 16 anos voltaram a consumir maconha depois de prová-la pela primeira vez. Em &nbsp;2016, o dado era de 10%.A empresa analisa que provavelmente mais pessoas passaram a assumir o consumo da cannabis, já que há pelo menos dez anos ela é legalizada no Uruguai. "Acredito que exista um aumento do consumo em determinada população, porque é mais fácil, mas também que as pessoas estão declarando o seu uso", afirmou a diretora da Cifra, Mariana Pomiés.Ainda assim, o número indica que não houve um grande aumento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127966-por-que-e-tao-dificil-diminuir-o-consumo-de-carne-vermelha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">consumo</a> de maconha entre essa população, o que era um grande medo de certas camadas da sociedade.<h2 dir="ltr">3. A maconha ficou mais barata</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20190256144452.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em média, um pacote de 5 gramas de maconha, vendido nas farmácias autorizadas no Uruguai, custa cerca de US$ 12 ou R$ 59. Esse é o valor cobrado pela variedade gama, mas há outras, com menor percentual de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/116084-como-a-cannabis-age-no-organismo-do-ser-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">THC</a>, que costumam ser mais baratas.Esses preços são considerados relativamente menores que os custos em outras localidades. Só a título de comparação, entre as grandes cidades, o valor mais baixo é encontrado em Montreal, no Canadá (US$ 5,90 ou cerca de R$ 29), e o mais alto em Tóquio, no Japão (US$ 33,80 ou cerca de R$ 166).<h2>4. Metade da população do Uruguai é favorável à legalização</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20190628767454.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Desde que o país regulamentou o mercado da maconha, 66% dos uruguaios passaram a se manifestar como favoráveis à nova lei. O percentual praticamente dobrou desde a última medição de opinião, que havia sido feita em 2012. Já em relação ao número de pessoas que se opõem à lei, o percentual caiu de 66% para 45%.Para Mariana Pomiés, diretora da Cifra, está ocorrendo uma mudança cultural no Uruguai em decorrência da lei. "O que mais colaborou para que as pessoas mudassem de opinião foi o transcurso da vida cotidiana sem grandes problemas após a regulamentação. As pessoas que poderiam ter predisposição favorável à legalização, mas tinham medo, foram perdendo o temor", conclui.</body>

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Maconha: o que mudou no Uruguai após 10 anos da legalização?

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Existe um motivo histórico por trás de os franceses sempre estarem protestando

