Saúde/bem-estar
24/09/2021 às 06:30•3 min de leitura
A Bíblia é considerada por milhões de pessoas como um livro sagrado e fundamental para obter orientações morais e definições de crenças. No entanto, há uma série de observações e proibições que podem não fazer muito sentido para boa parte das pessoas, incluindo os próprios cristãos.
Falar sobre esses aspectos bíblicos é sempre um tópico sensível. No entanto, nada impede que possamos dar uma olhada em algumas considerações históricas e culturais. Aliás, ao fazer isso fica até mais fácil compreender a razão de ser ou o que estava por trás de várias proibições. Então, vamos lá!
A proibição bíblica sobre não comer carne de porco tem mais a ver com a cultura judaica. Para eles, os porcos são considerados animais imundos. É por isso que o próprio Jesus e outros apóstolos, que eram judeus, não comiam essa carne. Aliás, isso também é algo praticado pelos muçulmanos.
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Cuidado com as revistinhas de horóscopo e as cartas de tarô… brincadeira! A proibição para não se buscar ajuda de adivinhadores, feiticeiros e leitores de mão, por exemplo, tem duas razões de ser. A primeira, é que isso era associado a espíritos malignos. A segunda, é que da mesma forma como acontece hoje, os aproveitadores e exploradores da fé alheia sempre estavam disponíveis para enganar os mais humildes.
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Em um primeiro momento até podemos achar estranho a proibição de criar animais diferentes juntos ou plantar no mesmo jardim plantas distintas. Apesar de a Bíblia não dar uma justificativa plausível para essa e tantas outras proibições, uma das explicações mais aceitas é que isso poderia ocasionar alguns problemas.
Por exemplo, uma planta pode acabar impedindo o desenvolvimento de outra ou atuar como uma erva daninha para a vizinha. No caso dos animais, é bem provável que a recomendação proibitiva tenha mais a ver com a questão de transmissão de doenças e com a possibilidade de eles terem uma relação sexual dando origem a uma espécie que representaria algum problema para o meio ambiente.
Ou, ainda, de essa prole nascer parecendo um “monstrinho alienígena”. Já quanto a misturar roupas de tecidos diferentes ninguém sabe exatamente o motivo.
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Como é possível imaginar, a Bíblia trata o matrimônio como uma obra divina. Se duas pessoas se casaram foi porque Deus assim quis e ponto final. Contudo, é interessante observar que, naquela época, casamentos por amor eram uma raridade. Além disso, com o passar dos séculos e o amadurecimento do pensamento da Igreja e as próprias necessidades da sociedade, essa situação começou a mudar.
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Uma das recomendações bíblicas é que a mulher seja submissa ao homem. Aliás, no versículo apontado, existe a observação para que ela aprenda em silêncio, não ensine as escrituras e não tente usar de autoridade sobre o marido. Nesse caso, a explicação tem mais a ver com a cultura de um povo do que com a crença.
Tradicionalmente, a Bíblia foi escrita por homens em um contexto extremamente machista. Por isso mesmo, são raras as mulheres que se destacaram ou que tiveram relatos detalhados sobre seus feitos na Bíblia, com poucas exceções. Naturalmente, essa ideia de superioridade masculina acabaria sendo refletida nas linhas das Sagradas Escrituras.
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Essa não é bem uma proibição, mas vale a pena dar uma olhada na questão. Quando Jesus recomendou que seus apóstolos viajassem para pregar o Evangelho sem levar nada de valor ou muitos pertences, é bem provável que ele estava pensando na segurança dos seus amigos.
Afinal, eram tempos em que as viagens eram feitas a pé ou em grupos pequenos, o que tornava os viajantes alvos fáceis de assaltantes de beira de estrada. Logo, sem coisas de valor teriam mais chances de saírem ilesos da situação. Já a explicação romântica para isso é que tem a ver com humildade e uma certa valorização da pobreza.
(Fonte: RODNAE Productions/Pexels/Reprodução)
Há muitas outras recomendações restritivas na Bíblia. Todavia, se o objetivo for entender as coisas do ponto de vista histórico e cultural precisamos ir mais fundo, principalmente analisando como era a vida em tal período da humanidade ou as tradições de certo povo. E, claro, sempre respeitando as diferentes crenças.