Ciência
28/06/2023 às 04:00•2 min de leitura
Ao longo da história humana, diversos mistérios foram aparecendo por todas as partes do planeta. Enquanto uma boa parcela deles permanece até hoje sem solução, existem casos específicos dados como solucionados — seja essa solução rápida ou após centenas, ou milhares, de anos.
Inclusive, a chave para solucionar um mistério costuma ser muita insistência e resiliência, apesar da garantia de satisfação completa no fim do caso. Ficou curioso para saber sobre o que estamos falando? Veja só essa lista com cinco grandes mistérios tidos como "solucionados" pela humanidade!
(Fonte: Wikimedia Commons)
De acordo com a Universidade de Manchester, o primeiro fóssil do réptil ictiossauro, ou Ichthyosaurus communis, foi encontrado no século XIX e descrito como representante de uma espécie em 1821. Um ano depois, três novas espécies adjacentes foram descritas com mudanças na forma e estrutura de seus dentes.
A terceira espécie, Ichtyosaurus intermedius, foi vista como distinta, mas "estreitamente relacionada" com o Ichtyosaurus communis. Foi somente em 1970 que o pesquisador Chris McGowan levantou a possibilidade das duas espécies serem, na verdade, uma só. Como existiam muitos fósseis perdidos e falta de ilustrações dos espécimes, as primeiras pesquisas causaram muita confusão.
(Fonte: GettyImages)
O uso de perfumes é algo presente na humanidade desde a época dos antigos egípcios. Gregos e romanos não apenas seguiram o exemplo, como passaram a produzir as fragrâncias em escalas industriais. Contudo, embora muitos recipientes de perfume tenham sido descobertos, nenhum deles revelava a essência dos aromas usados antigamente.
Esse mistério permaneceu sem solução até que uma equipe de pesquisadores da Universidade de Córdoba encontrou um frasco de perfume antigo bem preservado em um mausoléu romano em Sevilha, na Espanha. Análises em laboratório indicaram que os perfumes provavelmente tinham aroma de patchouli, uma flor conhecida por seu cheiro terroso e amadeirado.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Uma escavação arqueológica feita pela Universidade Hebraica de Jerusalém encontrou uma inscrição diferente em um pente antigo. Ao todo, 17 letras que formavam sete palavras foram identificadas. Por muito tempo, tal idioma foi ignorado pelos pesquisadores.
Contudo, foi posteriormente revelado que a inscrição trazia traços da língua cananeia em Israel. Os antigos cananeus eram um povo mencionado no Antigo Testamento e em obras históricas do judaísmo. Segundo estudos, esse alfabeto era usado nas atividades diárias há cerca de 3,7 mil anos.
(Fonte: GettyImages)
Por muito tempo, o fato de obras como os aquedutos romanos permanecerem intactos milhares de anos após suas construções era um grande mistério. Ao examinar microscopicamente o concreto do sítio arqueológico de Privernum, perto de Roma, pesquisadores determinaram que o material usado pelos povos antigos era reforçado com clastos de cal.
Isso permitia ao cálcio do concreto preencher rachaduras, criando um mecanismo de "autocura". Como próximo passo das pesquisas, a ideia é conseguir replicar essa técnica para disponibilizá-la comercialmente — aumentando a qualidade das estruturas modernas.
(Fonte: GettyImages)
Em 1980, o arqueólogo amador Nicholas Clapp pediu à NASA, agência espacial dos Estados Unidos, que usasse o radar a bordo do ônibus espacial Challenger para procurar sinais da cidade perdida de Ubar, que era mencionava algumas vezes na Bíblia e também no Alcorão.
Como resultado, Ubar foi localizada no meio do Omã. A cidade, que era cercada por muralhas e torres, havia sido engolida por uma fenda gigante. Clapp concluiu que o território encontrado correspondia a muitas passagens dos textos sagrados e contestou a veracidade da existência daquele lugar.
O desmoronamento de sua fundação de calcário teria feito com que Ubar caísse no poço de Wabar e desaparecesse do mapa. No passado, a cidade servia como uma fortaleza onde os mercadores de incenso se reuniam para negociar.