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Benjamin Franklin quis implementar um novo alfabeto

26/10/2021 às 12:002 min de leitura

Benjamin Franklin poderia ser muitas coisas: político, cientistas, inventor, tipógrafo e inclusive estranho. Suas ideias, por vezes, fugiam da lógica e do pragmatismo sólidos que ele pregava com afinco — e que também se tornou seu traço mais notório.

Um exemplo de que o homem poderia ser esquisito, é que ele achava mais apropriado um peru como símbolo nacional dos Estados Unidos do que a águia, que considerava uma “ave de mau-caráter”.

Tendo isso em vista, então é até fácil achar menos absurdo que Franklin também tenha proposto um alfabeto totalmente diferente, "melhorado", em sua visão.

A ideia

(Fonte: Pensador/Reprodução)(Fonte: Pensador/Reprodução)

Franklin, cuja habilidade de escrita teve um papel significativo na elaboração da Declaração da Independência, acreditava que um alfabeto fonético deveria substituir o existente. Para ele, uma nova nação deveria ter tudo novo, incluindo uma língua.

Em meados de 1768, o homem formulou seu novo alfabeto, publicado 2 décadas depois no livro Dissertações da Língua Inglesa, escrito por Noah Webster — responsável por escrever o dicionário norte-americano.

Webster achou que a ideia de Franklin não era tão louca assim, por isso a publicou, mas as imagens reais do novo alfabeto tiveram que esperar até novos blocos de impressão das letras pudessem ficar prontos porque simplesmente não existiam na época.

(Fonte: Medium/Reprodução)(Fonte: Medium/Reprodução)

O objetivo do novo alfabeto era ter uma ordem mais "natural" do que o sistema ainda vigente. Em seu estudo A Scheme for a New Alphabet and Reformed Mode of Spelling, Franklin fez uma análise do inglês falado na forma de uma tabela, priorizando o alfabeto por som e esforço vocal. Ele deu preferência aos sons formados pela respiração, com nenhum ou quase nenhum auxílio da língua, dentes e lábios. Então tudo seria produzido principalmente pela traqueia.

Isso resultou na remoção de seis letras do alfabeto: C, J, Q, W, X e Y. Estas, na opinião dele, eram redundantes ou confusas. Os sons "fortes" e "suaves" de um C, por exemplo, podiam ser facilmente substituídos por um K e S. Franklin também limitou as letras restantes a um som, "como toda letra deveria ser", incluindo as vogais.

Como funciona

(Fonte: Pinterest/Reprodução)(Fonte: Pinterest/Reprodução)

Em seu alfabeto, as pronúncias de vogais longas seriam obtidas por meio de vogais duplas. Para isso, ele incluiu seis letras de sua própria concepção: uma letra que emite um "O" suave, como em folly ou ball; um que substituiu todos os sons “sh”; um som "ng"; dois "O" substitutos; e uma letra que substituía as combinações de letras "um" e "un".

Franklin usou seu alfabeto pela 1ª vez em uma carta de 1768 para Polly Stevenson, sem se preocupar se ela entenderia ou não. Na verdade, ele tinha certeza de que seu alfabeto era mais fácil de aprender e reduziria as grafias incorretas de muitas palavras pelas pessoas.

Ele também acreditava que qualquer dificuldade em implementar um novo alfabeto seria superada por sua lógica e simplicidade. Mas, como era de se esperar, sua proposta encontrou pouco ou quase nenhum apoio, até mesmo de seus amigos mais íntimos.

Então Franklin abandonou seu projeto, considerado "vulgar" e "ambicioso".

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