Imagem de Game Transfer Phenomena: como jogos de videogame afetam nossa audição no megacurioso

Você já ficou ouvindo sons do jogo mesmo após ter desligado?

<head></head><body>Uma pesquisa publicada em 2022 no Century Link mostrou que 30% dos norte-americanos joga de 8 a 12 horas de videogame por semana, o que equivale a aproximadamente 1,2 horas por dia. Se a média de 8,6 horas por semana permanecer consistente ao longo de um ano inteiro, o tempo total gasto jogando somaria duas semanas e meia.Não é novidade para ninguém que, desde a década de 1970, quando mais de cinco empresas surgiram para desenvolver jogos para o mercado em constante expansão, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122979-videogame-vicio-de-jovens-brasileiros-esta-acima-da-media-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">excesso de videogame pode causar dependência</a> e acarretar outros prejuízos para saúde física e mental.Em 2014, uma pesquisa feita por um time da Unidade de Pesquisa de Jogos Internacionais, da Nottingham Trent University, publicada no Journal of Cyber Behaviour, Psychology and Learning, mostrou por que jogadores de videogame escutam sons do jogo horas de desligá-lo.<h2>A sensação prolongada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/03/03130130467384.jpg" alt="(Fonte: Medical News Today/Reprodução)">(Fonte: Medical News Today/Reprodução)Alguma vez, quando você desligou o videogame e “voltou” ao mundo real, continuou ouvindo os sons do jogo? A pesquisadora em psicologia, Angelica Ortiz De Gortari, que lidera o estudo na Nottingham Trent University, disse que os jogadores costumam ouvir sons, como explosões, gritos e disparos, muito depois de já terem desligado o videogame.Isso é chamado de Fenômeno de Transferência de Jogo (Game Transfer Phenomena, ou GTP), uma série de peculiaridades cognitivas que podem ocorrer após sessões prolongadas na frente de um videogame. Enquanto pesquisas anteriores se concentraram no que as distorções e efeitos visuais causam no cérebro de um jogador depois que ele fecha os olhos, a pesquisa de De Gortari é pioneira em mapear as experiências auditivas de maneira específica.Para desenvolver a análise, a equipe da pesquisadora visitou fóruns de jogadores e coletou evidências anedóticas de 1.244 jogadores envolvendo experiências de GTP. Dessa forma, concluíram que 12% dos jogadores falaram que, após jogar, por exemplo, Super Mario, continuaram ouvindo ruídos de espadas, bipes eletrônicos e sons de moeda caindo horas depois.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/03/03130416595389.jpg" alt="(Fonte: What Culture/Reprodução)">(Fonte: What Culture/Reprodução)Houve também muitos exemplos de jogadores que escutaram as vozes dos personagens, ou que vozes humanas se distorceram por segundos nas vozes dubladas do jogo. De Gortari percebeu que muitos procuravam o computador ou o console na hora de dormir acreditando que deixaram o jogo ligado.Gatilhos no mundo real também disparavam os sons no cérebro. “Havia um jogador que, sempre que estava escuro, ouvia o som do sinal de rádio crepitante de Silent Hill, avisando-o de que monstros estavam se aproximando”, disse ela.<h2>Como acontece</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/03/03131252558406.jpg" alt="(Fonte: El País/Reprodução)">(Fonte: El País/Reprodução)Apesar dessa quantidade de evidência, ainda há muito ceticismo e descrédito ao redor dos efeitos auditivos do GTP, devido à pesquisa ter sido feita a partir de uma base muito pequena de jogadores conversando entre si em fóruns online, onde o exagero é sempre uma possibilidade.Em defesa, os pesquisadores afirmam que é difícil recriar esses fenômenos auditivos em um experimento controlado devido ao grau de especificidade. Contudo, experiências semelhantes ao GTP são estudadas desde a década de 1990, como foi o caso de uma pesquisa feita pela Universidade da Califórnia sobre o efeito que o Tetris causava no cérebro dos jogadores.De Gortari reforça que os sons têm um significado e propósito no jogo e que isso afeta diretamente como os jogadores podem responder a eles no mundo real.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/03/03160918135535.jpg" alt="(Fonte: Time/Reprodução)">(Fonte: Time/Reprodução)“Eles ouvem o som em suas cabeças ou o exteriorizam. A pesquisa nos fala sobre como o cérebro forma associações e como elas podem ser facilmente confundidas. Isso mostra uma falta de controle sobre as experiências auditivas – elas podem ser perturbadoras, irritantes ou até engraçadas”, observou a pesquisadora.Um dos objetivos da pesquisa é explicar aos jogadores que ficam “assombrados” pelos sons, enquanto apresenta para o campo científico como essas associações feitas pela mente podem ser úteis, por exemplo, no aprendizado de novos idiomas.</body>

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Game Transfer Phenomena: como jogos de videogame afetam nossa audição

Imagem de Curare: veneno usado em flechas na Amazônia revolucionou a medicina no megacurioso

