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03/05/2022 às 04:00•2 min de leitura
A gloriosa Esfinge de Gizé é de longe um dos maiores ícones e resquícios do Egito Antigo. A estátua da criatura mitológica com o corpo de um leão e a cabeça de uma pessoa é uma das maiores e mais antigas estátuas existentes no mundo, aparecendo em livros de história por todas as partes do planeta.
Mas qual o objetivo de sua construção e quem foi que criou esse projeto? Em geral, as esfinges eram construídas para marcar áreas de grande importância, onde ficavam túmulos e templos egípcios importantes. Mais sobre essa história você confere nos próximos parágrafos. Olha só!
(Fonte: Wikimedia Commons)
Pouco se sabe sobre quem foi o responsável por criar o conceito da Esfinge de Gizé, mas a evidência histórica mais concreta que temos sobre ela é de que a estátua surgiu como um monumento em homenagem ao faraó Khafre e seu reinado, que durou entre 2520 e 2494 a.C.
No Egito Antigo, a cabeça das esfinges normalmente eram feitas com a representação da cabeça de um faraó ou a de um deus específico. Com 73 metros de comprimento, 6 metros de largura e 20 metros de altura, essa esfinge em específico também é a responsável por guardar as Pirâmides de Gizé no nascer do Sol.
Segundo as evidências, seu nariz tinha cerca de 1,5 metro de comprimento antes de ser derrubado — algo que pode ter sido causado com o desgaste natural ou propositalmente como movimento político. Existem indícios de que a esfinge original era bastante diferente, tendo também uma grande barba trançada feita em pedra. Parte dessa peça pode ser vista no Museu Britânico em Londres.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Conhecido por ser uma das maiores autoridades e egiptólogos em relação à Esfinge de Gizé, o pesquisador Mark Lehner foi um dos primeiros a realizar grandes estudos de campo na região. Em 1977, ele se juntou a cientistas do Stanford Research Institute usando equipamentos de sensoriamento remoto de última geração para analisar o leito rochoso sob a Esfinge.
Segundo o estudo, o monumento foi criado em uma única peça só em vez de várias partes de pedra sobrepostas após terem sido esculpidas. O rosto, embora mais bem preservado do que a maioria da estátua, foi castigado por séculos de intempéries e vandalismo.
Graças a descoberta de resquícios de pigmento vermelho ainda visíveis no rosto, estima-se que todo o rosto da esfinge havia sido pintado dessa cor no passado. Além disso, o corpo era decorado com tinta azul e amarela. Esse colosso permaneceu enterrado na areia por milhares de anos, sendo sua cabeça a única parte que continuou descoberta.
A estátua só foi ser libertada de uma vez por todas de seu túmulo de areia em 1930, quando o arqueólogo egípcio Selim Hassan reuniu uma grande equipe para terminar o trabalho após inúmeras tentativas. Desde então, autoridades do Egito mantêm um esforço constante para preservá-la, mas a estátua continua se desgastando aos poucos.