6 fatos sobre Karl Lagerfeld, o estilista homenageado pelo Met Gala

02/05/2023 às 10:003 min de leitura

O tradicional baile beneficente Met Gala, realizado no dia 1 de maio em Nova York, teve como tema "Karl Lagerfeld: A Line of Beauty", fazendo uma homenagem ao famoso estilista alemão, que faleceu em 2019. 

Mas quem foi Lagerfeld e qual é a sua importância para a história da moda? Neste texto, compartilhamos seis fatos curiosos sobre a vida e a obra deste icônico profissional.

1. Ele entrou para a moda após vencer um concurso em 1954

Keystone/Hulton Archive(Fonte: Keystone/Hulton Archive/Getty Images)

Karl Otto Lagerfeld se mudou em 1952 para Paris com o sonho de se tornar estilista. Quando ele tinha apenas 17 anos, entrou um concurso chamado The Fashion Design Competition, que era realizado pela International Wool Association.

Ele acabou vencendo o concurso na categoria "casaco", que tinha como júri os já celebres costureiros Pierre Balmain e Hubert de Givenchy. Além do prêmio, o novato teve a honra de ter seu modelo de casaco produzido pela Balmain – que, ainda por cima, contratou Karl como assistente.

2. Ele "inaugurou" a carreira freelancer para os estilistas

KEYSTONE-FRANCE/Gamma-Rapho(Fonte: KEYSTONE-FRANCE/Gamma-Rapho/Getty Images)

Lagerfeld foi um dos primeiros estilistas a trabalhar como profissional freelancer, sem conexões com somente um único ateliê de moda. Embora esta seja uma prática comum hoje, em 1962 não acontecia com muita frequência.

Com esta atitude, sua carreira deu um salto. Ele criou roupas e acessórios para estilistas e marcas célebres como Mario Valentino, Chloé e o sapateiro Charles Jourdan.

3. Seu trabalho na Chanel o tornou verdadeiramente famoso

(Fonte: Vin Voy)(Fonte: PIERRE GUILLAUD/AFP/Getty Images)

O estilista colaborou com muitas empresas. Mas, sem dúvida, se tornou realmente célebre quando começou a trabalhar com a Chanel em 1983, quando Karl Lagerfeld produziu sua primeira coleção de alta costura para a famosa marca francesa.

De certa forma, Lagerfeld salvou a Chanel da falência ao ajudar a modernizar a marca. Basicamente, ele pegou os modelos clássicos da Chanel – baseados, por exemplo, nos cortes tradicionais da alfaiataria – e passou a agregar uma estética mais arrojada às roupas, como estampas tweed que remetiam ao xadrez do grunge, dos anos 1990.

Ele ainda passou a destacar o monograma da Chanel em acessórios como cintos e marcas, criando as icônicas e conhecidas bolsas, por exemplo, que fizeram um grande sucesso – e ainda fazem.

4. Ele tinha vários outros interesses e talentos

Karl Lagerfeld(Fonte: Karl Lagerfeld/Reprodução)

A faceta estilista de Karl Lagerfeld pode ter sido a mais famosa, mas ele teve vários outros interesses profissionais. Era reconhecido, por exemplo, como um excelente fotógrafo e chegou a registrar vários editoriais de moda para revistas como Interview e British Vogue.

Ele também atuava na ilustração. Criou desenhos para uma edição do livro A Roupa Nova do Imperador, de Hans Christian Andersen, e elaborou figurinos para o La Scala de Milão, a Ópera de Florença e o Monte Carlo Ballet. O estilista também publicou livros de dieta.

5. Ele colaborou com marcas de fast fashion

Pascal Le Segretain/Getty(Fonte: Pascal Le Segretain/Getty Images)

Hoje, é relativamente comum que grandes estilistas façam coleções especiais para marcas de fast fashion, mais acessíveis à maior parte da população. Mas Karl Lagerfeld foi um pioneiro neste ramo, quando, em 2004, criou uma coleção para a loja H&M.

A coleção tinha 30 peças e, no seu lançamento, gerou uma fila enorme nas lojas, fazendo com que os produtos se esgotassem em poucos minutos. Isso abriu as portas para que outros designers, como Balmain e Moschino, também fizessem parcerias deste tipo nos anos seguintes.

6. Ele expressou diversos preconceitos em sua vida

Vittorio Zunino Celotto/Getty(Fonte: Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)

Mas nem tudo é louvável na história do estilista alemão. Durante sua vida, ele expressou vários posicionamentos que foram considerados preconceituosos. Um caso ocorreu em 2018, quando, no auge do movimento #MeToo, ele fez declarações que foram consideradas machistas e contrárias aos interesses das mulheres.

Quando um estilista britânico chamado Karl Templer foi acusado de puxar com força a roupa íntima de uma modelo, e de tocar as partes íntimas de outras duas, Karl declarou: "se você não quer que suas calças sejam puxadas, não se torne uma modelo. Entre para um convento, sempre terá lugar para você lá. Eles estão até recrutando."

Lagerfeld também foi acusado de ser gordofóbico. Em 2005, ele lançou um livro sobre a dieta que havia feito para emagrecer. Na obra, o estilista apontou a moda como a "mais saudável motivação para emagrecer". Noutro momento, Lagerfeld falou que era ruim que as marcas desses espaço a modelos acima do peso, comparando-as a "mães gordas com seus sacos de batatas fritas sentadas na frente da televisão e dizendo que modelos magras são feias."

Sobre a cantora Adele, ele declarou em 2012 que ela era "um pouco gorda demais, mas tem um rosto bonito e uma voz divina". Em seguida, pediu desculpas.

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