Artes/cultura
30/07/2024 às 12:00•2 min de leituraAtualizado em 30/07/2024 às 12:00
As pirâmides são um testemunho da engenhosidade e habilidade dos antigos egípcios, e fascinam historiadores e turistas por gerações. Construídas há milhares de anos, essas maravilhas arquitetônicas continuam a levantar perguntas sobre seu propósito, construção e, principalmente, sua idade. A ciência moderna tem desvendado muitos desses mistérios, proporcionando uma visão clara e detalhada da história dessas estruturas magníficas.
A construção das pirâmides tem várias teorias, desde trabalhadores escravos até seres extraterrestres. No entanto, essa crença popular, frequentemente retratada em filmes e livros, está longe da verdade. As evidências arqueológicas revelam que elas foram, na verdade, erguidas por trabalhadores qualificados e bem tratados.
Escavações na década de 1990 em torno das pirâmides descobriram restos de ossos de animais que indicavam que esses trabalhadores consumiam carne nobre, um luxo inacessível aos escravos. Além disso, foram encontrados quartéis bem equipados e restos mortais de trabalhadores que mostravam sinais de tratamento médico, uma evidência que esses construtores não eram escravos, mas sim trabalhadores respeitados e compensados por seus esforços.
As pirâmides não foram construídas ao mesmo tempo. A Pirâmide de Djoser, localizada na necrópole de Sacará, é considerada a primeira construída no Egito. Ela foi erguida durante o reinado do faraó Djoser, entre 2670 e 2650 a.C. e, ao contrário de outras estruturas antigas, nunca foi "perdida" no tempo, permanecendo sempre visível e estudada por diversos arqueólogos ao longo dos anos.
Após a construção da Pirâmide de Djoser, surgiu a Grande Pirâmide de Gizé, dedicada ao faraó Quéops por volta de 2575 a.C. Sua imensa estrutura foi construída com cerca de 2,3 milhões de blocos de calcário e granito. No mesmo complexo, encontra-se a Pirâmide de Quéfren, conhecida por sua associação com a Grande Esfinge, e a Pirâmide de Miquerinos, a menor das três, notável pela qualidade dos materiais, como os blocos de granito transportados de Assuã.
Apesar de sua antiguidade, as pirâmides do Egito sobreviveram a milênios de mudanças climáticas e tentativas de destruição. Um exemplo notável é a tentativa fracassada do sultão Al-Aziz Uthman no final do século XII de desmantelar a Pirâmide de Miquerinos. As tentativas foram abandonadas devido à dificuldade de desmontar as pedras extremamente duras e a engenharia sofisticada das pirâmides.
Com suas histórias fascinantes e técnicas de construção avançadas, as pirâmides egípcias continuam a ser um testemunho da engenhosidade humana. Além de abrigar os restos mortais dos faraós, essas construções também são um exemplo da rica história de um povo que viveu há milhares de anos. Os esforços sistemáticos para preservar e estudar as pirâmides são fundamentais para garantir que essas maravilhas antigas continuem a inspirar e educar futuras gerações.