Usada por indígenas como veneno, o curare revolucionou a anestesiologia

<head></head><body>O curare é uma substância que já fascinou e assustou muitas pessoas ao longo da história. Utilizado como um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122181-tomar-doses-pequenas-de-veneno-nos-torna-imunes-a-ele.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poderoso veneno</a> pelos índios sul-americanos, essa substância também tem sido utilizada como um importante medicamento, especialmente na anestesia e em doenças neuromusculares.<h2>Composição e uso pelos indígenas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27230541366537.jpg" alt="Curare é uma substância usada por indígenas há séculos. (Fonte: Getty Images)">Curare é uma substância usada por indígenas há séculos. (Fonte: Getty Images)O curare é um alcaloide extraído de diversas espécies de plantas, principalmente da família das Strychnos, encontradas na América do Sul. A substância é utilizada pelos povos indígenas da América do Sul há séculos. Eles a utilizam como uma ferramenta de caça, aplicando-a em dardos ou flechas para abater presas. Tal composto age como um bloqueador neuromuscular, paralisando o sistema respiratório e provocando a morte por asfixia.&nbsp;No século XVIII, com a chegada dos colonizadores europeus, a substância chamou a atenção da ciência ocidental. Os europeus observaram que os indígenas utilizavam a substância com sucesso para caçar, sem matar a presa com os dardos envenenados. O curare foi então levado para a Europa, onde passou a ser estudado.<h2>Uso na medicina&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27230800787539.jpg" alt="Medicamentos criados a partir do curare são usados como anestésicos. (Fonte: Getty Images)">Medicamentos criados a partir do curare são usados como anestésicos. (Fonte: Getty Images)Após anos de pesquisa, a ação do curare como relaxante muscular foi identificada em 1901, por um grupo de cientistas liderado por Henry Hallett Dale. No entanto, o avanço mais significativo veio em 1935, quando Harold Griffith e Enid Johnson, da Universidade McGill, demonstraram que a substância poderia ser usada como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123627-como-as-pessoas-aliviavam-dores-antes-dos-anestesicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">agente anestésico em humanos</a>.&nbsp;A partir daí, o curare começou a ser desenvolvido como um medicamento. Em 1942, a primeira preparação comercial de curare foi lançada como anestésico geral, com o nome de intocostrin. Entretanto, a substância ainda apresentava efeitos colaterais indesejáveis, como queda na pressão arterial, o que limitava seu uso. Anos depois, uma forma mais pura de curare, chamada tubarina, foi desenvolvida e passou a ser utilizada como relaxante muscular em cirurgias.&nbsp;Desde então, várias outras substâncias semelhantes ao curare foram desenvolvidas, incluindo atracúrio, pancurônio e vecurônio, usados como relaxantes musculares em procedimentos cirúrgicos até hoje.<h2>Uso controverso em injeções letais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27230902297542.jpg" alt="Injeções letais são tema controverso até hoje. (Fonte: Getty Images)">Injeções letais são tema controverso até hoje. (Fonte: Getty Images)Na década de 1950, surgiram relatos de que alguns estados americanos estavam utilizando curare em combinação com outros medicamentos para realizar <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124087-6-punicoes-brutais-do-periodo-colonial-que-foram-abandonadas-ainda-bem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">execuções de condenados à pena de morte</a>. Alegou-se que o uso de curare fazia parte de um plano para tornar as execuções mais humanas, tornando o processo menos doloroso e mais rápido para o condenado.No entanto, o uso de curare nas execuções foi criticado por grupos de direitos humanos e de defesa dos condenados. Eles argumentaram que a substância não tornava as execuções mais humanas, mas sim que ele encobria sinais visíveis de dor ou sofrimento durante a execução, já que a pessoa continuava consciente, mas estava totalmente paralisada.</body>

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Curare: veneno usado em flechas na Amazônia revolucionou a medicina

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Procedimento conhecido como calosotomia foi utilizado no passado para tentar tratar casos graves de epilepsia, porém pode resultar em diversas sequelas a longo prazo

<head></head><body>Em 1961, os neurocirurgiões Philip Vogel e Joseph Bogen decidiram realizar um procedimento experimental em pacientes com epilepsia grave. Eles acreditavam que a intensidade dos sintomas — que envolviam frequentes desmaios e convulsões — era resultado de sinais neurais que se espalhavam de um lado do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120815-6-mitos-sobre-o-cerebro-humano-que-voce-ainda-escuta-por-ai.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> para o outro.Para tentar controlar o problema, os médicos realizaram um procedimento conhecido como calosotomia, que consiste em cortar o corpo caloso — o feixe de substância branca que une os dois hemisférios — do cérebro dos pacientes.&nbsp;Nos primeiros dias após o procedimento, nenhum deles relatou problemas graves. Porém, à medida que se recuperavam, os pacientes passaram a relatar algumas situações bastante inesperadas. Eles passaram a favorecer o lado direito de seus corpos nas atividades cotidianas e pareciam alheios a qualquer estímulo vindo do lado esquerdo.&nbsp;Curiosos com esse comportamento estranho, em 1962, os psicólogos Roger Sperry e seu aluno de pós-graduação Michael Gazzaniga iniciaram uma série de experimentos para descobrir exatamente o que estava acontecendo dentro das cabeças dos pacientes com <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/58793-9-fatos-sobre-o-cerebro-humano-que-voce-ainda-desconhece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> dividido.<h2>Um cérebro divido</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/02/02111558882502.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Hoje já é bem conhecido pela ciência que o corpo caloso não tem a função de apenas manter um hemisfério ligado ao outro. Ele contém cerca de 200 milhões de fibras neurais capazes de transmitir um bilhão de bits de informação por segundo. É isso que garante que o nosso cérebro funcione de maneira coesa e não como dois órgãos distintos.Por exemplo, as imagens que nossos olhos captam, são transmitidas para uma região do cérebro chamada lobo occipital — responsável por interpretá-las. Porém, no percurso entre olhos e cérebros, os nervos ópticos se cruzam em uma junção chamada quiasma óptico. Isso faz com que as informações do olho direito sejam transmitidas para o hemisfério esquerdo e vice-versa. Quem é responsável por arrumar a imagem, enviando-as para o hemisfério correto é o corpo caloso. Assim, é fácil perceber que remover esse importante canal de ligação traz consequências bastante significativas.Alguns dos pacientes começaram a ter dificuldade de realizar algumas atividades cotidianas, como fechar os botões da camisa. Eles faziam isso usando apenas uma das mãos, enquanto a outra os desabotoava espontaneamente — o mesmo acontecia na hora de colocar itens em um carrinho de compras, uma mão colocava e a outra devolvia à prateleira. Em casos raros, esse fenômeno pode até assumir a forma de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117380-sindrome-da-mao-alienigena-karen-byrne-era-atacada-por-sua-mao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">síndrome da mão alheia</a>, na qual a mão do paciente parece ter vontade própria e às vezes tenta estrangular seu dono ou outras pessoas.Os casos de movimento independente dos membros resultaram na maior descoberta de Sperry e Gazzaniga: o domínio executivo do hemisfério esquerdo. Em experimentos posteriores, eles descobriram que grande parte do raciocínio do hemisfério direito e dos processos de tomada de decisão são totalmente inconscientes e precisam ser mediados e interpretados pelo hemisfério esquerdo.Porém, isso não significa dizer que o hemisfério direito não tenha capacidade de se expressar racionalmente. Quando um dos pacientes foi apresentado com uma foto de sua namorada em seu olho esquerdo, ele não conseguiu falar o nome dela. Porém, ele foi capaz de escrevê-lo usando letras espalhadas em uma mesa.Os experimentos de Sperry e Gazzaniga revolucionaram nossa compreensão de como o cérebro organiza diferentes tarefas perceptivas e conceituais. Em 1981, Sperry foi laureado com o Prêmio Nobel de Medicina. Ele continuou a estudar pacientes com cérebro dividido até sua morte em 1994, enquanto Gazzaniga ainda segue essa linha de pesquisa até hoje na Universidade da Califórnia em Santa Bárbara.</body>