<head></head><body>Por que existem tantos protestos na França? Essa é a dúvida que permeia várias entradas no Google todos os anos, porque, realmente, a França sempre ocupa os jornais mundiais com alguma revolta pública – ou várias – ao longo do ano.As demandas e os motivos estão em constante mudança, desde o controle de aluguéis, salário mínimo mais alto, redistribuição de riqueza mais ampla, políticas educacionais elitistas, ou aumento de idade da aposentadoria.Para entender o porquê isso acontece, é preciso voltar ao século XVIII.<h2>Charivari: o início de tudo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20132116905203.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)De alguma maneira, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122018-6-protestos-causados-por-motivos-bizarros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">protesto</a> sempre esteve enraizado na cultura francesa. No período medieval, o protesto de rua era chamado de charivari, e consistia na prática de sair às ruas para humilhar publicamente pessoas acusadas de ofensas morais, como adultério. O grupo de manifestantes batia panelas, gritava canções zombeteiras e forçava os acusados para fora de suas casas e até mesmo da cidade. Havia alguns casos que dinheiro era pago à multidão reunida como forma de retratação.Ao longo do tempo, os charivaris foram adquirindo um viés cada vez mais político, visando as casas dos políticos e funcionários impopulares a serviço do rei. Certamente, a prática encontrou seu ápice em 14 de julho de 1789, quando a França estava afogada em dívidas devido aos gastos extravagantes da comitiva real de Luís XVI, com impostos cada vez mais altos, enquanto a nobreza e o clero desfrutavam de isenções fiscais.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20132152032204.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Sendo assim, a população, esmagada pelo dízimo obrigatório, pelas más colheitas e pelo aumento do preço de commodities, como a farinha, estourou de raiva pelas ruas de Paris. A Bastilha, símbolo da monarquia, caiu, assim como o império do rei. Três anos e meio depois, o feudalismo foi abolido, o rei foi morto na guilhotina, e a declaração dos direitos do homem e do cidadão foi proclamada, seguida pela primeira constituição do país. Começava ali um novo capítulo na história francesa, que só aconteceu graças à revolta do povo.Acredita-se que o fantasma tanto da morte dos monarquistas quanto do que a ira de uma população era capaz passaram a assombrar os líderes políticos. Afinal, essa herança sangrenta continuou de várias formas, porque a Revolução de Julho de 1830 viu a derrubada do rei Carlos X, que foi substituído por Luís Felipe, o Duque de Orleans, que também caiu menos de 20 anos depois, forçado pelo povo a renunciar.<h2>Protestos: a alma da França</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20132242778205.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Depois da Revolução Francesa, a Comuna de Paris foi a insurreição de maior proporção. Liderada pelas classes trabalhadoras, durou mais de dois meses em 1871, plantou as sementes da emancipação feminina, da liberdade de imprensa e do princípio da laicidade nas escolas e no governo.No século XX, os comunistas passaram a liderar os protestos de rua, chegando a reunir 600 mil pessoas em 1936 durante uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127135-greve-geral-de-1917-a-primeira-paralisacao-geral-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">greve geral</a> iniciada após a eleição da Frente Popular, em maio de 1936, que levou à criação de um governo de esquerda liderado por Léon Blum. Sua proporção forçou uma rápida aceitação do governo, que assinou os chamados Acordos de Matignon, trazendo vitória para as classes trabalhadoras com salários maiores em toda a linha e os direitos inequívocos de se sindicalizar.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20133713263222.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Para o sociólogo Charles Tilly, os protestos franceses guardam a estridência dos charivaris em sua essência, e ele os enxerga como uma resposta ao crescimento do Estado e do capitalismo franceses. À medida que a política se tornou cada vez mais dominada por um Estado central e elites capitalistas, as pessoas comuns desenvolveram uma consciência política nacional, portanto, suas táticas de protesto mudaram de acordo.Sendo assim, o protesto continua sendo uma parte importante da vida nacional francesa, de um povo que ama a história e todas as comemorações dela. “A França muitas vezes olha para o seu passado tanto quanto olha para o seu futuro ao responder ao seu presente”, disse Guy Groux, especialista em protestos franceses no Centro Nacional de Pesquisa Científica de Paris, em entrevista à Time em 2009.</body>

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Por que existem tantos protestos na França?

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A diplomacia do panda começou em 1950 e começou como forma da China presentear outros países, mas hoje essa prática se tornou uma transação milionária

