Ciência
15/11/2024 às 17:00•2 min de leituraAtualizado em 15/11/2024 às 17:00
O desastre do RMS Titanic em 1912 é um dos episódios mais tristes e famosos da história marítima. Embora o iceberg seja apontado como o principal culpado, existem vários outros fatores fundamentais para a magnitude da tragédia.
Conheça seis razões que contribuíram para tornar o naufrágio em um desastre sem precedentes.
Normalmente, quando o mar está agitado, é mais fácil detectar sinais de gelo na água, já que as pequenas ondas e o movimento do mar refletem a luz de forma diferente. Mas, naquela noite, o mar estava tão calmo que não havia esse tipo de alerta natural. Isso significa que a tripulação teve menos tempo para perceber o iceberg e reagir a tempo.
O Titanic foi projetado com o que se acreditava serem materiais da mais alta qualidade para a época. No entanto, uma investigação posterior revelou que os rebites utilizados nas placas de aço eram de ferro de baixa qualidade, mais fracos e menos resistentes, e quebraram facilmente sob o impacto do iceberg.
Em vez de um simples rasgo, o impacto causou uma série de fissuras e rupturas ao longo do casco. Isso permitiu que a água se espalhasse rapidamente, inundando os compartimentos do navio e dificultando qualquer tentativa de salvamento.
Quando o iceberg finalmente foi avistado, o primeiro oficial do Titanic, William Murdoch, tomou uma decisão de última hora para tentar desviar o navio. Ele ordenou que as hélices fossem invertidas e que o timão fosse girado, mas isso aconteceu tarde demais, pois o navio já estava perto do iceberg. Mesmo com os esforços de Murdoch, o impacto não pôde ser evitado.
Um detalhe que pode parecer pequeno, mas teve grande impacto no desastre, foi a falta de binóculos nas vigias. O oficial que deveria entregar as chaves do compartimento onde os binóculos estavam guardados foi transferido pouco antes da viagem.
Como resultado, os vigias não tinham acesso ao equipamento essencial que poderia ter ajudado a detectar o iceberg a uma distância maior.
O Titanic estava navegando a 40 km/h, uma velocidade muito alta para as condições do mar. O capitão e os oficiais estavam tentando fazer a travessia o mais rápido possível, mas isso acabou sendo uma das causas principais do desastre.
Ao manter o navio a essa velocidade, a tripulação teve menos tempo para reagir quando o iceberg foi avistado.
Após a colisão com o iceberg, o Titanic começou a enviar sinais de socorro, mas muitos desses sinais foram ignorados ou não recebidos com a devida urgência. O capitão do Californian, que estava a cerca de 20 quilômetros de distância, ignorou os pedidos de ajuda e não fez nada para salvar os passageiros do Titanic.