Artes/cultura
24/10/2019 às 03:00•2 min de leitura
Você já estudou sobre a Segunda Guerra Mundial, talvez até goste do tema, mas é possível que nunca tenha ouvido falar na franco-atiradora soviética Roza Yegorovna Shanina. Nascida em 1924, numa comuna da União Soviética próxima a Leningrado, a menina queria seguir a carreira acadêmica, porém acabou indo parar nas frentes de batalha. Quer saber como isso aconteceu? Veja só essa história incrível:
Roza Shanina queria estudar literatura e andava 13 quilômetros todos os dias para ir à escola secundária, porém os pais não gostavam muito dessa ideia e a fizeram desistir dos estudos. A menina, que sempre teve um gênio forte e era bastante independente, resolveu fugir de casa (com apenas 14 anos). Ela, então, foi parar em Arkhangelsk, cidade onde vivia seu irmão Fyoder, com quem foi morar para poder estudar. Depois de um tempo, ela conseguiu um emprego em um jardim de infância da cidade pensando em uma futura carreira de professora.
As coisas começaram a mudar quando os nazistas bombardearam Arkhangelsk, gerando em Roza a vontade de combater os inimigos. Esse desejo se tornou realidade no final de 1941, quando seu irmão Mikhail acabou morrendo em decorrência dos seguidos ataques alemães. Com muito ódio, revolta e coragem, Shanina se matriculou na Academia Feminina de Sniper e conseguiu se formar em 1944, logo após ter completado 20 anos.
Depois da formatura, principalmente pela performance excelente, a garota tornou-se comandante do pelotão de atiradores da 184ª Divisão de Rifles Soviética. Depois, seguiu para a Frente Ocidental, onde fez sua primeira vítima. Roza não hesitou e, de uma distância de aproximadamente 400 metros, atirou e matou seu primeiro nazista.
Durante a Segunda Guerra Mundial, seriam 54 mortes confirmadas vindas do rifle de Shanina, porém acredita-se que o número tenha sido bem maior. Tamanha era sua eficiência que ela ficou conhecida como “terror invisível da Prússia Oriental”, já que se camuflava muito bem e acertava alvos de forma rápida e precisa, mesmo que eles estivessem em movimento.
Roza Shanina acabou falecendo no dia 27 de janeiro de 1945, ao tentar proteger um soldado ferido. Sua história ficou conhecida depois que seus relatos foram encontrados em um diário, que ela sempre levava consigo.