<head></head><body>Grande parte do século XX foi marcado por relações distantes e até hostis entre os Estados Unidos e a China, sobretudo durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128348-por-que-nunca-existiu-aviao-movido-a-energia-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Fria</a>, em que a potência americana sustentava uma campanha de perseguição e criminalização do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127268-o-jogo-de-tabuleiro-que-transformava-os-eua-em-comunista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comunismo</a> ao tentar combater seu pior inimigo, a União Soviética.Exatamente por essa campanha de “ameaça comunista” que os EUA sempre estiveram do lado dos nacionalistas chineses, que buscavam um Estado unificado sob o governo do Kuomintang. O governo americano chegou a fornecer apoio significativo por meio do fornecimento de armamento, treinamento militar e assistência financeira ao ex-presidente Chiang Kai-shek na luta contra a ocupação japonesa na China durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128271-grupo-lados-os-falsificadores-poloneses-que-salvaram-milhares-de-vidas-na-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20135642722230.jpg" alt="Richard Nixon. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Richard Nixon. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Isso aumentou as tensões entre os nacionalistas e os comunistas mesmo durante esse período delicado na China, chegando ao seu pico em 1945, quando as negociações de paz entre ambos falharam miseravelmente, resultando no reinício da Guerra Civil Chinesa, que fez os comunistas emergirem vitoriosos sob a liderança de<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116128-a-grande-fome-de-mao-milhares-de-chineses-foram-canibalizados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Mao Tsé-Tung</a>, que proclamou a fundação da República Popular da China.Em 1972, a visita do então presidente dos EUA Richard Nixon à China desempenhou um papel crucial no processo de estabelecimento das relações diplomáticas formais entre as duas potências. Depois que a ex-primeira-dama Pat Nixon comentou sobre seu amor pelos pandas, a China enviou alguns desses animais para os EUA pela primeira vezem 1972, como forma de acordo de paz.&nbsp;<h2>Fragmentos de uma tradição</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20135524401229.jpg" alt="Imperatriz Wu Zetian. (Fonte: YouYi/Reprodução)">Imperatriz Wu Zetian. (Fonte: YouYi/Reprodução)Nativos da região central da China, os pandas nutrem uma relação que data de vários séculos com o povo chinês, apesar de terem caído no conhecimento do Ocidente apenas em meados do século XX. Os animais sempre foram associados a valores como gentileza, harmonia e expressão de amizade e cooperação, por isso marcaram presença em eventos diplomáticos contemporâneos e se tornaram verdadeiros "presentes".Muito se fala que a diplomacia do panda começou com a Imperatriz Wu Zetian, no século VII, mas não há evidências históricas claras que comprovem que isso realmente acontecia. O que existe, no entanto, é que a dinastia Tang, da qual a imperatriz fazia parte, tinha o costume de enviar presentes exóticos e raridades como parte das relações diplomáticas, e os pandas podem ter sido inclusos nessa lista.Oficialmente, a tradição de usar pandas como embaixadores diplomáticos começou na década de 1950, sob o governo de Mao Tsé-Tung, quando passou a emprestar os animais para zoológicos estrangeiros durante a Guerra Fria. O ato de emprestar um panda aos EUA em 1972, não só estabeleceu os laços de proximidade com a China, como renovou o caso de amor americano com essas criaturas, que não eram vistas no país há mais de 20 anos.<h2>O fim das relações?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20140614572234.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em 1984, à medida que a China foi se tornando cada vez mais "capitalista", os pandas se transformaram em ferramentas econômicas. Sendo assim, eles não eram mais apresentados como presentes, mas sim emprestados por um período de 10 anos, que poderia ser prorrogado.&nbsp;Essa mudança permitiu que a China continuasse promovendo sua imagem no exterior e também construísse confiança, uma promoção de parcerias mútuas entre os chineses e os países beneficiários. Para isso, os anfitriões precisariam pagar uma taxa anual de cerca de US$ 1 milhão por urso, sendo que os filhotes de panda nascidos no exterior teriam que ser devolvidos à China antes de seu quarto aniversário.Em meio a um período de forte tensão, o contrato de empréstimo dos EUA termina em dezembro, e os três ursos em solo americano serão devolvidos à China. Se não houver a prorrogação do acordo, como manutenção da diplomacia entre as potências, será a primeira vez em cinco décadas que os EUA ficarão sem pandas.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20140713100235.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)“Dado ao teor atual das relações entre EUA e China, não seria surpreendente que as autoridades chinesas permitam que os contratos de pandas com zoológicos dos EUA expirem”, disse Kurt Tong, analista de consultoria da Asia Group e ex-diplomata, à France-Presse.Afinal, os EUA possuem fortes acordos comerciais com Taiwan e continuam a vender equipamentos de defesa para seus militares, um comportamento que deixa os chineses cada vez mais insatisfeitos. O retorno dos pandas pode resultar na deterioração total das relações entre os países.</body>

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Por que a China usa pandas como ferramenta diplomática?

Imagem de 5 segredos governamentais de lugares do mundo revelados a partir de arquivos confidenciais no megacurioso

Alguns parecem teorias da conspiração, outros servem apenas para esconder os 'podres' de um governo, mas no fim eles acabam se tornando públicos e revelando as verdades sobre alguns países

