Estilo de vida
11/09/2024 às 06:00•3 min de leituraAtualizado em 11/09/2024 às 06:00
A Segunda Guerra Mundial já foi registrada em inúmeras pesquisas, livros e documentários. Mesmo tendo sido um evento muito estudado, restam algumas lacunas ainda na compreensão do que teria ocorrido ao longo dessa guerra.
Isso é compreensível, se formos pensar que se trata de uma grande guerra complexa, que envolveu muitos países e seus interesses. Foram nada menos que 70 nações, 70 milhões de militares em batalhas e cerca de 17 milhões de mortes entre combatentes. De um lado, estavam os Aliados (União Soviética, Grã-Bretanha, França e Estados Unidos), e, do oposto, o Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Mas muitos países foram impactados, deixando várias dúvidas ainda em aberto.
Em 7 de dezembro de 1941, cerca de 200 aeronaves japonesas percorreram o espaço aéreo acima da base naval de Pearl Harbor, em Honolulu, Havaí. Esses aviões conseguiram destruir boa parte da frota americana que estava lá, incluindo 300 aviões, oito navios de guerra, 2.335 membros do serviço militar americano e 68 civis que morreram no ataque.
Esse ataque repercutia uma grande rivalidade e ressentimento entre Estados Unidos e Japão, que começou no final do século XIX, quando o Japão começou a se envolver em expansão colonialista e em guerras com a China e a Rússia.
Mas, ainda assim, não está totalmente claro o que motivou esse ataque das tropas japonesas, já que as forças americanas eram consideradas muito fortes: um recrutamento feito em 1940 fez com que o exército americano crescesse para quase 2,2 milhões de membros. E embora as tropas japonesas tenham feito um bom estrago, elas não conseguiram destruir tudo a ponto de enfraquecer de fato os Estados Unidos.
Alguns especialistas sugerem que as autoridades americanas sabiam do ataque a Pearl Harbor com antecedência, mas não conseguiram (ou não quiseram) fazer algo para reagir. Contudo, a versão oficial é que o presidente Franklin D. Roosevelt foi surpreendido pelo ataque japonês.
No entanto, a verdade é que as relações entre Estados Unidos e Japão estavam tensas há um bom tempo, e a postura de ambos os países se tornava cada vez mais agressiva. Essa tensão levou com que as Forças Armadas dos EUA adotassem a Força Totalmente Voluntária, para recrutar soldados.
Além disso, as autoridades japonesas deram alertas militares aos Estados Unidos pelo menos em três ocasiões: 16 de outubro, 24 de novembro e 27 de novembro de 1941. O almirante Husband E. Kimmel foi advertido pelo Japão para "executar uma implantação defensiva apropriada", mas, mesmo assim, houve pouca preparação para a defesa, resultando em um ataque com grandes consequências.
Os nazistas mantiveram um programa de armas bastante assustador, sendo responsável por ataques que destruíram Londres e outras cidades britânicas entre 1940 e 1941. Isso levou a relatos sobre a potência do míssil V-2, que depois se tornaria o primeiro míssil balístico guiado de longo alcance da história. Ele foi usado pela Alemanha nazista nas últimas fases da Segunda Guerra Mundial contra alvos britânicos e belgas como uma espécie de "arma de vingança".
Durante a década de 1940, havia muita preocupação com uma suposta máquina de guerra nazista. Mas até hoje há dúvidas se os alemães eram assim tão bem-sucedidos, uma vez que os mísseis frequentemente erravam o alvo e simplesmente caíam do céu, ou então miravam em áreas despovoadas.
De fato, parte da estratégia dessa guerra era fazer circular informações que não necessariamente correspondiam à realidade. Os alemães fizeram isso muito bem, o que não significava que eles não tivessem uma tecnologia assustadora.
Mas, ainda assim, o grande projeto nuclear nazista falhou. E por quê? Embora a Alemanha estivesse muito avançada cientificamente (os americanos constantemente buscavam incorporar cientistas e engenheiros nazistas em seus programas), os Estados Unidos conseguiram melhores resultados – vide, por exemplo, o fatídico ataque a Hiroshima.
A explicação ao fracasso nazista pode estar no fato de que refinar urânio e desenvolver armas com ele era extremamente complicado e demorado. Por isso, o governo nazista pode ter negligenciado o financiamento do programa nuclear até que fosse tarde demais, ou então desistido de investir por conta do valor que sairia tudo isso. Pode ter pesado também o fato que intelectuais alemães, como Albert Einstein, fugiram da Europa para evitar a perseguição antissemita, o que os levou a emprestar sua valiosa ajuda ao Projeto Manhattan americano.