Ciência
26/09/2023 às 10:06•2 min de leitura
Muito do que imaginamos sobre o passado foi influenciado por obras de arte ou conceitos que já foram derrubados por pesquisas científicas. Ainda assim, alguns desses mitos persistem e continuam se espalhando, tornando-se verdades irrefutáveis na imaginação coletiva.
Por isso, decidimos publicar esta lista com alguns desses mitos sobre a antiguidade. Ainda que muito populares, lembre-se eles: não refletem a realidade do passado. Vamos conhecê-los?
(Fonte: Getty Images)
Sempre que falamos dos dinossauros vem à nossa mente a imagem de lagartos esverdeados gigantescos, como os que vimos nos filmes da franquia Jurassic Park, não é mesmo?
Acontece que os dinossauros não eram exatamente daquela forma. Pesquisas recentes afirmam que a maioria desses animais tinham penas e eram mais coloridos, lembrando os pássaros. Diversos fósseis de dinossauros chineses, que viviam na Terra há 160 milhões de anos, corroboram com essa hipótese.
(Fonte: Getty Images)
Historiadores afirmam que a ideia de que os gladiadores eram levados a lutar até a morte não é verdadeira. É claro que muitos desses lutadores morriam em combate, devido à violência da batalha, mas a morte deles não interessava aos seus senhores.
Em primeiro lugar, treinar um gladiador levava tempo e consumia recursos, logo, ver ele morrendo significava prejuízo. Além disso, quem organizava as batalhas alugava gladiadores. Caso os lutadores morressem, o locador deveria indenizar o dono dos escravos.
Então, ainda que uma plateia sanguinária desejasse ver essas pessoas se matarem em combate, nos bastidores outros indivíduos ficavam preocupados quando isso ocorria.
(Fonte: Getty Images)
Outro mito sobre os gladiadores é que eles tinham músculos bem-definidos, como os atletas atuais. Atualmente, existe muita pesquisa sobre alimentação e treinos. Naquela época, não.
Os gladiadores consumiam mais alimentos do que outros grupos de escravos, o que indica que as pessoas daquele período tinham uma noção básica de nutrição, mas, ainda assim, eles consumiam apenas os alimentos disponíveis da estação. A dieta deles era baseada em grãos, como a cevada.
Logo, eles acumulavam gordura, ainda que fossem atletas. Isso não era algo ruim. A gordura era uma forma de proteger o corpo dos golpes e de acumular energia. Sendo assim, é possível que muitos gladiadores tivessem uma barriguinha saliente em vez de um tanquinho trincado.
(Fonte: Getty Images)
A imagem das pirâmides egípcias é tão famosa que nem sempre nos lembramos de que o que vemos hoje são ruínas do passado. A verdade é que as pirâmides eram muito diferentes, a começar pela cor.
Quando inauguradas, as pirâmides eram brancas. Elas eram revestidas com pedras de calcário branco e polidas para que refletissem o sol. Durante o dia, não era fácil olhar para as pirâmides. Com o passar dos séculos, esse revestimento foi sumindo, dando lugar aos blocos amarelados que vemos hoje.
(Fonte: Getty Images)
Você já deve ter ouvido falar do mito da caixa de Pandora, né? Nele, Pandora, a primeira mulher do mundo, recebe uma caixa de Zeus. Nessa caixa estariam guardados todos os males do mundo. Pandora abre a caixa, deixando esses problemas escaparem. Ao tentar fechar o objeto, ela consegue prender apenas a esperança.
Acontece que historiadores argumentam que a tradução de Erasmo de Rotterdam, realizada no século XVI, continha um erro. O tradutor confundiu a palavra grega pythos com pyxis. A primeira se referia a um recipiente em que era colocado azeite. Já a segunda palavra significava caixa.
Então, Pandora não recebeu uma caixa de Zeus, mas um objeto similar a um jarro. Talvez, o termo certo seria “jarro de Pandora”, mas agora é tarde para tentar mudar isso, né?