Ciência
02/02/2022 às 13:00•2 min de leitura
Poucos aristocratas são tão célebres quanto Maria Antonieta, uma arquiduquesa austríaca que se tornou a rainha da França e acabou morta na guilhotina meses depois de seu marido, em um episódio ligado à origem da Revolução Francesa. A rainha se tornou célebre por conta de sua vida de luxos, das frases atribuídas a ela e chegou a ter sua vida retratada em vários filmes.
Mas há uma história menos conhecida sobre a rainha que diz respeito a um ponto inusitado de seus momentos finais. Isto porque o sapato que Maria Antonieta usava no último dia de sua vida existe até hoje e foi leiloado recentemente pelo valor de R$ 280 mil (ou 43,75 mil euros, no valor original).
O mais curioso é que a rainha não estava usando o sapato no exato momento em que foi guilhotinada. Ela perdeu o calçado enquanto dava seus últimos passos rumo à guilhotina, em 16 de outubro de 1793. A peça foi guardada e exposta no Museu de Belas Artes de Caen, na França.
(Fonte: Ridiculously Interesting)
O sapato é todo feito de pele de cabra e seda, e corresponde a um número 36 moderno. Além de uma relíquia, o requinte do sapato é também um documento histórico, já que o estilo de vida suntuoso e extravagante de Maria Antonieta e seu marido Luís XVI é uma das razões que culminou na Revolução Francesa.
Um dos mitos é que suas últimas palavras teriam sido “perdão, essa não foi minha intenção”, ao tropeçar no pé de um dos executores. Nesse tropeço, o famoso sapato teria caído e se perdido.
(Fonte: Vintage)
Maria Antonieta foi a última rainha da França antes da Revolução Francesa. Ela nasceu como arquiduquesa na Áustria e se tornou delfina da França (título dado à esposa do delfim, que era o herdeiro da coroa da França) em 1770, quando tinha 14 anos e se casou com Luís Augusto, que mais tarde se tornaria Luís XVI.
Em 1774, com a posse de seu marido, ela se tornaria a rainha da França. Seu reinado foi muito criticado, pois ela era acusada de ser esbanjadora, promíscua, e de manter relações próximas com países inimigos da França, como a Áustria.
Sua vida de luxo seria encerrada com a sua prisão, em 1789. No momento de sua execução, em outubro de 1793, ela foi obrigada a trocar de roupa na frente dos guardas. Maria Antonieta teria escolhido um vestido preto, mas foi obrigada a usar um branco, pois esta era a cor das viúvas na França.
Seu cabelo foi cortado bem curto, suas mãos foram amarradas em suas costas e, depois que foi guilhotinada, em público, sua cabeça foi exposta pelo carrasco para que uma plateia inflamada se regozijasse. Mais tarde, seu corpo foi jogado numa cova anônima no cemitério de Madeleine, na França, mas sua cabeça foi preservada e deu origem a várias máscaras mortuárias.