<head></head><body>Todos os países possuem segredos de Estado que, eventualmente, se tornam públicos. Na maioria dos casos, eles não possuem muita relevância para a maioria das pessoas e servem apenas para a proteção de governantes ou para manter a estabilidade política e econômica.&nbsp;Porém, em outros casos, documentos que comprovam a participação de um país em massacres ou que revelam detalhes sobre a vigilância de civis se tornam públicos, revelando o lado "feio" dos governos. Abaixo, você pode conferir cinco segredos de governo liberados de arquivos confidenciais.<h2>1. Projeto Stargate</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18101824611110.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114706-o-controverso-projeto-stargate-para-leitura-de-mentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Projeto Stargate</a> pode parecer ter saído de uma lista de teorias da conspiração, mas ele vem direto de uma série de documentos tornados públicos pela CIA em 2017. Ele foi uma tentativa do governo dos Estados Unidos de criar agentes com percepção extrassensorial durante a Guerra Fria. Em outras palavras, eles acreditavam que seria possível desenvolver habilidades como clarividência, telepatia e psicocinese para usar contra os soviéticos.O projeto teve início em 1972 e foi liderado pelos parapsicólogos Hal Puthoff e Russell Targ como um programa secreto da CIA. Em 1979, o exército dos EUA assumiu o comando, recrutando homens e mulheres que afirmavam ter poderes extrassensoriais. Em 1995, alguns documentos vazados do programa fizeram com que a opinião pública condenasse seus elevados custos e resultados pouco significativos. No mesmo ano, o então presidente Bill Clinton encerrou o projeto de maneira definitiva.<h2>2. Dalai Lama e guerrilheiros tibetanos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18102906970128.jpg" alt="Dalai Lama. (Fonte: GettyImages)">Dalai Lama. (Fonte: GettyImages)O governo dos Estados Unidos é particularmente conhecido por oferecer treinamento para grupos rebeldes e paramilitares ao redor do mundo. O caso mais conhecido aconteceu na década de 1970, quando a CIA participou do treinamento de sauditas — entre eles, Osama bin Laden — que participavam da Guerra do Afeganistão. Mas antes disso, houve um caso que só se tornou público em 1998 e aconteceu no Tibete.Entre os anos de 1957 e 1969, a CIA conduziu uma operação secreta para armar e financiar a resistência tibetana contra o domínio chinês. Enquanto guerrilheiros tibetanos receberam treinamento militar, o líder religioso do país, Dalai Lama, recebeu um subsídio de 180 mil dólares. Em 1970, quando o governo Nixon apoiou o reconhecimento diplomático da China, o apoio (financeiro e militar) teve fim.<h2>3. John Lennon x EUA</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18101053796095.jpg" alt="John Lennon. (Fonte: GettyImages)">John Lennon. (Fonte: GettyImages)Antes mesmo de sair dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120522-os-beatles-quase-participaram-da-trilogia-de-o-senhor-dos-aneis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Beatles</a>, John Lennon se tornou um ativista político bastante expressivo. Não apenas pelas suas letras, mas por seu envolvimento com líderes da Nova Esquerda, grupos antiguerra e sua simpatia pelos comunistas trotskistas na Grã-Bretanha. Isso fez com que o FBI o colocasse sob intensa vigilância quando ele se mudou com Yoko Ono para Nova York, em 1971.Os documentos que revelaram o “interesse” do FBI por Lennon foram liberados em 2006 e não possuíam provas do envolvimento do músico em atividades subversivas. Eles apenas falavam sobre a associação do ex-Beatle com os ativistas Tariq Ali e Robin Blackburn. Além disso, eles também continham um relatório de vigilância sobre as atividades de Lennon durante um comício antiguerra em Michigan em 1971 e em outras manifestações políticas, mas que já eram públicas.<h2>4. Massacre na Indonésia</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18102510731124.png" alt="Suharto em seu escritório como chefe da Reserva Estratégica. (Fonte: Wikimedia Commons)">Suharto em seu escritório como chefe da Reserva Estratégica. (Fonte: Wikimedia Commons)A tentativa de combater comunistas levou diversos países a terem repressões bastante violentas. E um dos casos mais sombrios aconteceu na Indonésia entre 1965 e 1966. O então presidente Sukarno deu início a um processo autoritário de controle e de perseguição dos membros do Partido Comunista da Indonésia, que ganhavam cada vez mais força e chegaram a tentar tomar o controle do país. Para eliminar qualquer tipo de ameaça, Suharto, o major-general do exército, liderou uma violenta caça anticomunista no país.Os números são incertos, mas estima-se que entre 500 mil e 1 milhão de pessoas foram mortas e cerca de mais um milhão foram presas em campos de concentração. Os detalhes do massacre só se tornaram conhecidos quando arquivos que pertenciam à embaixada dos EUA em Jacarta se tornaram públicos em 2017. Além de detalhar a campanha de extermínio do exército indonésio, os documentos também confirmavam que os EUA forneceram listas de funcionários comunistas, equipamento de rádio e dinheiro para Suharto.<h2>5. As cinzas de Hideki Tojo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18101359077104.jpg" alt="Tojo em 1948 durante seu julgamento. (Fonte: GettyImages)">Tojo em 1948 durante seu julgamento. (Fonte: GettyImages)A 2ª Guerra Mundial tornou amplamente conhecidos os crimes cometidos pelos nazistas. Porém, os alemães não foram os únicos responsáveis por crimes de guerra durante o conflito. O Japão também foi responsável por ordenar, autorizar e permitir o tratamento desumano de civis e prisioneiros. E um dos principais responsáveis por autorizar esses atos foi Hideki Tojo, primeiro-ministro japonês durante a Segunda Guerra Mundial.Tojo foi julgado no Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente — o equivalente asiático aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120049-tribunal-de-nuremberg-condenacao-de-nazistas-completa-75-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Julgamentos de Nuremberg</a> — e sua execução aconteceu em dezembro de 1948. Porém, o destino de seus restos mortais permaneceram em absoluto segredo até 2021. O objetivo era impedir que nacionalistas japoneses tratassem seu túmulo como um local de adoração. Quando os documentos sobre o caso se tornaram públicos, foi revelado que as cinzas cremadas de Tojo, junto com as de outras seis pessoas executadas com ele, foram espalhadas de um avião do Exército dos EUA sobre o Oceano Pacífico.</body>