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O que acontece se você separar os dois lados do cérebro?

Imagem de “Ameba zumbi” causa morte neuronal e é fatal em 97% dos casos no megacurioso

Microorganismo infecta o cérebro através do nariz e não há tratamentos eficazes contra ela

O caso de um homem n&atilde;o identificado que&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124503-ameba-comedora-de-cerebros-mata-pessoa-na-florida.htm" target="_blank" title="Ameba 'comedora de c&eacute;rebros' mata pessoa na Fl&oacute;rida">faleceu devido &agrave; infec&ccedil;&atilde;o causada por uma ameba</a> conhecida como &ldquo;comedora de c&eacute;rebros&rdquo;, chamada Naegleria fowleri, gerou medo em muitas pessoas, principalmente pela forma como o cont&aacute;gio ocorre: pela higiene nasal.
A Naegleria fowleri &eacute; um microorganismo encontrado na terra e no ar, mas mais comumente na &aacute;gua doce, geralmente em temperaturas mais elevadas, por volta de 46 &deg;C, normalmente presente em lagos ou rios de &aacute;gua morna, &aacute;guas termais, &aacute;gua de torneira, aquecedores e, mais raramente, em piscinas e po&ccedil;os de &aacute;gua n&atilde;o tratados.
As infec&ccedil;&otilde;es por Naegleria fowleri s&atilde;o consideradas raras e n&atilde;o h&aacute; estudos suficientes para entend&ecirc;-la melhor e identificar medicamentos eficazes, por isso ela possui altas taxas de mortalidade, superior a 97% &mdash; dos 111 casos j&aacute; registrados nos EUA apenas um sobreviveu &agrave; infec&ccedil;&atilde;o.
<h2>Como ocorre a infec&ccedil;&atilde;o da ameba "comedora de c&eacute;rebros"?</h2>
Geralmente, sua infec&ccedil;&atilde;o ocorre pelo nariz, seja por pr&aacute;ticas religiosas, higieniza&ccedil;&atilde;o do local ou nata&ccedil;&atilde;o. Assim, a ameba chegar at&eacute; o c&eacute;rebro por meio do nervo olfat&oacute;rio em uma placa &oacute;ssea do cr&acirc;nio, causando uma infec&ccedil;&atilde;o chamada PAM (meningoencefalite amebiana prim&aacute;ria).
A Naegleria fowleri entra no organismo na forma de trofozo&iacute;to &mdash; um est&aacute;gio adulto de microrganismos utilizado para a alimenta&ccedil;&atilde;o. Esse estado lhe confere estruturas capazes de permitir a ingest&atilde;o de tecidos do corpo humano, o que lhe possibilita &ldquo;comer&rdquo; o tecido cerebral da pessoa infectada.
A ameba possui adesinas na sua superf&iacute;cie, componentes que facilitam a sua ades&atilde;o &agrave;s c&eacute;lulas do organismo, e ao acessar as c&eacute;lulas nervosas, a Naegleria fowleri consegue absorv&ecirc;-las por meio uma estrutura conhecida como &ldquo;copos de comida&rdquo;. Al&eacute;m disso, ela expressa uma prote&iacute;na citol&iacute;tica formadora de poros que despolariza o potencial de membrana da c&eacute;lula, causando-lhe danos.
A ameba tamb&eacute;m &eacute; capaz de liberar enzimas hidrol&iacute;ticas, como neuraminidases, esfingosina e colina, que danificam a membrana das c&eacute;lulas, formada majoritariamente por lip&iacute;dios, provocando perda de fun&ccedil;&otilde;es nos tecidos nervosos.
<h2>Como o corpo enfrenta a&nbsp;Naegleria fowleri?</h2>
O organismo apresenta uma forte resposta imunol&oacute;gica, que associada aos efeitos da ameba resulta em graves danos ao sistema nervoso central, gerando sintomas que podem ir de dores de cabe&ccedil;a, v&ocirc;mito, perda de equil&iacute;brio e desorienta&ccedil;&atilde;o &mdash; similares aos causados por meningite &mdash;, a problemas mais graves, como convuls&otilde;es, rigidez no pesco&ccedil;o, alucina&ccedil;&otilde;es e coma.
Normalmente, o diagn&oacute;stico de PAM &eacute; feito em pessoas que apresentam sintomas que afetam o sistema nervoso central e tenham hist&oacute;rico de contato com &aacute;gua contaminada. Tamb&eacute;m podem ser utilizados exames de imagem, como tomografia computadorizada e resson&acirc;ncia magn&eacute;tica, al&eacute;m da utiliza&ccedil;&atilde;o da pun&ccedil;&atilde;o cerebral para obter amostras de l&iacute;quido cefalorraquidiano para testagem, mas mais de 75% dos diagn&oacute;sticos s&oacute; s&atilde;o feitos ap&oacute;s a morte do paciente.
No entanto, se for ingerida &aacute;gua contaminada com Naegleria fowleri, n&atilde;o h&aacute; riscos de infec&ccedil;&atilde;o, pois o &aacute;cido estomacal mata o microorganismo. Por isso, a principal preven&ccedil;&atilde;o &eacute; evitar o contato da &aacute;gua com o nariz, e quando for necess&aacute;rio, optar por &aacute;gua destilada ou est&eacute;ril e usar prendedores para o nariz durante a pr&aacute;tica de nata&ccedil;&atilde;o. A m&eacute;dia de idade de indiv&iacute;duos afetados &eacute; de 12 anos, por isso &eacute; importante ter aten&ccedil;&atilde;o a crian&ccedil;as brincando em rios e lagos.
Atualmente, apesar de em casos da doen&ccedil;a alguns medicamentos, como azitromicina, fluconazol e rifampicina, possam ser administrados por via intravenosa ou oral, seus efeitos s&atilde;o limitados, o que pode ser ainda mais dificultado, pois em grande parte dos casos a morte ocorre de um a 18 dias ap&oacute;s o in&iacute;cio da manifesta&ccedil;&atilde;o dos sintomas.
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Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias, mestre em Psicologia, p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia entre outras p&oacute;s-gradua&ccedil;&otilde;es, licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em Antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad Santander.

