Ciência
12/11/2024 às 06:00•2 min de leituraAtualizado em 12/11/2024 às 06:00
A imagem dos vikings como guerreiros brutais e impiedosos está tão enraizada na cultura popular que é difícil imaginar esses nórdicos sem suas lâminas afiadas, capacetes de chifre e ataques sem piedade.
Mas, em vez de apenas acreditar no que vemos em filmes e livros, é interessante questionar: os vikings eram realmente tão violentos ou estamos apenas alimentando um mito?
A Era Viking, que durou de 793 a 1066 d.C., foi marcada por guerras, invasões e, muito provavelmente, escravidão, mais comum do que gostaríamos de admitir. Mas, por mais que os vikings fossem famosos por suas incursões violentas, há muita mais história por trás do que apenas a imagem de saqueadores impiedosos.
Um dos primeiros ataques que colocou os vikings na história foi o saque ao mosteiro de Lindisfarne, na Inglaterra, em 793 d.C. Por que os vikings escolheram o mosteiro? Bem, além de serem locais riquíssimos, os mosteiros eram lugares mal defendidos e cheios de tesouros fáceis de pegar.
O que realmente jogou combustível na chama da má reputação viking foi que eles eram pagãos e seus alvos, cristãos. Isso fez com que seus ataques fossem vistos como particularmente “abomináveis”. Além disso, muitas dessas histórias eram escritas pelos próprios cristãos, que os viam como uma espécie de castigo divino.
Ao longo dos séculos, a violência dos vikings ganhou um status quase mítico. Mas, se pararmos para olhar a história, veremos que não eram só eles que gostavam de uma boa batalha. Outros grupos, como os sarracenos, os húngaros e até os francos, também tinham suas próprias "expedições" militares por toda a Europa medieval.
Os sarracenos, por exemplo, atacaram partes da França e Itália com ferocidade, enquanto os húngaros invadiam a Baviera, na Alemanha. E claro, Carlos Magno, o famoso imperador, travou guerras cruéis contra os saxões, com massacres em massa e pilhagens.
A grande diferença para esses outros grupos é que os vikings não tinham um estado formal, como os francos ou o Império Bizantino. Eles eram mais como piratas — não tinham um país nem um rei —, e, por isso, eram vistos como mais selvagens e imprevisíveis.
Então, não resta dúvida que os vikings participaram de saques e batalhas, mas eles não eram os únicos a fazer isso. Sua violência deve ser vista no contexto de uma Europa medieval cheia de conquistas, saques e guerras.