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5 segredos governamentais de lugares do mundo revelados a partir de arquivos confidenciais

Imagem de O que aconteceria se os danos climáticos pudessem ser revertidos? no megacurioso

Embora nações estejam começando a trocar o conceito de 'débito climático' por ações de conservação da natureza, como é possível salvar o mundo sem entrar em uma enorme crise econômica global?

<head></head><body>Há centenas de quilômetros da costa da América do Sul, as ilhas rochosas vulcânicas de Galápagos escondem criaturas incomuns, de alegres pássaros de patas azuis à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127678-como-as-tartarugas-de-galapagos-estao-restaurando-seu-proprio-ecossistema.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tartarugas gigantes</a>. Além disso, a região também é conhecida por inspirar pensamentos inovadores.No início de 2023, o Equador, que tem soberania sobre Galápagos, anunciou um acordo recorde. Com a ajuda do banco de investimento privado Credit-Suisse e do banco de desenvolvimento dos Estados Unidos, o país refinanciou US$ 1,6 bilhão em obrigações governamentais a uma taxa reduzida, e emitiu uma nova dívida.Em troca, pelo menos US$ 12 milhões por ano do dinheiro economizado por este empréstimo, serão agora canalizados para esforços de conservação no remoto arquipélago. E como esse caso pode servir de exemplo para o restante do mundo?<h2>Dívidas com a natureza</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/19/19033147637004.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Conhecidas como trocas de dívida por natureza ou "débito climático", essas novas ferramentas financeiras estão ganhando espaço entre países gravemente endividados, como Barbados e Belize. Ao libertar dinheiro para restaurar ecossistemas e criar resiliência, algumas nações acreditam estar fazendo parte de um movimento de financiar a resposta mundial às <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128284-7-doencas-que-podem-aumentar-devido-as-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a>.Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), as economias em desenvolvimento precisarão de US$ 2,4 trilhões anuais de investimento em ações climáticas nos próximos anos. Contudo, as nações mais ricas têm sido lentas no cumprimento dos compromissos financeiros para ajudar as nações mais pobres a adaptarem-se a um mundo mais quente.Embora a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128308-2023-deve-se-tornar-o-ano-mais-quente-ja-registrado.htm#:~:text=Calor%20acima%20da%20m%C3%A9dia&amp;text=Enquanto%20ocorria%20a%2028%C2%AA%20Confer%C3%AAncia,na%20nossa%20hist%C3%B3ria%20at%C3%A9%20novembro." rel="noopener noreferrer" target="_blank">COP28</a> de 2023 tenha anunciado um novo fundo de US$ 400 milhões, países em desenvolvimento podem perder mil vezes mais a cada ano devido às mudanças climáticas, segundo novas estimativas. Esse dinheiro poderia ser usado para financiar projetos que reforcem as defesas naturais, como a restauração de manguezais para ajudar na proteção contra inundações ou a reforma da agricultura para melhorar a resiliência do sistema alimentas.<h2>Medo de uma crise econômica</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/19/19033205802006.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Um dos grandes problemas no cenário atual é que muitas nações também não estão em condições de financiar as mudanças citadas anteriormente. Embora empréstimos possam ajudar, mais de 50 países em desenvolvimento já estavam gravemente endividados antes de buscarem ajuda no mercado financeiro. Atualmente, algumas nações estão pagando aos seus credores mais de 12 vezes o que gastam em medidas climáticas.Uma maneira das nações endividadas responderem à crise financeira é aumentar as exportações de recursos primários como combustível e recursos naturais — o que seria um movimento contrário ao almejado para salvar a natureza. Em meio a essas crises combinadas de natureza, clima e custo de vida, seria possível que as trocas de dívidas para as nações mais pobres se apresentem como uma resposta para mudar o cenário atual?Uma vantagem de tais trocas é que elas não prejudicam a classificação de crédito de uma nação, o que tornaria mais caro o empréstimo no longo prazo. Contudo, nem todos pensam que tais conversões de dívida são uma boa abordagem. O cancelamento imediato de uma dívida existente poderia acarretar uma crise econômica de proporções ainda maiores.Em vez disso, o cenário mais provável é que nós teremos que buscar um menu mais amplo de reformas que poderão desempenhar um papel para ajudar a tornar essas dívidas mais acessíveis e, ao mesmo tempo, reforçar o financiamento climático.</body>