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“Ameba zumbi” causa morte neuronal e é fatal em 97% dos casos

Imagem de Ameba "comedora de cérebros" mata pessoa na Flórida no megacurioso

Os casos desta infecção são gravíssimos e levam ao desenvolvimento de uma doença chamada meningoencefalite amebiana primária.

<head></head><body>Uma pessoa residente da Florida, nos Estados Unidos, morreu após ser infectada por uma ameba unicelular rara capaz de comer o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124398-cerebros-humanos-vem-diminuindo-de-tamanho-ha-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro humano</a>. Segundo especialistas em saúde do condado de Charlotte, localizado no sudoeste da Florida, a vítima foi provavelmente contaminada ao lavar as narinas com água da torneira.O caso da infecção foi reportado pelo Departamento de Saúde da Florida no dia 23 de fevereiro. Uma semana depois, um porta-voz da agência estadual de saúde informou que o paciente havia morrido por conta da contaminação.<h2>O que é esta ameba?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/06/06141204366228.jpg" alt="(Fonte: Mais Goiás)">(Fonte: Mais Goiás)A <a href="https://www.megacurioso.com.br/virus-bacterias-e-protozoarios/37603-ameba-zumbi-ataca-novamente-nos-estados-unidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ameba</a> capaz de comer o cérebro leva o nome científico de Naegleria fowleri.&nbsp;Trata-se de um organismo unicelular encontrado nos Estados Unidos, mas também em outros países — incluindo o Brasil. Ela costuma viver no solo e em locais com água doce quente, como lagos, rios e fontes termais. A contaminação por essa ameba acarreta o desenvolvimento de uma doença gravíssima chamada meningoencefalite amebiana primária.Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, cerca de três pessoas são infectadas anualmente por esta ameba, e os casos geralmente vão a óbito. A contaminação costuma ocorrer pelo nariz - por exemplo, durante a prática da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123127-ciclismo-corrida-ou-natacao-qual-e-o-melhor-exercicio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">natação</a> ou na lavagem dos seios nasais. Curiosamente, a ingestão da ameba pela boca não é grave, pois o ácido estomacal mata o organismo vivo.A chance de sobrevivência para este tipo de contaminação por ameba comedora de cérebro é baixa. Estima-se que apenas quatro para cada 154 pessoas contaminadas tenham conseguido se salvar. Em 2022, um menino morreu após ser infectado ao nadar no lago Mead. Outra criança morreu no Nebraska e um homem faleceu após visitar uma praia em Iowa.Os sintomas da infecção geralmente são a ocorrência de dores de cabeça muito fortes, febre, náuseas e vômitos. Mas podem evoluir para <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/118042-jovem-alega-ter-10-convulsoes-por-dia-e-perda-de-memoria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">convulsões</a>, alucinações e coma, por fim levando à morte.<h2>Como evitar as infecções?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/06/06141033495227.jpg" alt="(Fonte: IStock)">(Fonte: IStock)Já que esta é uma doença contraída pelo nariz, a forma de prevenir a infecção é nunca fazer a lavagem das narinas com água de torneira não tratada. Ao invés disso, deve-se usar água potável ou destilada, ou soro fisiológico. Recomenda-se também ferver a água da torneira antes de usar.Para aumentar o cuidado, as pessoas também estão sendo aconselhadas a não mergulhar o nariz na água em piscinas, lagos ou mesmo no banho. Contudo, não há motivo para pânico, pois este parasita é facilmente retirado do ambiente com os cuidados de saúde adequados.No caso da infecção, o tratamento é feito com o uso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121315-da-penicilina-a-amoxicilina-conheca-a-historia-dos-antibioticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antibióticos</a>. A doença não é contagiosa, ou seja, não pode ser transmitida de uma pessoa para outra. A gravidade dos casos se deve à dificuldade de chegar a um diagnóstico.Especialistas dizem que existem amebas de vida livre no Brasil — incluindo a Naegleria fowleri.&nbsp;No entanto, não há registros de casos de contaminação em humanos por aqui. Em 2009, foi confirmada na Paraíba a morte de um bezerro por meningoencefalite.</body>

