Ciência
06/10/2021 às 10:00•3 min de leitura
Após ganhar uma nova versão para PlayStation 5, o jogo Death Stranding (2019) segue agradando aos críticos, mesmo após dois anos de seu lançamento. Com participação de grandes atores, como Norman Reedus no papel do protagonista Sam Bridges, o jogo retrata uma realidade fictícia em que o planeta foi devastado por um evento apocalíptico e precisa passar por um processo de reconstrução.
Embora o universo do game aborde um universo inexistente, muito do que foi criado pelo diretor Hideo Kojima, da Kojima Productions, e publicado pela Sony teve embasamento na ciência. Então, vamos conhecer um pouco mais sobre alguns fatos científicos que estão presentes nesse extraordinário enredo.
(Fonte: Kojima Productions/Divulgação)
Ainda no início de sua jornada, o personagem Sam Bridges (Norman Reedus) fala sobre quatro explosões que ocorreram no universo. Enquanto o Big Bang, a primeira delas, é notoriamente conhecida pela maioria das pessoas, as outras três acabam passando desapercebidas pelos players.
A segunda explosão, conforme o texto, foi a que fez o “planeta girar”. Esta fala representa o nascimento do Sol, que ocorreu a cerca de 4,6 bilhões de anos. Nesse período, os átomos de hidrogênio entraram em colapso por conta da gravidade e deram origem a estrela central do nosso sistema. As substâncias restantes desse processo formaram os demais planetas.
Já a terceira explosão é dita por ser a que fez “surgir a vida como conhecemos”, o que é visto como uma referência ao meteoro que dizimou os dinossauros e deu início a uma nova era. A quarta explosão citada por Bridges, entretanto, é a que ocasiona os acontecimentos apocalípticos de Death Stranding e é completamente ficção.
(Fonte: Kojima Productions/Divulgação)
No jogo, os criptobiontes são as principais fontes de alimento dos personagens de Death Stranding e um dos poucos seres vivos sobreviventes ao cataclisma. O que muitas pessoas não sabem, entretanto, é que essas criaturas foram inspiradas em tardígrados — seres microscópicos capazes de desacelerar o metabolismo de forma drástica.
Com isso, o corpo dessas criaturas entra em estado de hibernação até que as condições ao seu redor sejam ideais para a vida. Ao ingerir esses seres “imortais”, os personagens conseguem evitar os efeitos da chuva temporal existente na realidade apocalíptica, e que degrada o organismo dos humanos.
(Fonte: Kojima Productions/Divulgação)
Em Death Stranding, uma substância inédita chamada “quiralium” foi descoberta e com ela os sobreviventes ao cataclisma conseguem criar estruturas para se locomover pelas cidades sem estar em contato com os mortos que vagam pelas ruas. Esse termo, além disso, é proveniente do conceito químico de “quiralidade”.
Na química, a quiralidade define um objeto que não pode ser sobreposto a sua própria imagem e que existe como uma cópia perfeita de outro, mesmo que de forma oposta — como acontece com as mãos esquerda e direita dos seres humanos. Por esse motivo, os cristais quirais do game se formam como se fossem mãos.
(Fonte: Kojima Productions/Divulgação)
Como citado anteriormente, a chuva temporal é uma das maiores ameaças de Death Stranding. O líquido acelera o processo de envelhecimento de tudo que toca, seja de materiais orgânicos ou sintéticos. Apesar de não existir nada tão extremo na vida real, o ser humano já conseguiu criar equipamentos com efeito parecido.
Um exemplo disso é a câmara de teste ambiental, capaz de reproduzir condições climáticas em um pequeno espaço para testar a durabilidade de diversos produtos. Com isso, podemos induzir uma variação drástica de temperatura e comprovar a resistência de equipamentos, como os celulares.
(Fonte: Kojima Productions/Divulgação)
Durante a franquia, também ouvimos falar sobre cinco grandes extinções que afetaram a Terra — ou que mataram pelo menos 75% da vida do planeta. E esses eventos realmente aconteceram. São elas:
Em Death Stranding, a sexta grande extinção foi a que deu início aos acontecimentos do jogo.