Imagem de Estudo afirma ser possível viagens através de buracos de minhoca no megacurioso

A diferença de tempo entre quem vai e quem fica pode ser o maior impeditivo à jornada

<p>Dentre todas as estruturas existentes no Cosmos, buracos de minhoca (ou pontes de Einsten-Rosen) acendem a imagina&ccedil;&atilde;o dos entusiastas da <a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/" target="_blank" title="Ci&ecirc;ncia">ci&ecirc;ncia</a>, da tecnologia e (claro) da fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica: eles seriam o atalho para explorar a gal&aacute;xia, o Universo, o quadrante Delta. Um estudo de dois pesquisadores acenou para a possibilidade de essas estruturas existirem e serem "percorr&iacute;veis&rdquo; &ndash; sim, por humanos.</p>
<p>H&aacute; uma trilha de &ldquo;ses&rdquo; at&eacute; a entrada de um buraco de minhoca est&aacute;vel e grande o suficiente para deixar passar uma nave. Isso porque a Teoria Geral da Relatividade n&atilde;o comporta a exist&ecirc;ncia de tais passagens &ldquo;percorr&iacute;veis&rdquo; (buracos de minhoca n&atilde;o seriam est&aacute;veis, pois desmoronariam muito rapidamente, antes que qualquer coisa o atravessasse). Contudo, no que a&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/fisica/" target="_blank" title="F&iacute;sica">f&iacute;sica</a> tradicional n&atilde;o consegue resolver, a f&iacute;sica qu&acirc;ntica d&aacute; um jeito.</p>
<p>Para o f&iacute;sico Juan Maldacena, do Instituto de Estudos Avan&ccedil;ados, a exist&ecirc;ncia de uma f&iacute;sica al&eacute;m do chamado Modelo Padr&atilde;o implica que haja n&atilde;o apenas de buracos de minhoca, mas estruturas grandes e seguras o suficiente para serem percorridas por viajantes humanos.</p>
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<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 69.8113%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/i8tW6L6?media=1" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
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<p>Maldacena &eacute; o f&iacute;sico te&oacute;rico que, em 1997, prop&ocirc;s o princ&iacute;pio segundo o qual o Universo &eacute; um holograma. Essa ideia, chamada de Princ&iacute;pio Hologr&aacute;fico, permitiu explicar inconsist&ecirc;ncias entre a f&iacute;sica qu&acirc;ntica e a gravidade de Einstein, bem como proporcionar uma base s&oacute;lida para a teoria das cordas.</p>
<h2>Mat&eacute;ria ex&oacute;tica</h2>
<p>Segundo Maldacena e o outro autor do estudo, o astrof&iacute;sico&nbsp;Alexey Milekhin, da Princeton University, buracos de minhoca "percorr&iacute;veis" existem sob condi&ccedil;&otilde;es muito especiais. Se reais, eles se abrem e se fecham quase ao mesmo tempo. O que os manteria abertos e est&aacute;veis seria algo cuja exist&ecirc;ncia &eacute; questionada pela f&iacute;sica: a massa negativa, uma mat&eacute;ria ex&oacute;tica com propriedades tamb&eacute;m ex&oacute;ticas.</p>
<p>Aqui entra a f&iacute;sica qu&acirc;ntica: o princ&iacute;pio da incerteza permite que o v&aacute;cuo do espa&ccedil;o seja preenchido por pares de part&iacute;culas e antipart&iacute;culas virtuais, que aparecem espontaneamente e existem por apenas um curto per&iacute;odo antes de se aniquilarem. Por&eacute;m, algumas delas podem ter energia negativa &ndash; ligada &agrave; exist&ecirc;ncia da massa negativa.</p>
<p>Essas part&iacute;culas podem viajar pelo espa&ccedil;o, entrando por um lugar e emergindo em outro, o que implica que a energia que elas geram pode sustentar a exist&ecirc;ncia de um buraco de minhoca est&aacute;vel entre pontos no espa&ccedil;o-tempo.</p>
<h2>Estreitos e curtos</h2>
<p>Mais um problema: eles deixariam passar part&iacute;culas, n&atilde;o uma nave, e seriam pequenos em extens&atilde;o. Para um ser humano atravess&aacute;-lo, um buraco de minhoca precisaria ser grande, o que requer o emprego da f&iacute;sica al&eacute;m do Modelo Padr&atilde;o.&nbsp;</p>
<p>Aqui entra o modelo Randall-Sundrum II (ou teoria da geometria deformada em cinco dimens&otilde;es), complicado o suficiente para que n&atilde;o nos aprofundemos no assunto. Basta dizer que, com ele, tem-se a energia negativa necess&aacute;ria para manter aberto um buraco de minhoca.</p>
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 42.1875%;"><video width="300" height="150" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" autoplay="autoplay" loop="loop" muted="" poster="https://thumbs.gfycat.com/EveryPleasantBelugawhale-mobile.jpg">Your browser does not support HTML5 video.<source src="https://thumbs.gfycat.com/EveryPleasantBelugawhale-mobile.mp4" type="video/mp4"></video></div>
<p>Resolvido um problema, resta outro: atravessar buracos de minhoca est&aacute;veis provocaria a dilata&ccedil;&atilde;o do tempo.</p>
<p>&ldquo;Para os astronautas passando pelo buraco de minhoca, levaria apenas 1 segundo do seu tempo para viajar 10 mil anos-luz de dist&acirc;ncia. Para o observador que permanece na entrada, ser&atilde;o 10 mil anos&rdquo;, explica Maldacena, apontando que isso &eacute; consistente com a Relatividade Geral de Einstein.&nbsp;</p>
<p>A dupla de pesquisadores diz que o estudo teve como objetivo mostrar que buracos de minhoca atravess&aacute;veis podem existir como resultado da "intera&ccedil;&atilde;o sutil entre a relatividade geral e a f&iacute;sica qu&acirc;ntica&rdquo;, e n&atilde;o necessariamente como uma forma pr&aacute;tica de viajar pelo espa&ccedil;o &ndash; pelo menos, n&atilde;o da forma como imaginamos.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177170-estudo-afirma-possivel-viagens-buracos-minhoca.htm">Estudo afirma ser possível viagens através de buracos de minhoca</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Estudo afirma ser possível viagens através de buracos de minhoca