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Ameba 'comedora de cérebros' mata pessoa na Flórida

Imagem de Como morar perto de uma ferrovia pode prejudicar sua saúde? no megacurioso

Segundo pesquisadores, estresse crônico e aumento do risco de câncer são sintomas causados pela exposição constante aos trens

<head></head><body>No começo de fevereiro, um acidente envolvendo um trem Norfolk Southern, que descarrilhou em uma pequena cidade de Ohio, gerou preocupação nos Estados Unidos. Naquela época, 11 vagões de materiais perigosos foram derramados no solo. Nenhuma pessoa se feriu no impacto, mas a cidade de East Palestine precisou ser evacuada para que os bombeiros pudessem lidar com a situação.Embora pareçam bastante raros, acidentes de trem são relativamente comuns. Apenas em 2023, os EUA já registraram mais de uma dezena de casos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121192-avenida-da-morte-a-linha-de-trem-assassina-na-nova-york-de-1900.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">descarrilamentos</a> em dois meses. E embora colisões violentas sejam o assunto que mais chame atenção, esse não é o único risco que os trens trazem para a vida humana. Veja só como morar perto de uma linha de trem pode ser prejudicial para a sua saúde!<h2>Diversos tipos de poluição</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24150759798560.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Para quem vive a menos de 1 km de distância de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/124183-conheca-o-encantado-tunel-ferroviario-de-helensburgh.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ferrovia</a>, a poluição sonora e as vibrações dos trens ao passarem por essa região são algumas das coisas que mais geram incomodo rotineiramente. Em entrevista ao National Geographic, a especialista em saúde pública da Universidade de Gotemburgo, Natalia Caldeira Loss Vincens, afirmou que essa quantidade de ruído tende a trazer problemas maiores para os seres humanos.“A ideia é que essas exposições ao ruído e outras coisas sejam estressantes”, diz Vincens. Sendo assim, indivíduos que moram perto de uma linha de trem tendem a apresentar níveis elevados de cortisol, um tipo de hormônio do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103425-7-alertas-que-indicam-que-voce-esta-se-estressando-mais-do-que-deveria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estresse</a>, que por sua vez costuma ser responsável por causar vários outros problemas de saúde.Por exemplo, um estudo de 2022 publicado na revista Environmental Research encontrou uma ligação entre o ruído ferroviário e a incidência de diabetes. O estresse crônico gerado pela quantidade de ruídos sonoros pode levar a uma "cascata de alterações fisiopatológicas", incluindo alterações na sensibilidade à insulina de uma pessoa, inflamação e alterações no apetite.&nbsp;<h2>Intoxicação no ar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24150829610561.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Se não bastassem os guinchos, assobios e freios rangendo dos trens serem incômodos suficientes para uma pessoa que mora perto de um trilho do trem — gerando problemas de sono, cognição e outras reações mentais —, a quantidade de ruídos sonoros gerados pelos vagões está longe de ser o problema mais preocupante para quem convive com esse cenário.Embora os trens possam ser considerados uma alternativa ecológica aos meios de transporte pesados com combustíveis fósseis, como carros e aviões, eles ainda são responsáveis por queimar óleo diesel. Um estudo feito pela Estação Ferroviária de Paddington, no Reino Unido, descobriu que seus trens contribuíram para as emissões de dióxido de nitrogênio que excederam os limites da União Europeia para a qualidade do ar externo.Além disso, outra pesquisa feita pela Agência de Proteção Ambiental da Califórnia (EUA) estimou que os residentes que vivem perto de um pátio ferroviário experimentaram um risco maior de exposição a carcinógenos. Isso significa que os habitantes dessas áreas apresentaram aumento do risco de câncer entre 100 e 3 mil vezes em comparação com áreas vizinhas.&nbsp;</body>

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Como morar perto de uma ferrovia pode prejudicar sua saúde?

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Entenda mais sobre esse tipo de alimento que ajuda na saúde dos sistemas digestivo, imunológico e até da pele

