Estilo de vida
15/09/2024 às 09:00•2 min de leituraAtualizado em 15/09/2024 às 09:00
Uma guerra é ganha com o uso de estratégia, preparação, liderança e bons equipamentos. Mas, ainda assim, muitas batalhas obtiveram certos resultados por conta de fatores que não podiam ser controlados por ninguém.
Por incrível que pareça, alguns conflitos bélicos já tiveram seus rumos definidos por conta de fatores de sorte – ou, se quiser usar um termo mais rebuscado, do destino. Foram momentos que nos lembram que, em meio ao caos de uma guerra, às vezes se consagra vencedor quem menos se espera.
Napoleão Bonaparte é dito como um dos maiores militares da história. Contudo, ele foi derrotado na Batalha de Waterloo, em 1815, pelo Duque de Wellington. E isso não se deveu exclusivamente ao brilhantismo do rival.
Acontece que, na manhã em que ocorreria a batalha, Napoleão estava sofrendo de fortes hemorroidas, o que o impedia de montar seu cavalo para inspecionar o campo, como fazia normalmente. Isso acabou prejudicando o desempenho das suas tropas.
Para completar, naquele dia, havia caído uma tempestade que fez com que o campo de batalha se transformasse num grande lamaçal. Por isso, Napoleão foi forçado a atrasar seu ataque até que o solo secasse, mas esse atraso trouxe vantagens aos seus rivais britânicos, que puderam se reunir. Quando a batalha recomeçou, os ataques franceses foram menos eficazes, o que ocasionou na derrota final do imperador.
Ocorrida em 1415, a Batalha de Azincourt foi um embate decisivo ocorrido na Guerra dos Cem Anos no norte da França, e resultou em uma das maiores vitórias inglesas durante a guerra. Na ocasião, o exército inglês, comandado pelo rei Henrique V, era superado em número pelas forças francesas.
Entretanto, no dia anterior à batalha, fortes chuvas tornaram o campo em um lamaçal. Por conta disso, os cavaleiros franceses, que usavam armaduras pesadas, tiveram dificuldades no ataque, já que o espaço estava escorregadio. Isso possibilitou que os arqueiros ingleses lançassem uma saraivada de flechas contra os opositores, retardando-os e por fim derrotando-os.
A Batalha da Grã-Bretanha foi um ponto de virada na Segunda Guerra Mundial, e seu resultado foi influenciado por um erro crucial por parte da Luftwaffe, a força aérea da Alemanha nazista. Os alemães queriam paralisar a Força Aérea Real britânica. Mas, durante um bombardeio, uma aeronave alemã lançou acidentalmente sua carga sobre Londres.
Os ingleses se revoltaram e retaliaram com um ataque a Berlim. Hitler então ordenou que a Luftwaffe mudasse seu foco dos campos de aviação para bombardear cidades britânicas, abrindo espaço para uma campanha que ficou conhecida como Blitz.
Acontece que foi um erro estratégico, pois a Força Aérea Real pode se recuperar e resistir ao ataque alemão, impedindo a invasão. O bombardeio acidental cometido pelos alemães provavelmente mudou os rumos da história.
Liderado por Kublai Khan, o Império Mongol foi uma das forças militares mais potentes da história. No fim do século XIII, ele conquistou territórios na Ásia e na Europa, e passou a focar na invasão do Japão. A primeira tentativa foi em 1274, quando foi recebida com forte resistência pelos samurais japoneses. Mas o que realmente protegeu o país foi um forte tufão que devastou a frota mongol.
Por isso, Kublai Khan resolveu esperar e só tentou uma nova invasão em 1281. Mas, mais uma vez, outro tufão atingiu a frota, aniquilando dois terços da força mongol. Não por acaso, os japoneses acreditavam que aqueles ventos teriam sido enviados por deuses para proteger o país.