Artes/cultura
15/03/2024 às 16:00•2 min de leituraAtualizado em 15/03/2024 às 16:00
O judaísmo, o cristianismo e o islamismo podem até parecer religiões extremamente distintas, mas elas têm muito em comum — ao menos mitologicamente falando. Adão, Abraão, Moisés e outras figuras importantes aparecem com destaque em suas escrituras, o que as tornam as três principais religiões abraâmicas.
E para a surpresa de muitos, essa mitologia também fala sobre algumas armas bem malucas e completamente poderosas. Pensando nisso, nós separamos uma lista com algumas delas!
A vitória de Davi sobre o gigante Golias é o arquétipo da história do oprimido. Nela, o jovem pastor confronta e mata, contra todas as probabilidades, o arrogante campeão filisteu. E se não bastasse o tamanho absurdo de Golias como vantagem, ele também portava uma espada muito poderosa.
No Midrash, o comentário da Torá, a espada de Golias tinha poderes milagrosos — embora não esteja totalmente claro quais eram. Alguns acham que ela mudava de tamanho para se adequar ao seu portador, enquanto outros acreditavam que ela concedia superforça para seu usuário.
Com a superforça concedida por Deus, Sansão, o último dos Juízes, era basicamente o Hércules hebreu. No Livro dos Juízes, diz-se que ele enfrentou mil filisteus inteiramente sozinho e, para começar, amarrado com cordas novas e fortes. Porém, para isso ele tinha uma poderosa arma: uma mandíbula de um burro.
Embora geralmente essa história seja interpretada como uma alegoria do poder da fé ou da justiça, esse maxilar deve ter sido forte para ter resistido a mil homens e potencialmente estaria encantado.
Matusalém, o homem mais velho da Bíblia, viveu até os 969 anos. De acordo com a tradição judaica, isso ocorreu nos primeiros dias da humanidade, em algum momento entre Adão e Noé. Para lidar com os perigosos filhos de Adão com Lilith — demônios e súcubos — Matusalém foi presenteado por Deus com uma espada mágica.
Gravada com um dos nomes sagrados do Criador, a arma foi forjada para matar seres malévolos. E foi com ela que Matusalém teria matado 900 mil demônios de uma vez só.
Na "Bíblia hebraica", ou Tanakh, a história de Uzá tem uma mensagem muito clara: "Olhe, mas não toque". Isso era uma referência à Arca da Aliança, que era transportada para Davi quando um de seus bois tropeçou e ameaçou derrubar a carga. Uzá estendeu a mão para firmá-la e foi imediatamente morto por desafiar a lei de Deus.
Alguns pesquisadores argumentam que a Arca, embora de madeira, era forrada e revestida de ouro e funcionava basicamente como uma enorme jarra de Leyden, uma espécie primitiva de capacitor — um dispositivo capaz de armazenar energia elétrica. Então, ela teria acumulado eletricidade estática da terra e do ar, bem como calor dos sacrifícios, possivelmente atingindo níveis mortais. Nesse sentido, Uzá não teria sido ferido por Deus, mas eletrocutado.
O cajado usado por Moisés era mais do que apenas um bastão. Ao longo do Êxodo, ele também servia como "o bastão de Deus", um instrumento de milagres e um símbolo do status de Moisés. De acordo com a tradição oral judaica, o cajado era tão antigo quanto o próprio mundo. Ele teria sido um dos 10 itens "maravilhosos" criados por Deus na noite anterior ao seu dia de folga.
Ele teria sido primeiramente confiado a Adão e foi repassado até chegar em Moisés, que o usou para abrir o Mar Vermelho enquanto conduzia os judeus para fora do Egito. Tecnicamente, o cajado não é visto como uma arma, mas é certo que seus poderes milagrosos são completamente notáveis.