<head></head><body>Se você está procurando uma maneira de melhorar a saúde do seu sistema digestivo e fortalecer o seu sistema imunológico, talvez queira considerar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123652-6-mitos-indigestos-sobre-calorias-que-voce-nao-deveria-acreditar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inclusão de alimentos prebióticos em sua dieta</a>.Eles são tipos específicos de fibras alimentares que atuam como alimento para as bactérias benéficas que habitam naturalmente no trato gastrointestinal humano. Além disso, os prebióticos ajudam a promover o crescimento dessas bactérias benéficas, permitindo que elas se reproduzam e prosperem em nosso intestino!<h2>Por que os prebióticos são importantes?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27023326108062.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)As bactérias benéficas que habitam nosso trato gastrointestinal têm um papel fundamental em manter nossa saúde em dia. Essas bactérias ajudam a digerir alimentos, na produção de vitaminas e minerais essenciais, além de ajudarem a manter nosso sistema imunológico forte e saudável.Ao fornecer alimento para essas bactérias, os prebióticos ajudam a promover o crescimento de uma comunidade saudável de microrganismos em <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123136-o-que-sao-os-barulhos-que-nossa-barriga-faz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nosso intestino</a>, o que pode ter um impacto significativo em nossa saúde geral.Além disso, estudos mostram que a inclusão de prebióticos na dieta pode ajudar a reduzir a inflamação, melhorar a absorção de nutrientes e até mesmo ajudar a prevenir doenças crônicas, como diabetes e doenças cardíacas.<h2>Benefícios adicionais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27023451288069.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Além de ajudar a manter uma boa saúde digestiva, os prebióticos também têm sido cada vez mais utilizados no mundo da beleza, em especial nos cuidados com a pele. Quando aplicados topicamente, os prebióticos podem ajudar a equilibrar a flora microbiana da pele, promovendo um ambiente saudável e favorável ao crescimento de bactérias benéficas. Isso pode ajudar a reduzir a inflamação, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122540-de-urina-a-mercurio-como-a-acne-era-tratada-na-antiguidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prevenir a acne e melhorar a aparência geral da pele</a>.&nbsp;Alguns estudos têm mostrado que os prebióticos podem até mesmo ajudar a fortalecer a barreira cutânea, reduzindo a perda de água transepidérmica e melhorando a hidratação da pele. Como resultado, muitas marcas de skincare estão incluindo prebióticos em seus produtos, oferecendo aos consumidores uma maneira natural e eficaz de cuidar de sua pele de dentro para fora.<h2>Onde podemos encontrar prebióticos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27023638061070.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Eles são encontrados em uma variedade de alimentos comuns, como cebola, alho, banana, aspargo e alcachofra. Além disso, muitos tipos de grãos e legumes, como feijão, lentilha e grão de bico, também são ricos nesse tipo de fibras.Embora possam ser encontrados naturalmente em muitos alimentos, algumas pessoas optam por tomar suplementos prebióticos para garantir que estão recebendo quantidades adequadas em suas dietas. No entanto, é importante lembrar que seu consumo excessivo pode levar a efeitos colaterais, como inchaço, gases e diarreia.</body>

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O que são prebióticos e por que são importantes para a saúde?

Imagem de O estresse pode ser contagioso, segundo a ciência no megacurioso

Algumas pesquisas já apontaram que você pode 'pegar' o estresse de outra pessoa, mas também há formas de evitar o 'contágio'

<head></head><body>Existem muitas doenças contagiosas no mundo, mas seria o estresse&nbsp;uma delas? Algumas pesquisas indicam que sim — e faz todo sentido que isso aconteça dessa maneira. Como demonstrado por um estudo de 2013, as emoções podem ser transmitidas de uma pessoa para outra e reproduzidas, graças aos chamados "neurônios-espelho".&nbsp;Eles são ativados quando vemos uma pessoa fazer algo como bocejar e sentimos uma vontade de fazer isso, logo em seguida. Portanto, se <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119362-por-que-o-ato-de-bocejar-e-contagioso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o bocejo é "contagioso"</a>, o mesmo poderia ocorrer com o estresse.Em 2014, um artigo publicado no jornal científico Psychoneuroendocrinology demonstrou que ver uma pessoa estressada é o suficiente para fazer o nosso organismo liberar cortisol — um dos hormônios ligados à reação de estresse. O fenômeno foi chamado de "estresse empático" e, embora seja mais frequente quando vemos alguém querido sofrer, também pode acontecer pela empatia com estranhos.&nbsp;Outro estudo publicado no mesmo ano, no jornal Interpersona, sugeriu até que uma pessoa estressada pode "contaminar" todos os colegas de escritório.&nbsp;<h2>É possível separar a empatia do estresse</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Drazen Zigic/Freepik&nbsp;" data-fonte-url="https://www.freepik.com/free-photo/serious-businesswoman-holding-her-head-reading-problematic-email-laptop-while-working-office-there-are-people-background_25482164.htm"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/22/22230816472341.jpg" alt="(Fonte: Drazen Zigic/Freepik)">(Fonte: Drazen Zigic/Freepik)Assimilar as emoções de outros humanos faz todo sentido para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121815-evolucao-humana-problemas-modernos-com-origem-no-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sobrevivência da espécie</a> — portanto, é compreensível que tenhamos essa característica até hoje. Assim, nós podemos comunicar nossa ansiedade ou medo de alguma ameaça sem dizer uma palavra.&nbsp;Isso acontece com diversas espécies, aparecendo até em estudos com ratos: se eles veem um "colega" estressado, seus níveis de hormônios do estresse também aumentam, ainda que eles próprios não sejam impactados diretamente pela ameaça. Essa é uma ferramenta essencial de sobrevivência, pois permite que todos estejam cientes das ameaças e possam se proteger.Nesse ponto, não importa se estamos diante de um predador ou ficamos estressados com desafios do dia a dia: a resposta fisiológica é muito parecida.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/22/22230607683337.jpg" alt="(Fonte: samer daboul/Pexels)">(Fonte: samer daboul/Pexels)Esse é o problema do estresse nos seres humanos modernos: embora a ansiedade seja uma resposta fisiológica importante, nos preparando para ameaças, nós sofremos de estresse por muitas questões cotidianas. Isso deixa esses hormônios ativados por muito mais tempo que o normal, fazendo mal à <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123647-6-mitos-sobre-saude-mental-desmentidos-por-psicologos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">saúde mental</a> e física.&nbsp;Nesse caso, "pegar" o estresse de outra pessoa pode ser bastante prejudicial. E a receita para "evitar o contágio" é separar a empatia do estresse: toda reação ao estresse depende de como encaramos a ameaça. Ou seja, podemos reagir de formas diferentes a cada situação.&nbsp;A partir disso, é possível compreender quando estamos estressados pelos nossos problemas, ou estamos nos influenciando por outras pessoas ao nosso redor. Tendo isso em mente, você pode até se compadecer e tentar ajudar, mas sem se afetar diretamente por essas situações.&nbsp;Além do autocontrole, atividades como respirar fundo, tomar ar fresco e fazer atividades físicas podem diminuir as reações de estresse — e diminuir os efeitos do contágio.&nbsp;</body>

