Ciência
07/02/2020 às 07:02•2 min de leitura
Adolf Hitler tomou o poder na Alemanha no começo de 1933. Com o intuito de “purificar a raça ariana”, teve atitudes que até hoje são consideradas ditatoriais e desumanas. Além do ódio contra os judeus, Hitler também iniciou uma batalha contra livros que julgava "impuros" e "nocivos" para a raça ariana.
Dessa forma, no dia 10 de maio de 1933, ocorreu uma grande queima de obras literárias por toda a Alemanha. O acontecimento foi orquestrado por Hitler e o Ministro da Propaganda Nazista, Joseph Goebbles. A intenção era jogar em uma fogueira tudo que fosse crítico ao regime ou que trouxesse ensinamentos impróprios aos olhos do governo.
Hitler e Goebbles criaram o ato e deram a ordem para que jovens universitários, membros da Liga dos Estudantes Alemães Nacional-Socialistas, roubassem livros e os queimassem em praça pública. Só na praça pública de Opernplatz, atualmente chamada de Bebelplatz, foram queimados mais 20 mil obras que foram retiradas de uma biblioteca.
Dentre os materiais vistos como impróprios, estão todos os livros escritos por autores da República de Weimar, que era um sistema de governo republicano pós-primeira guerra na Alemanha. Obras de autores judeus como Sigmund Freud, Karl Marx, Albert Einstein e Walter Benjamin, eram destruídas pelo simples fato de terem sido escritas por judeus.
Literatura dos autores Friedrich Nietszche, Thomas Mann e Bertolt Brecht também eram vistas como depravadas. Os principais alvos do banimento nazista e das queimas eram livros de história, filosofia, sociologia e ciências políticas.
Uma atitude de censura muito similar ao acontecido da Alemanha Nazista quase se concretizou em Rondônia. O governo do estado ordenou, na quinta-feira (6), o recolhimento de dezenas de livros das bibliotecas das escolas públicas. A causa seria porque as obras literárias trabalhavam “conteúdos inadequados” para crianças e adolescentes.
Segundo o Estadão, existia uma lista com 43 títulos que deveriam sair das bibliotecas escolares. Entre as obras que seriam removidas estavam materiais escritos por Machados de Assis, Euclides da Cunha, Nelson Rodrigues, Rubem Fonseca e vários outros. Obras literárias clássicas como Macunaíma, Os Sertões e Memórias Póstumas de Bras Cubas estavam na lista.
Entretanto, o ato nunca se concretizou. O governo voltou atrás da decisão e disse que o pedido não teria nem sequer sido assinado pelo secretário.