Imagem de Manipulação do DNA é a base da nova revolução alimentar no megacurioso

Agrônomo brasileiro foi um dos primeiros pesquisadores a usar a técnica Crispr em tomates

<p>Em 2018, o mundo foi alertado sobre a extin&ccedil;&atilde;o da mais popular (e comercial) esp&eacute;cie de banana, dizimada por uma praga ainda sem nenhum controle. A fruta &eacute; apenas uma entre dezenas de esp&eacute;cies de plantas comest&iacute;veis cuja manipula&ccedil;&atilde;o humana deixou pelo caminho a variedade gen&eacute;tica &ndash; o que os cientistas est&atilde;o tentando recuperar com a ajuda da manipula&ccedil;&atilde;o dos genes atrav&eacute;s do Crispr, t&eacute;cnica em que uma enzima bacteriana &eacute; usada para editar sequ&ecirc;ncias de DNA.</p>
<p>Um dos expoentes na &aacute;rea &eacute; o agr&ocirc;nomo e bot&acirc;nico L&aacute;zaro Eust&aacute;quio Pereira Peres, especialista em fisiologia vegetal. Ele e sua equipe da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de S&atilde;o Paulo (Esalq-USP), em vez de tentar consertar mil&ecirc;nios de domestica&ccedil;&atilde;o, se voltaram para a esp&eacute;cie selvagem e, a partir da&iacute;, usaram a edi&ccedil;&atilde;o do DNA para recuperar algumas das melhores caracter&iacute;sticas do tomate.</p>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/30/30194558174014.jpg" alt="." /> <a class="fonte_imagem" href="https://www.nationalgeographic.com/environment/future-of-food/food-technology-gene-editing/">&nbsp;National Geographic/&Aacute;lvaro Vali&ntilde;o E Kelsey Nowakowski/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
<p>&ldquo;Combinamos caracter&iacute;sticas agronomicamente desej&aacute;veis com outras &uacute;teis, presentes em linhagens selvagens. Com a domestica&ccedil;&atilde;o, houve altera&ccedil;&atilde;o n&atilde;o somente na morfologia como no tamanho, no n&uacute;mero de tomates em cada ramo e no seu valor nutricional. As caracter&iacute;sticas ben&eacute;ficas das esp&eacute;cies selvagens, como resist&ecirc;ncia a doen&ccedil;as e toler&acirc;ncia ao estresse, foram perdidas&rdquo;, explica ele no estudo publicado na <em>Nature</em>.</p>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/30/30195711725019.jpg" alt="." /> <a class="fonte_imagem" href="https://www.nationalgeographic.com/environment/future-of-food/food-technology-gene-editing/">&nbsp;National Geographic/&Aacute;lvaro Vali&ntilde;o E Kelsey Nowakowski/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
<h2>Mais nutritivo e resistente</h2>
<p>Um dos primeiros resultados foi um tomate geneticamente modificado que produz 500% mais licopeno (um antioxidante celular) em rela&ccedil;&atilde;o ao tomate selvagem. Em dois anos, eles partiram de um tomate melhor, por&eacute;m min&uacute;sculo, para frutos tr&ecirc;s vezes maiores, com dez vezes mais tomates em cada ramo, e mantendo as mesmas caracter&iacute;sticas aprimoradas.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Alamy/Judith Flacke/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.alamy.com/stock-photo/lycopersicon-pimpinellifolium.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/30/30194717128015.jpg" alt="O tomate selvagem &eacute; resistente, mas min&uacute;sculo; foram precisos mil&ecirc;nios de sele&ccedil;&atilde;o humana para chegar ao fruto que consumimos hoje." /><span class="desc">O tomate selvagem &eacute; resistente, mas min&uacute;sculo; foram precisos mil&ecirc;nios de sele&ccedil;&atilde;o humana para chegar ao fruto que consumimos hoje.</span></span></p>