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O estresse pode ser contagioso, segundo a ciência

Imagem de 5 formas comprovadas para ser mais feliz em 2023 no megacurioso

Em busca de começar o ano com o pé direito? Conheça algumas dicas para melhorar seu humor e se sentir mais satisfeito com a vida

<head></head><body>Um dos grandes dilemas da humanidade é a busca incessante pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123169-tirania-da-felicidade-ja-se-sentiu-obrigado-a-ser-feliz-o-tempo-todo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">felicidade</a>. Afinal, desde que passa a se conhecer como gente, é comum que uma pessoa entre numa batalha filosófica para entender o que na vida lhe torna feliz e como tornar esse sentimento uma constante nos dias que passam.Mas será mesmo que existe uma resposta certa para "como ser feliz" ou estamos baseando nossas conquistas em um conceito raso? Ao que tudo indica, os seres humanos tendem a falhar bastante na busca pela felicidade, mas parece que existem certas coisas que melhoram o humor e fazem todos se sentirem mais satisfeitos com a vida. Veja só quais são eles!<h2>1. Estar em contato com amigos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24165348136642.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Uma grande verdade sobre a vida é que o ser humano é um animal social e depende da interação com os outros para sobreviver. Portanto, por mais introvertido que você seja, estar perto de gente que você ama é essencial para adquirir apoio, diversão, conforto, entretenimento e por aí vai.Uma mensagem de texto que seja já é legal para entrar em contato com os outros, mas quanto mais, melhor. Portanto, tire um tempo para ligar para alguém amado, marcar uma cervejinha com seu melhor amigo ou tirar um dia da semana para almoçar com a família!<h2>2. Converse com estranhos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24165452726644.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Como dito anteriormente, relacionamentos são a base de tudo. Porém, não são apenas os relacionamentos íntimos que trazem felicidade. Um estudo feito pela Universidade de Harvard mostrou que as pessoas experimentam um aumento significativo de felicidade mesmo após conversar brevemente com uma pessoa desconhecida que provavelmente nunca mais verá.O motivo? Os humanos adoram se sentir conectados e o diálogo com pessoas desconhecidas também é uma forma de aprendizado.<h2>3. Seja gentil</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24165710492645.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Atos de bondade costumam ser um ponto-chave para a construção de bons relacionamentos e de comunidades unidas. E isso não quer dizer que você precisa realizar um ato extravagante todos os dias da sua vida. Na realidade, pequenos atos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/esportes/102340-gentileza-ultima-colocada-na-maratona-de-rotterdam-e-recebida-com-festa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gentileza</a> costumam ter um grande impacto por si só.Quando uma pessoa é gentil com outra, isso tende a criar efeitos em cascata, espalhando bondade por todos os lados. Portanto, abra a porta para alguém, deseje bom dia para o próximo ou quem sabe pague um lanche para uma pessoa necessitada;<h2>4. Não guarde rancor</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24165751572646.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Guardar <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/112402-cara-construiu-predio-so-para-bloquear-vista-para-o-mar-do-irmao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rancor</a> de algo que aconteceu no seu passado só servirá para estagnar sua vida, uma vez que a única pessoa sofrendo com a situação será você. Faz parte dos seres humanos nos decepcionarmos uns com os outros de mil maneiras diferentes, mas isso não significa que você precisa remoer tudo para sempre.Perdoar não quer dizer que você está ignorando um erro grave que uma pessoa cometeu com você, mas dá um sinal para o seu corpo que você está pronto para seguir em frente e buscar a felicidade.<h2>5. Defina o que é inegociável</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24170207220647.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Ser inflexível com tudo na vida costuma trazer uma rigidez nem um pouco benéfica para uma pessoa, mas isso não quer dizer que você deve abdicar de suas convicções. Estabeleça quais questões são inegociáveis em relação aos seus princípios e leve isso em consideração ao tomar decisões.Ao ter em mente o que é essencial ou não na sua vida, você verá que muitos obstáculos serão superados com facilidade e automaticamente se sentirá mais feliz e realizado com as coisas ao seu redor.</body>

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5 formas comprovadas para ser mais feliz em 2023

Imagem de "Sapa": romanos antigos se envenenaram com açúcar de chumbo no megacurioso

Feito a partir do vinho, os romanos beberam a mistura tóxica como se não houvesse amanhã – e para muitos, de fato, não houve

Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122527-conheca-as-esquisitices-da-vida-cotidiana-dos-romanos.htm#:~:text=Os%20romanos%20tamb%C3%A9m%20tinham%20alguns,am%C3%B4nia%20presente%20na%20secre%C3%A7%C3%A3o%20humana)." rel="noopener noreferrer" target="_blank">romanos antigos</a> acreditavam que o vinho era uma necessidade di&aacute;ria. N&atilde;o &eacute; para menos que a bebida foi disponibilizada em toda a estrutura social de Roma Antiga, desde os escravos at&eacute; aos aristocratas. Como o pr&oacute;prio <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121071-plinio-o-jovem-a-testemunha-ocular-da-erupcao-do-monte-vesuvio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pl&iacute;nio</a>, o Velho, dizia: &ldquo;H&aacute; verdade no vinho&rdquo;, por isso uma garrafa era degustada por dia para cada cidad&atilde;o romano.
Vale ressaltar, no entanto, que o vinho daquele tempo n&atilde;o pode ser comparado com o de agora, nem de longe. O vinho era fraco em &aacute;lcool, cujo teor era suficiente apenas para matar as bact&eacute;rias da &aacute;gua pot&aacute;vel imunda da &eacute;poca, sem conseguir fazer cambalear de embriaguez nem mesmo um cachorro.
Ainda assim, os romanos se envenenaram com a sapa, o a&ccedil;&uacute;car de chumbo do vinho.&nbsp;
<h2>O sabor inigual&aacute;vel</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27163306479393.jpg" alt="(Fonte: ThoughtCo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: ThoughtCo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Antes de sucumbir ao fogo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118189-vesuvio-levou-17-minutos-para-matar-a-populacao-de-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Monte Ves&uacute;vio</a>, a antiga cidade de Pompeia foi um dos centros de produ&ccedil;&atilde;o de vinho mais importantes do mundo, colocando Roma como a "capital do vinho". Os pompeianos adquiririam uma reputa&ccedil;&atilde;o por sua capacidade de vinifica&ccedil;&atilde;o, produzindo um tipo de vinho inigual&aacute;vel.
A reputa&ccedil;&atilde;o, contudo, pereceu quando o Ves&uacute;vio destruiu toda a cidade, tendo um efeito devastador na produ&ccedil;&atilde;o da bebida. Com a destrui&ccedil;&atilde;o massiva dos vinhedos, a bebida adquiriu pela primeira vez status de algo reservado apenas aos ricos, de t&atilde;o caro que custava sua produ&ccedil;&atilde;o. Para atender &agrave; demanda, campos de gr&atilde;os foram arrancados perto de Roma para plantio de uvas, causando escassez generalizada de alimentos uma d&eacute;cada depois. Em 92 d.C., o imperador romano Domiciano proibiu novos vinhedos em Roma e ordenou o desenraizamento de metade dos vinhedos j&aacute; existentes para que alimentos pudessem ser cultivados.
Dois mil anos mais tarde, na regi&atilde;o de Pompeia, cientistas tentam recriar o sabor do vinho tomado pelo Imp&eacute;rio Romano ao reproduzir as t&eacute;cnicas de vinifica&ccedil;&atilde;o usadas na &eacute;poca e descritas nos textos remanescentes de Pl&iacute;nio, o Velho, que tamb&eacute;m foi um cr&iacute;tico de vinhos bastante influente.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27163407117394.jpg" alt="(Fonte: NPR/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NPR/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No entanto, certamente, os cientistas queriam deixar de lado o sabor de chumbo que, conforme os historiadores, contribuiu para a queda do poderoso Imp&eacute;rio Romano. Uma esp&eacute;cie de xarope era produzido ao ferver o suco de uva n&atilde;o fermentado para concentrar seus a&ccedil;&uacute;cares naturais, e quando era reduzido a um ter&ccedil;o de seu volume original, era chamado de "sapa".
Uma vez que isso era feito em chaleiras de liga de chumbo, o elemento qu&iacute;mico nocivo se infiltrava na calda e, ao reagir com o acetato no suco de uva, acabava produzindo o acetato de chumbo, um composto qu&iacute;mico altamente t&oacute;xico.
<h2>Dois vil&otilde;es</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27163525461395.jfif" alt="(Fonte: Ranker/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Ranker/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Desse jeito, a sapa que os romanos usaram como forma de ado&ccedil;ante artificial, especialmente para os vinhos &mdash; intrag&aacute;veis no gosto &ndash;, carregava n&iacute;veis de chumbo 200 vezes superiores ao n&iacute;vel aceit&aacute;vel de hoje para o corpo humano.
O benef&iacute;cio de ter esse ado&ccedil;ante artificial disparou uma ind&uacute;stria que finalmente poderia colocar a sapa no mesmo n&iacute;vel de produ&ccedil;&atilde;o do a&ccedil;&uacute;car cristal de hoje. Como resultado dessa inova&ccedil;&atilde;o mortal, o "a&ccedil;&uacute;car de chumbo" foi fortemente difundido, passando a ser utilizado como ingrediente na culin&aacute;ria.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27163624562396.jpg" alt="(Fonte: Wine Enthusiast Magazine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wine Enthusiast Magazine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Alguns escritos recuperados indicam que os romanos antigos estavam cientes dos perigos no consumo de chumbo, bem como os cidad&atilde;os da d&eacute;cada de 1960 que consumiam produtos que continham radia&ccedil;&atilde;o, como os cosm&eacute;ticos Tho-Radia. Mas, a essa altura, era tarde demais.
O consumo constante de "a&ccedil;&uacute;car de chumbo" causou dem&ecirc;ncia, infertilidade, dificuldade cognitiva, fadiga, gota e at&eacute; fal&ecirc;ncia m&uacute;ltipla dos &oacute;rg&atilde;os &ndash;, mas tamb&eacute;m n&atilde;o foi o &uacute;nico fator. Muitas das inova&ccedil;&otilde;es que os romanos desfrutavam na &eacute;poca tinham o chumbo na composi&ccedil;&atilde;o, incluindo at&eacute; os canos que transportavam a &aacute;gua.

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