Artes/cultura
18/07/2017 às 07:00•2 min de leitura
O registro mais icônico de Albert Einstein se deu quando um grupo de fotógrafos se amontoou em volta dele após a celebração do seu 72º aniversário. Contrariado em sorrir novamente para a imprensa, o físico optou por mostrar a língua e virou o rosto rapidamente. No entanto, mal sabia ele, o seu pequeno desaforo havia sido capturado no momento exato pelo fotógrafo Arthur Sasse.
Quando viu a imagem posteriormente, o autor da Teoria da Relatividade gostou tanto que, bem-humorado, decidiu estampá-la em seus próprios cartões de visita. Anos depois, o negativo original da fotografia foi arrematado por uma fortuna em um leilão nos Estados Unidos: para adquiri-la, o seu novo dono precisou desembolsar nada menos do que US$ 72,3 mil.
Uma das cenas mais antológicas do cinema foi filmada em 1954 e teve a grande diva Marilyn Monroe como protagonista. Nela, o vestido cor de marfim da loira se levantava quando ela passava por cima de uma saída de ventilação do metrô de Nova York, durante as gravações do filme “O Pecado Mora ao Lado”.
O que muita gente não sabe é que muitas tomadas foram necessárias até que a cena finalmente pudesse ser concluída. O motivo? O ciúme do marido da atriz, o jogador de beisebol Joe DiMaggio, que estava visivelmente incomodado com a cena que a esposa teria que gravar. Fala-se que, nos bastidores, ele testou a paciência dos envolvidos na produção do filme, que ficaram constrangidos e irritados com os chiliques do atleta.
Se, em termos musicais, “Abbey Road” é um dos álbuns mais relevantes da história do rock, sua capa também se transformou em uma das imagens mais icônicas da cultura pop. O que muita gente deixa de reparar é que a foto, registrada pelo fotógrafo Iain Macmillan, contempla muito mais do que os membros da banda atravessando a Abbey Road — rua que dá nome ao disco e ao estúdio de Londres onde o LP foi gravado. Na mesma hora em que o quarteto caminhava pela travessia de pedestres, é possível ver, ao fundo, um homem conversando com um policial.
Em 2004, esse pedestre anônimo, chamado Paul Cole, foi encontrado por um jornal norte-americano e explicou que, naquele momento, aguardava a esposa visitar uma das atrações da rua. “Eu disse a ela que já havia visitado museus suficientes e que a esperaria do lado de fora. Como gosto de puxar papo, me aproximei de um policial que estava dentro de uma viatura e fiz algumas perguntas sobre Londres, para matar o tempo”. Ainda segundo Cole, só no ano seguinte ao lançamento do álbum que ele foi se reconhecer na capa do disco.
Diante de uma rara oportunidade de registrar uma mulher afegã, em 1984, o fotógrafo Steve McCurry, da revista National Geographic, não pensou duas vezes antes de fotografar uma jovem de olhos verdes penetrantes, com uma surrada roupa escarlate e o rosto tomado de medo. Na época, ele cobria os sangrentos conflitos no Afeganistão e, como a imprensa ocidental não era bem-vinda na localidade, precisava esconder os rolos dos filmes da sua câmera em suas roupas.
McCurry não podia imaginar, mas aquele registro apressado se transformaria na capa mais famosa da revista em toda a sua história, e seriam necessários quase 20 anos até que ele finalmente pudesse reencontrar a jovem que a estampou. Depois de várias tentativas frustradas, a confirmação da sua identidade veio através de um método de biometria moderno em 2002, ao mesmo tempo que ela viu uma foto sua pela primeira vez.