
Ciência
02/08/2016 às 11:04•2 min de leitura
Nos últimos meses, a NASA tem feito diversas descobertas pelo espaço afora que podem mostrar que não estamos tão sozinhos quanto imaginamos. A mais recente descoberta inclui 100 novos exoplanetas, sendo que ao menos 2 deles teriam condições de dar suporte à vida. A notícia ruim é que eles estão a 181 anos-luz de distância...
A estrela anã-vermelha K2-72 fica na constelação de Aquário e é orbitada por quatro planetas. Dois deles são os que poderiam ter algum tipo de vida, de acordo com os cientistas. Todos esses planetas seriam rochosos e teriam órbitas muito próximas da estrela – algo que não afeta muita coisa, já que sua temperatura é menor e permite que ao menos em dois a vida se desenvolva.
Os quatro planetas seriam de 20% a 50% maiores que a Terra e teriam órbitas menores que a de Mercúrio. Entretanto, o fato de ser uma estrela menor faz com que a água possa existir em estado líquido, uma das condições primordiais para a vida como conhecemos na Terra.
Concepção artística do telescópio visualizando os quatro planetas orbitando a estrela-anã
Os pesquisadores comemoram as novas descobertas por elas terem sido praticamente acidentais: em 2012, problemas no telescópio Kepler impediram que ele se estabilizasse na missão inicial. Entretanto, uma engenhosa resolução da NASA resolveu o problema e fez com que o telescópio tivesse um escopo de observação mais amplo do espaço.
Através disso, vários planetas circundando estrelas-anãs estão sendo descobertos. Portanto, são maiores as chances de algum deles possuir as pré-condições necessárias à vida, de acordo com os cientistas. “O Kepler mostrou fortes sinais de que há uma abundância de planetas, especialmente bem pequenos, em torno das chamadas estrelas menores, como a anã-vermelha”, disse o astrônomo Ian Crossfield.
O coro é ampliado pelo cientista Steve Howell, que está por trás desse projeto de descobertas e acredita que essa lista abundantes de novos exoplanetas validam a missão do Kepler e estão trazendo inúmeros planetas interessantes a serem estudados no futuro. A próxima etapa é usar o telescópio James Webb para analisar esses planetas mais bacanudos.
Steve Howell acredita que esses novos planetas supostamente habitáveis serão explorados por telescópios terrestres no futuro