<p>Controlar os caminhos gen&eacute;ticos pode ser a chave para conseguir vegetais mais nutritivos e resistentes tanto a pragas como aos elementos, como o frio e a seca. Peres &eacute; um entre milhares de pesquisadores ao redor do mundo, em centenas de laborat&oacute;rios de pesquisa e desenvolvimento, trabalhando naquela que &eacute; considerada a pr&oacute;xima revolu&ccedil;&atilde;o alimentar.</p>
<p>A Crispr (acr&ocirc;nimo para Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats, ou Repeti&ccedil;&otilde;es Palindr&ocirc;micas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespa&ccedil;adas) est&aacute; sendo usada hoje desde no clareamento de cogumelos (que escurecem quando fatiados) &agrave; cria&ccedil;&atilde;o de gr&atilde;os de caf&eacute; sem cafe&iacute;na e trigo com n&iacute;veis reduzidos de gl&uacute;ten, passando pela sobreviv&ecirc;ncia de frutas altamente consumidas mundialmente, como a j&aacute; citada banana e o cacau, ambos atacados por pragas ainda sem rem&eacute;dio, cuja &uacute;nica cura &eacute; a incinera&ccedil;&atilde;o de toda a planta&ccedil;&atilde;o.</p>
<p style="text-align: center;"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/LwBUfB7hU6A" allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0"></iframe></p>
<h2>Arqueologia arb&oacute;rea</h2>
<p>A busca por ancestrais de alimentos est&aacute; acontecendo tamb&eacute;m em um canto id&iacute;lico da It&aacute;lia, pelas m&atilde;os da agr&ocirc;noma especializada em gen&eacute;tica Isabella Dalla Ragione &ndash; plantas que n&atilde;o sobreviveram &agrave; transi&ccedil;&atilde;o para a agricultura industrial, nos anos 1950, quando variedades que n&atilde;o cresciam rapidamente, tinham baixo rendimento ou n&atilde;o podiam ser colhidas mecanicamente foram abandonadas.</p>
<p>Isabella procurou em arquivos, campos abandonados e pomares de monast&eacute;rios &ndash; at&eacute; perceber que as melhores pistas estavam em museus e pal&aacute;cios italianos: afrescos e pinturas renascentistas como o quadro de Albrecht D&uuml;rera "Madonna e a crian&ccedil;a com a pera" &ndash; que &eacute;, na verdade, uma ma&ccedil;&atilde;.</p>
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<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 75%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/RfyG6DI?media=1" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
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<p>Depois de encontrar uma esp&eacute;cie perdida, a agr&ocirc;noma planta tr&ecirc;s amostras em sua fazenda; depois que elas frutificam, ela oferecer mudas no site da Archeologia Arborea, a organiza&ccedil;&atilde;o que fundou h&aacute; mais de 20 anos. &ldquo;Algumas dessas frutas est&atilde;o crescendo em lugares distantes como os EUA ou a Austr&aacute;lia&rdquo;, diz ela.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177160-manipulacao-dna-base-nova-revolucao-alimentar.htm">Manipulação do DNA é a base da nova revolução alimentar</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Manipulação do DNA é a base da nova revolução alimentar

Imagem de Com 1 bi de anos, núcleo da Terra é mais jovem do que se pensava no megacurioso

Estudo poderá ser usado para investigar por que outros planetas não têm magnetosferas

