Ciência
13/09/2023 às 06:30•2 min de leitura
As histórias envolvendo espionagem costumam ser muito emocionantes. Elas levam ao público casos que descrevem perseguições, estratégias criativas, desvendamento de segredos e mistérios, escutas e interceptações de informações sigilosas.
Só que talvez você não saiba que, desde o mundo antigo, os seres humanos realizam várias formas de espionagem. Neste texto, você confere as histórias mais longínquas envolvendo este tipo de bisbilhotice profissional!
(Fonte: Getty Images)
A própria Bíblia compartilha certos trechos de casos em que pessoas foram mandadas para espreitar a vida alheia. No Livro dos Números, conta-se que Moisés enviou 12 espiões para explorar a terra de Canaã, que Deus havia prometido aos israelitas. Inclusive, há um momento no texto que deixa claro que o próprio Deus havia orientado Moisés a fazer isso.
Os homens vão e descobrem que, neste terra, há leite, mel e frutas exuberantes, mas também notam que as cidades são muito fortes. Os espiões então voltam e dizem aos israelitas que as pessoas que moram lá são gigantes e que não vale a pena invadir o local. Mesmo assim, os locais se rebelam contra Moisés e ameaçam voltar para o Egito.
Deus, então, faz também uma ameaça: a de matar todos os israelitas. Mas Moisés, por fim, consegue acalmá-lo. Deus então muda de ideia e os pune a vagar pelo deserto por 40 anos.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O autor grego Heródoto compartilhou a história de Histieu, um tirano da cidade de Mileto que teria desenvolvido um método bem inovador para escrever cartas secretas. Quando Histieu começou a temer que suas terras fossem retiradas, ele começou a organizar um motim para tomar o poder. Para isso, resolveu mandar mensagens para seus aliados. Só que as cartas acabaram sendo interceptadas.
Então, ele bolou uma forma bem engenhosa. Histieu pegou um dos seus escravos, cortou seu cabelo e tatuou uma mensagem na sua cabeça. Em seguida, esperou que o cabelo crescesse novamente, e enviou o sujeito até os destinatários. A carta foi lida e ajudou a desencadear a revolta jônica, o primeiro grande conflito entre a Grécia e o Império Persa.
(Fonte: Wikimedia Commons)
É provável que você já tenha ouvido falar do livro A Arte da Guerra, escrito durante o século V a.C. por Sun Tzu. A obra influenciou inúmeros políticos, mas o que nem todo mundo lembra é que, ao final da obra, ele descreve a melhor forma como um estrategista pode usar espiões.
Sun Tzu descreve cinco tipos de espiões: o local, o interno, o reverso, o morto e o vivo. As explicações são bem interessantes: o local é aquele contratado em uma cidade inimiga. Os internos são membros da força armada inimiga que podem ser subornados. O reverso é quando um espião do outro lado é capturado e convencido a trabalhar para você. O vivo é quando você envia um aliado para capturar informações em outro território.
Já o espião morto é o mais curioso: ele sugere que você coloque informações falsas no cadáver de uma pessoa para que o inimigo as encontre. E pasme: essa estratégia foi usada com sucesso na Segunda Guerra Mundial pelos britânicos.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O comandante persa Artabazo achou uma maneira inteligente de espionar. Durante o cerco de Potideia, em 480 a.C., ele tentou conseguir ajuda de um traidor mandando uma flecha com uma mensagem. Contudo, a flecha atingiu o ombro de alguém e a conspiração foi descoberta.
Em outros momentos, a estratégia foi utilizada novamente. Quando o político Quinto, irmão do pensador Cícero, estava em Gália, ele tentou mandar uma mensagem para César. Quinto então teve a ideia de escrever a carta e colocá-la na haste de um dardo para enviar até seu aliado. Deu certo, pois César respondeu e eles finalmente conseguiram elaborar um plano.