Ciência
15/01/2018 às 12:01•3 min de leitura
Enquanto algumas pessoas sentem o maior orgulho em mostrar suas “marcas de batalha”, para outras as cicatrizes servem como constantes lembretes de situações dolorosas e experiências traumáticas. Assim, para ajudar aqueles que têm dificuldades em lidar e aceitar esses sinais gravados em seus corpos, a fotógrafa Sophie Mayenne, de Londres, na Inglaterra, decidiu dar início a um fascinante projeto chamado “Behind the Scars” — “Por trás das Cicatrizes” em tradução livre.
De acordo com Iveta, do site Bored Panda, Sophie começou a fotografar pessoas com suas cicatrizes e motivar seus modelos a compartilhar a história de como elas ganharam suas marcas — com a intenção de causar um impacto positivo em suas vidas e ajudar esses indivíduos a se aceitar tal e como são. Você pode conhecer o projeto melhor através deste link e descobrir algumas dessas histórias a seguir:
(Bored Panda/Sophie Mayanne)
Quando tinha apenas um ano e meio, Maya, a jovem da foto acima, foi diagnosticada com uma condição incurável chamada epidermólise bolhosa. No entanto, apesar de ter convivido com o problema por praticamente toda a vida, a situação começou a se tornar gradualmente pior recentemente, afetando profundamente a sua autoestima. Maya decidiu se deixar fotografar para chamar a atenção para a condição, motivar as pessoas a conhecer melhor a epidermólise e para recordar a ela mesma que sua doença não a define como ser humano.
(Bored Panda/Sophie Mayanne)
As queimaduras que Mercy tem no corpo foram causadas quando ela tinha 29 anos de idade e são resultado de um incêndio relacionado com um episódio de violência doméstica. Para Mercy, suas cicatrizes são seu maior tesouro, uma vez que elas sempre a lembram de que ela é uma sobrevivente.
(Bored Panda/Sophie Mayanne)
Em 1997, quando tinha apenas 7 anos de idade, Agnes sobreviveu a uma explosão provocada por um vazamento de gás e, desde então, ela passou por 27 cirurgias reconstrutivas. E apesar de as cicatrizes marcarem seu rosto — e se encontrarem em uma parte do corpo para a qual todas as pessoas olham —, Agnes diz que aprendeu a conviver com suas marcas.
(Bored Panda/Sophie Mayanne)
Aos 11 meses de vida, Bintu — a moça do retrato acima — tentou alcançar uma xícara de chá fervente que estava sobre o balcão da cozinha de sua casa, mas acabou derramando o conteúdo do recipiente sobre seu corpinho. Ela acabou com cicatrizes no ombro esquerdo, no peito e no torso, e hoje entende que as marcas são apenas isso: cicatrizes.
(Bored Panda/Sophie Mayanne)
Isabella revelou que adquiriu suas cicatrizes em um incêndio em sua casa e admitiu que, depois de ter sido “cortada”, “costurada” e “grampeada”, ela não se sente completa ainda e está um pouco brava com o mundo. Porém, Isabella sabe que um dia ficará bem.
(Bored Panda/Sophie Mayanne)
Aos 27 anos de idade, Abi foi diagnosticada com um tipo de câncer extremamente agressivo chamado osteossarcoma — e a enorme cicatriz em seu braço é um sinal da batalha que ela travou contra sua devastadora doença.
(Bored Panda/Sophie Mayanne)
Em 2014, Barbara foi diagnosticada com um angiosarcoma de mama e, depois de passar por três cirurgias e dois cursos de quimioterapia, ela aprendeu a conviver com suas cicatrizes. Infelizmente, Barbara soube recentemente que o câncer voltou, mas disse que, para a surpresa dela mesma, ela se sente em paz.
(Bored Panda/Sophie Mayanne)
As cicatrizes na perna esquerda de Ellen são resultado de diversas cirurgias às quais ela teve que ser submetida quando criança por conta de uma condição congênita rara chamada deficiência femoral focal proximal, e ela só começou a aceitar as suas marcas recentemente.
(Bored Panda/Sophie Mayanne)
Chloe começou a se automutilar aos 13 anos de idade e até hoje ela luta para superar seus “demônios” pessoais. Suas cicatrizes não podem ser corrigidas por meio de cirurgias plásticas, portanto, a jovem agora tentar conviver com elas e aceitar e a amá-las, dizendo que as marcas ajudam a contar a sua história.