Artes/cultura
29/07/2024 às 20:00•2 min de leituraAtualizado em 29/07/2024 às 20:00
Desde a recente decisão do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de não concorrer a reeleição do cargo em 2024, surgiram diversas especulações sobre candidatos que poderiam substituí-lo. O nome mais cotado para o momento é o da então vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, mas a disputa permanece aberta.
Nas redes sociais, muitas pessoas se questionam: Barack Obama poderia concorrer à presidência novamente? A resposta mais curta é não. Obama está inelegível por conta da 22ª Emenda da Constituição dos EUA, que foi ratificada em 1951 em resposta à presidência sem precedentes de quatro mandatos de Franklin D. Roosevelt. Entenda mais sobre o caso.
Segundo a 22ª Emenda dos EUA, "nenhuma pessoa será eleita para o cargo de presidente mais de duas vezes, e nenhuma pessoa que tenha exercido o cargo de presidente por mais de dois anos de um mandato para o qual outra pessoa foi eleita será candidato ao cargo de presidente mais de uma vez". Com isso, a legislação norte-americana garante que ninguém que serviu dois mandatos será elegível novamente — mesmo após um intervalo.
O indicado democrata para substituir Biden deverá ser decidido durante a Convenção Nacional Democrata, marcada para acontecer em Chicago entre os dias 19 e 22 de agosto. Como o atual presidente não pode indicar um substituto, seus delegados deverão determinar o candidato do partido.
A saída de Joe Biden da corrida eleitoral se deu após o presidente demonstrar claros sinais de confusão em seus últimos discursos. Durante uma reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), por exemplo, Biden trocou os nomes de Putin e Zelensky — os presidentes de Rússia e Ucrânia, respectivamente. Além disso, durante um debate, o ex-candidato democrata também chamou seu concorrente Donald Trump de seu "vice-presidente".
Com a saída de Biden, alguns democratas estão otimistas pela possibilidade de rejuvenescer o partido, dando liberdade para que uma nova liderança surja. A primeira na lista parece ser a vice-presidente Kamala Harris, que entrou na história como a primeira vice-presidente mulher dos EUA. Caso fosse eleita, Harris também seria a primeira presidente mulher na história do país.
Além dela, outra mulher com grande influência no partido é Gretchen Whitmer, governadora do Michigan desde 1º de janeiro de 2019. Ela serviu anteriormente na Câmara dos Representantes de Michigan de 2001 a 2006 e no Senado do estado de 2006 a 2015, atuando como líder da oposição.
Em terceiro lugar, especialistas apontam para Gavin Newson, o 40º governador da Califórnia desde 7 de janeiro de 2019. Anteriormente, ele havia servido como vice-governador do estado e também como prefeito de São Francisco. Em meio ao caos democrata, quem parece sair favorecido com a situação é o candidato republicado para as eleições de 2024 Donald Trump, que pode acabar voltando ao cargo de presidente após sua última passagem em 2021.