Estilo de vida
29/07/2023 às 05:00•2 min de leitura
Pode parecer improvável de acontecer, mas relíquias de valor inestimável, sejam elas estátuas, cartas ou mesmo outros artefatos, podem estar escondidas nos locais mais improváveis, incluindo museus.
Apesar de inusitado, essa foi a realidade de alguns objetos redescobertos pelo do mundo nos últimos anos. Confira, agora, quatro delas!
(Fonte: C. Fritz/G. Tosello/Science Advances/Reprodução)
Parte do inventário do Museu de História Natural de Toulouse, na França, essa concha rendeu uma descoberta inesperada após permanecer esquecida por décadas. Tudo isso porque, num primeiro momento, pesquisadores acreditaram que o objeto seria uma xícara danificada usada para compartilhar bebidas em cerimônias.
Análises posteriores, no entanto, revelaram que o artefato teria sido perfurado propositalmente, e ainda que um bocal, semelhante a um tubo, teria sido incluso. A partir disso, assumiram que se tratava de um instrumento de sopro, e mais do que isso, da concha musical mais antiga já descoberta. Acredita-se que ela tenha pertencido aos magdalenianos há 18.000 anos.
O Museu Arqueológico de Veroia, na Grécia, foi palco de um grande acontecimento em 2019, quando os profissionais que trabalhavam no local foram realizar o balanço de um de seus depósitos. E o que encontraram escondido em seu interior foi nada mais e nada menos que o busto do Rei da Macedônia, Alexandre, o Grande.
Além do nariz desgastado, ainda havia outros danos no material, incluindo manchas de argamassa — o que não impediu que a estátua permanecesse em bom estado de conservação. Acredita-se que a obra tenha sido criada 200 anos após a morte de Alexandre.
(Fonte: Field Museum/Reprodução)
Uma espada que estava em exposição no Field Museum, em Chicago, passou por um processo semelhante. Descoberta por volta de 1930 no Rio Danúbio, na cidade de Budapeste, o item era considerado uma réplica de um artefato da Idade do Bronze. Inclusive, acreditavam que ele teria sido produzido na era medieval.
Por sorte, em março deste ano, arqueólogos húngaros que conferiam o acervo da exposição First Kings of Europe desconfiaram que o item seria muito mais antigo. Assim, novas análises confirmaram que, na verdade, não se tratava de uma réplica, mas de uma espada de 3 mil anos produzida a partir da combinação de cobre e estanho.
Artefato estava escondido em caixa de charuto que tinha a bandeira do Egito ilustrada em sua tampa. (Fonte: Universidade de Aberdeen/Reprodução)
Um fragmento de madeira, descoberto em 1872, está entre os artefatos já recuperados de dentro da Grande Pirâmide do Egito. No entanto, o item que possivelmente fazia parte de uma régua de medição logo foi dado como desaparecido, e assim permaneceu por décadas. Uma pista encontrada em 2001 indicava que o fragmento teria sido doado à Universidade de Aberdeen, na Escócia, mas acabou sendo desconsiderada.
No final de 2020, uma curadora assistente da instituição descobriu o item escondido dentro de uma lata de charuto enquanto realizava a revisão dos inúmeros objetos presentes no local. Mas, afinal, como isso teria ocorrido? O contato entre o engenheiro Waynman Dixon e o médico James Grant, que exploraram juntos a Grande Pirâmide e realizaram a descoberta das relíquias, oferece a explicação para isso.