Ciência
25/12/2021 às 10:00•2 min de leitura
Em meio a milhares, existem 3 mulheres na história do século XIX que se recusaram a se curvar às normatividades de uma sociedade extremamente machista, em um dos períodos em que o feminino era visto como um “pano de fundo”.
Mesmo em um ambiente de circo, que poderia mostrá-las como aberrações de várias maneiras, essas mulheres forjaram seus próprios caminhos, alcançando carreiras extremamente populares caracterizadas pela beleza e pela força, vencendo o estereótipo do gênero.
(Fonte; Racing Nelly Bly/Reprodução)
Foi em 8 de julho de 1876, que Spelterini chocou uma multidão ao atravessar as Cataratas do Niágara em uma corda bamba de apenas 2,5 centímetros de largura a 300 metros de altura, em comemoração ao centenário da América.
Quatro dias depois, ela refez a travessia arriscada, dessa vez com um cesto de pêssegos amarrados em seus pés. Incapaz de se conter, sete dias depois ela voltou a cruzar a queda d’água com um saco de papel na cabeça, ocultando totalmente sua visão. Depois, ela repetiu o feito com seus tornozelos e pulsos presos por algemas.
(Fonte: Athena Sports/Reprodução)
A austríaca era considerada “a mulher de aço”, mas já era de aço desde muito jovem, quando começou a exercitar a sua força incentivada por uma família famosa de estrelas do circo. O desenvolvimento de seu físico e hipertrofia de seus músculos aconteceram de maneira tão acelerada, que em sua adolescência Sandwina já pesava 84 quilos de pura massa muscular em seus 2 metros de altura.
Foi assim que ela pavimentou sua entrada para outra linha de entretenimento: a luta livre masculina. Naquela época, início dos anos 1900, não era comum mulheres nesse esporte, então ela teve que enfrentar homens. O único que conseguiu derrotá-la no ringue foi Max Heymann, com quem Sandwina se casou logo em seguida.
O maior ato da carreira da “mulher de aço” foi vencer o levantador de peso Eugene Sandow. Ele não conseguiu elevar uma barra com 136 quilos acima da cabeça com apenas uma mão como Sandwina fez.
Em comemoração a sua vitória, a mulher mudou seu nome artístico para a versão feminina de Sandow, tomando o lugar do homem considerado o mais forte do mundo naquela época.
(Fonte: Reddit/Reprodução)
Nascida Rossa Matilda Richter, em Londres, Reino Unido, Zazel era conhecida dos palcos desde os 16 anos por seu exímio talento como acrobata e trapezista. Sua carreira decolou — literalmente — quando ela escorregou seu corpo pela boca de um canhão enorme, e foi lançada a 21 metros de altura. Essa sua façanha marcou uma colaboração extensa com seu mentor, William Leonard Hunt, surpreendendo plateias do mundo inteiro. Afinal, como uma mulher do século XIX poderia ter tanta coragem?
Além disso, seu truque foi o primeiro a ser feito na história do circo, causando um efeito de ilusão que intrigou as pessoas por muito tempo. Antes de Zazel, ninguém foi corajoso o suficiente em se arriscar a subir no sistema de molas escondido no canhão. Era algo muito perigoso, pois o artista poderia errar a rede de segurança durante a aterrissagem e se espatifar no chão.
Isso aconteceu com Zazel, e ela quebrou as costas durante um show, pondo fim em sua longa carreira, mas não antes de ela fazer história como profissional e mulher.