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O que aconteceria se os danos climáticos pudessem ser revertidos?

Imagem de 4 atrocidades cometidas por norte-americanos que você provavelmente não conhece no megacurioso

Nem sempre os piores eventos promovidos pelo homem são lembrados nos livros de história

Infelizmente, a pol&iacute;tica &eacute; capaz de catapultar eventos terr&iacute;veis que jamais imaginar&iacute;amos serem poss&iacute;veis. Contudo, o ser humano, ao ser contaminado pelo poder e pela cegueira moral, &eacute; capaz de promover os acontecimentos mais abomin&aacute;veis.
Algumas dessas trag&eacute;dias n&atilde;o ficaram t&atilde;o c&eacute;lebres quanto deveriam. Mas s&atilde;o importantes: afinal, n&atilde;o esquec&ecirc;-las &eacute; uma forma de evitar que fatos semelhantes voltem a ocorrer. Confira a seguir quatro eventos desumanos da hist&oacute;ria norte-americana que voc&ecirc; provavelmente n&atilde;o conhecia.
<h2>1. Os campos de concentra&ccedil;&atilde;o na Guerra Filipino-Americana</h2>
<span data-fonte="Wikimedia Commons" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/90/Editorial_cartoon_about_Jacob_Smith%27s_retaliation_for_Balangiga.PNG/1280px-Editorial_cartoon_about_Jacob_Smith%27s_retaliation_for_Balangiga.PNG" class="img-fc"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/wikimedia-commons-20174317123411.png" alt="Wikimedia Commons" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Apesar de n&atilde;o estar inclusa em boa parte dos livros escolares, entre 1899 e 1902, ocorreu um grande conflito conhecido como a Guerra Filipino-Americana. &Eacute; "esquecida" provavelmente porque perdeu lugar a outras guerras mais impactantes, como a do Vietn&atilde; e a Guerra Civil.
Mas, esta trag&eacute;dia envolveu at&eacute; a cria&ccedil;&atilde;o de &aacute;reas semelhantes a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121561-campo-de-concentracao-uma-historia-muito-anterior-a-auschwitz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">campos de concentra&ccedil;&atilde;o</a>, onde os filipinos ficavam restritos em condi&ccedil;&otilde;es prec&aacute;rias. A ideia do ex&eacute;rcito norte-americano era estabelecer uma demarca&ccedil;&atilde;o rigorosa para suprimir a influ&ecirc;ncia das guerrilhas sobre a popula&ccedil;&atilde;o.
<h2>2. Opera&ccedil;&atilde;o Condor</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/15/15103225766101.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Pouco lembrada na Am&eacute;rica Latina, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124781-como-operacao-condor-ensinou-a-tortura-ao-brasil-da-ditadura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Opera&ccedil;&atilde;o Condor</a> foi um esfor&ccedil;o envolvendo pa&iacute;ses do Cone Sul (Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, Bol&iacute;via, Brasil e Peru) nos anos 1970, com o intuito de suprimir a oposi&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica, agindo a favor dos interesses dos Estados Unidos. A base da opera&ccedil;&atilde;o era em Santiago, no Chile.
A Opera&ccedil;&atilde;o Condor compreendeu v&aacute;rias quest&otilde;es, como a cria&ccedil;&atilde;o de uma base de dados sobre grupos e movimentos sociais. Mais adiante, a opera&ccedil;&atilde;o identificou advers&aacute;rios pol&iacute;ticos e executou a&ccedil;&otilde;es para eliminar indiv&iacute;duos.
