Conheça a garotinha que inspirou “Alice no País das Maravilhas”

31/07/2017 às 11:492 min de leitura

Você viu a garotinha da imagem acima? O nome da menina era Alice Liddell e foi ela quem inspirou o famoso escritor britânico Lewis Carroll a escrever “As Aventuras de Alice no País das Maravilhas”, em 1865, assim como sua sequência, “Alice Através do Espelho e O que Ela Encontrou Por Lá”, em 1871.

Aliás, caso você não saiba, Lewis Carroll era pseudônimo do britânico Charles Lutwidge Dodgson, poeta, romancista, desenhista, fotógrafo, matemático, contista, fabulista e reverendo anglicano que criou as estranhas histórias envolvendo Alice.

Alice Liddell (National Portrait Gallery, London and the National Media Museum)

Mas, voltando à Alice real, a que inspirou a criação da personagem, ela era filha de Harry Liddell, um homem que se tornou grande amigo de Carroll depois de ele e a família se mudarem de Londres para Oxford em meados do século 19, quando Liddell se tornou decano da Christ Church, na Universidade de Oxford.

História maluca

O conto sobre tocas de coelhos, chapeleiros malucos e chás de loucos começou a tomar forma em uma tarde de julho de 1862, quando Carroll ficou encarregado de entreter três das filhas de Harry — Edith, de 8 anos, Alice, de 10, e Lorina, de 13 —, enquanto todos realizavam um passeio de barco que seria seguido de um piquenique na margem do rio Tâmisa.

Alice com as irmãs Edith e Lorina (National Portrait Gallery, London and the National Media Museum)

Carroll chamou a protagonista da história de Alice — e a garotinha gostou tanto do enredo fantástico que pediu ao fabulista para que ele escrevesse o conto para ela. O criativo reverendo obedeceu e, cerca de dois anos depois, enviou à menina um manuscrito cheio de ilustrações que ele mesmo tinha criado intitulado “Alice Debaixo da Terra”.

(National Portrait Gallery, London and the National Media Museum)

Mais tarde, Carroll decidiu publicar o conto e, depois de o texto passar por algumas modificações, a história se transformou no livro que todo mundo conhece. O título se tornou em um enorme sucesso e vendeu mais de 180 mil cópias enquanto Carroll ainda estava vivo. Com o passar do tempo, “As Aventuras de Alice no País das Maravilhas” foi traduzido para mais de 120 idiomas e teve mais de cem edições lançadas só em inglês.

Alice

A garotinha que inspirou Carroll — ou Dodgson — nasceu em 1852, e tinha perto de três anos quando o reverendo a encontrou pela primeira vez. Ele estava fotografando a Catedral de Oxford e viu Alice brincando com as irmãs nos arredores do templo, e as meninas logo se interessaram pelo que Carroll estava fazendo.

(National Portrait Gallery, London and the National Media Museum)

Harry Liddell, o pai das meninas, tinha bastante interesse pela fotografia — que era uma arte nova na época — logo convidou Carroll para clicar sua família, e Alice, como você deve ter percebido, era sua favorita e, inclusive, posou para ele em inúmeras ocasiões. As fotos que ilustram esta matéria, por exemplo, foram todas registradas por Dodgson. Você achou esse interesse todo meio esquisito?

(National Portrait Gallery, London and the National Media Museum)

Existem muitas insinuações de que Carroll tenha se apaixonado por sua musa inspiradora — e de que ele nutria um especial interesse por menininhas de modo geral. No entanto, de acordo com seus biógrafos, não há qualquer evidência de que sua obsessão tenha algum dia se consumado com qualquer uma delas.

(National Portrait Gallery, London and the National Media Museum)

No caso de Alice, o contato entre ela e Carroll começou a diminuir pouco depois do lançamento do livro. Por fim, a garota que serviu de inspiração se casou com um homem chamado Reginald Hargreaves, de quem adotou o sobrenome e com quem teve três filhos, e faleceu em 1934, aos 82 anos de idade.

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