6 histórias interessantes para comemorar o Dia Mundial do Livro

Em 23 de abril, é celebrado o Dia Mundial do Livro, uma data muito importante para os amantes da literatura e das bibliotecas. E para comemorar esse momento especial, selecionamos seis histórias interessantes centradas em publicações, seus locais de leitura e livrarias ao redor do mundo. Confiram abaixo:

6. Pega ladrão!

(Fonte: Getty Images/Reprodução)

Em fevereiro de 2006, dois funcionários da Biblioteca Municipal de Trier, no oeste da Alemanha, se depararam com uma situação que pode chocar muitos leitores: um homem chamado Norbert Schild estava cortando discretamente páginas de um livro de 400 anos sobre a geografia europeia.

A grande surpresa no entanto é que essa não era a primeira vez que Schild cometia tal alto, pois há décadas ele estava lucrando roubando mapas de antigas publicações para depois vendê-los. Felizmente os bibliotecários o pegaram no ato e mais nenhuma obra foi danificada pelo criminoso!

5. Mantendo a tradição

(Fonte: Getty Images/Reprodução)

A livraria Paolo Olbi, em Veneza, na Itália, chama atenção por contar com uma seleção cuidadosamente selecionada de artigos que parecem ter saído diretamente de um cartão postal antigo. 

O motivo por trás disso é o próprio dono, um senhor de 78 anos que fabrica livros desde sua juventude. Quando o homem começou, haviam cerca de 20 lojas que seguiam os padrões tradicionais de encadernação da cidade histórica, mas atualmente, apenas três continuam ativas e mantendo essa tradição viva.

4. Um delivery complicado

(Fonte: Getty Images/Reprodução)

Por volta de 1930, comunidades isoladas nas montanhas do Kentucky, nos Estados Unidos, eram agraciadas com as mulheres dos livros, profissionais que viajavam em cavalos ou mulas por rotas designadas para entregar materiais de leitura aos habitantes mais afastados.

Independente do clima, essas profissionais vagavam mais de 160 quilômetros por semana e não paravam seu trabalho, e no final de 1938, havia 274 delas auxiliando 29 condados diferentes. Isso que é determinação!

3. Uma leitura de peso

(Fonte: Laboratório Nacional Argonne/Reprodução)

Em 1971, em Zurique, na Suíça, o artista experimental Wolf Vostell criou uma obra extremamente inusitada: lajes de concreto de nove quilos, com 30 centímetros de altura, 25 de largura, que envolvem um livreto de 26 páginas.

Uma das cópias do chamado Betonbuch (traduzido literalmente para Livro de Concreto) pertence atualmente à Universidade de Chicago, que tem utilizado métodos científicos para tentar identificar o tal livro encapsulado em cimento sem danificar o trabalho de Vostell.

2. Livros infantis soviéticos para crianças indianas

(Fonte: Getty Images/Reprodução)

De forma curiosa, as crianças indianas que cresceram entre 1970 a 1990 tinham como principal material de leitura livros infantis da União Soviética. Isso porque as obras eram extremamente acessíveis por feiras, exposições e livrarias em pequenas e grandes cidades do país.

Atualmente, essas publicações são vistas como artigos raros, com o colecionador Devadatta Rajadhyaksha chegando a afirmar que "iluminaram nossa infância. Naquela época, não sabíamos que eram da União Soviética, mas seu formato e design os tornavam irresistíveis".

1. Um sinal de resiliência

(Fonte: Getty Images/Reprodução)

No Iraque, a Rua Najafi, na Cidade Velha de Mosul, já foi considerada um centro cultural movimentando no qual diversos intelectuais se encontrar para comprar livros e debater suas obras favoritas com os amigos tomando um chá.

Mas depois da ocupação pelo ISIS, a área ficou em ruínas, com seus dias de glória literária caindo no esquecimento. Porém, quatro anos após a libertação da cidade, uma única livraria decidiu se reerguer ali, a Maktaba al-Sham, cujo proprietário Daud Salim teve coragem de voltar e continuar o trabalho que tanto ama, se tornando um verdadeiro sinal de resiliência.