No Brasil, o ent&atilde;o governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, chegou a levantar a suspeita de que os ex-presidentes Jo&atilde;o Goulart e <a href="https://www.megacurioso.com.br/fotografia/103042-17-imagens-raras-que-vao-aprimorar-a-sua-percepcao-sobre-o-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Juscelino Kubitschek</a> teriam sido assassinados pela Opera&ccedil;&atilde;o Condor. Contudo, isso nunca foi efetivamente comprovado.
<h2>2. Esteriliza&ccedil;&atilde;o for&ccedil;ada nos Estados Unidos</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/15/15105149149109.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
No in&iacute;cio do s&eacute;culo XX, os Estados Unidos executaram projetos de esteriliza&ccedil;&atilde;o compuls&oacute;ria em mais de 30 estados. Tratava-se de um claro processo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120251-nikola-tesla-defendia-a-eugenia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eugenia</a>, que visava influenciar a futura composi&ccedil;&atilde;o &eacute;tnica e gen&eacute;tica no pa&iacute;s.
Mais de 60 mil pessoas foram esterilizadas. A maior parte delas eram pessoas com defici&ecirc;ncias mentais ou f&iacute;sicas, ou com algumas doen&ccedil;as. Ou seja, os EUA executaram um projeto muito semelhante ao realizado pela Alemanha nazista, entre 1924 e 1945. A t&iacute;tulo de compara&ccedil;&atilde;o, neste per&iacute;odo de sua hist&oacute;ria, os alem&atilde;es executaram cerca de 350 mil esteriliza&ccedil;&otilde;es, num movimento que teve influ&ecirc;ncia justamente do que ocorrera nos Estados Unidos.
E o mais chocante: mesmo depois da revela&ccedil;&atilde;o deste esc&acirc;ndalo americano, alguns estados continuaram fazendo as esteriliza&ccedil;&otilde;es at&eacute; a d&eacute;cada de 1970.
<h2>4. O Lavender Scare</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/15/15110136743125.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Durante o governo do presidente americano Dwight D. Eisenhower, houve a execu&ccedil;&atilde;o de uma pol&iacute;tica chamada de "Lavender Scare" (algo como "p&acirc;nico da lavanda"). Em poucas palavras, foi a instala&ccedil;&atilde;o de um p&acirc;nico moral coletivo, propagado pelo governo, tendo como alvo a popula&ccedil;&atilde;o de gays e l&eacute;sbicas.
Para isso, foi instalado um terror infundado de que essas pessoas seriam uma amea&ccedil;a ao pa&iacute;s, pois teriam "car&aacute;ter moral fraco" e causariam v&aacute;rios tipos de danos. Entre outras coisas, a Lavender Scare levou &agrave; demiss&atilde;o de milhares de funcion&aacute;rios do governo por conta de sua orienta&ccedil;&atilde;o sexual.
Essa pol&iacute;tica associava a comunidade <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122093-5-fatos-historicos-sobre-o-mes-do-orgulho-lgbtqia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">LGBTQIA+</a> aos riscos de seguran&ccedil;a no pa&iacute;s, embora n&atilde;o houvesse qualquer evid&ecirc;ncia disso. Esta popula&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m foi associada &agrave; suposta amea&ccedil;a comunista que, segundo o governo, rondava o pa&iacute;s.&nbsp;
Al&eacute;m das perdas de empregos, isso tamb&eacute;m resultou em milhares de suic&iacute;dios de pessoas que se sentiam humilhadas e rejeitadas pelo seu pr&oacute;prio pa&iacute;s.

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