<p>"Por conta de seu n&uacute;cleo, a Terra &eacute; um planeta &uacute;nico em nosso sistema solar por ter um campo magn&eacute;tico, o que o tornou poss&iacute;vel ser habitado", disse ao site <em>Live Science</em> o geocientista Jung-Fu Lin, da Universidade do Texas. Ele &eacute; um dos autores do estudo que determinou a idade do n&uacute;cleo da Terra, e ele &eacute; mais jovem do que se pensava: 1 bilh&atilde;o de anos.&nbsp;</p>
<p>A magnetosfera foi o que permitiu o surgimento da vida como a conhecemos, impedindo que a radia&ccedil;&atilde;o do espa&ccedil;o bombardeasse a superf&iacute;cie. Ela &eacute; formada justamente no n&uacute;cleo, quando o ferro l&iacute;quido no interior da Terra resfria e se agita, criando o campo magn&eacute;tico que envolve o planeta.</p>
<p style="text-align: center;"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/o4FSg-90XlA" allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0"></iframe></p>
<p>Os processos de resfriamento e cristaliza&ccedil;&atilde;o do ferro liberam <a href="http://www.tecmundo.com.br/energia/" target="_blank" title="Energia">energia</a>, e foi isso que os pesquisadores mediram para estimar a idade do n&uacute;cleo interno, recriando em laborat&oacute;rio sua din&acirc;mica.</p>
<h2>Entre diamantes</h2>
<p>Um peda&ccedil;o de ferro de apenas seis m&iacute;crons de espessura (quase o tamanho de uma hem&aacute;cia) foi aquecido a 2.727&deg; C e, ent&atilde;o, esmagado entre dois diamantes &ndash; uma simula&ccedil;&atilde;o da temperatura e press&atilde;o do centro da Terra. A condutividade do ferro foi medida para o c&aacute;lculo do resfriamento t&eacute;rmico do n&uacute;cleo.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Universidade do Texas/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://arxiv.org/abs/2004.12035"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/31/31120216038154.jpg" alt="A amostra de ferro em temperatura e press&atilde;o ambientes (esquerda) e ao ser comprimida (&agrave; direita), emitindo energia." /><span class="desc">A amostra de ferro em temperatura e press&atilde;o ambientes (esquerda) e ao ser comprimida (&agrave; direita), emitindo energia.</span></span></p>
<p>&ldquo;A energia liberada no processo foi o que nos deu a idade do n&uacute;cleo interno da Terra&rdquo;, disse Lin. A taxa de perda de energia medida permitiu calcular quanto tempo levaria para o n&uacute;cleo s&oacute;lido chegar a seu tamanho atual: entre um a 1,3 bilh&atilde;o de anos.&nbsp;</p>
<p>Um trabalho publicado em 2015 que analisou <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152236-idade-campo-magnetico-terra-divide-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antigas rochas magn&eacute;ticas</a> revelou que a magnetosfera terrestre se fortaleceu subitamente h&aacute; cerca de 1,5 bilh&atilde;o de anos, o que condiz com os dados da nova pesquisa. "Nossos resultados podem ser usados para descobrir por que outros planetas no sistema solar n&atilde;o t&ecirc;m campos magn&eacute;ticos," conclui o pesquisador.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177155-1-bi-anos-nucleo-terra-jovem-pensava.htm">Com 1 bi de anos, núcleo da Terra é mais jovem do que se pensava</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Com 1 bi de anos, núcleo da Terra é mais jovem do que se pensava

Imagem de Terra perdeu 28 trilhões de toneladas de gelo em duas décadas no megacurioso

Derretimento da calota de gelo da Groenlândia é irreversível

<head></head><body><p>A perda de 28 trilhões de toneladas de gelo nos últimos 23 anos se reflete na situação da calota da Groenlândia, a segunda maior reserva de água doce do planeta: não há mais como <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151323-mudanca-climatica-degelo-antartica-groenlandia-6x-maior.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">deter seu derretimento</a>. Esses e outros dados estão contidos em dois estudos que apontam os efeitos do aquecimento global na criosfera do planeta.</p><p>Usando <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153122-nasa-usa-laser-satelites-medir-perda-gelo-polos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dados de satélites</a> sobre geleiras, glaciares e montanhas com gelo, pesquisadores das universidades de Leeds e Edimburgo e College London conseguiram quantificar o quanto de gelo o planeta perdeu entre 1994 e 2017.</p><p style="text-align: center;"><iframe src="https://www.youtube.com/embed/VbiRNT_gWUQ" allowfullscreen="" width="560" height="315" frameborder="0"></iframe></p><p>"Se nada mudar, o nível do mar deverá aumentar entre 60 cm e um metro, ao fim deste século – o que corresponde ao pior cenário previsto pelo Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Cada centímetro de elevação do nível do mar significa o deslocamento de um milhão de pessoas”, explicou o glaciologista e diretor do Centro de Modelagem e Observação Polar da Universidade de Leeds, Andy Shepherd.</p><h2>Menos gelo que se contava</h2><p>Segundo ele, “o que encontramos nos surpreendeu. Não pode haver dúvidas de que a perda de gelo da Terra é uma consequência direta do aquecimento do planeta”.</p><p>A pesquisa, publicada na revista <em>Cryosphere</em>, usou dados de outros trabalhos, entre eles o que de uma equipe internacional de pesquisadores, liderada pelo glaciologista suíço Matthias Huss, em 2019, que determinou a espessura do gelo e o avanço do derretimento de todos os glaciares do mundo (cerca de 215 mil), excetuando-se a Antártida e a Groenlândia.</p><p>O estudo apontou que eles guardam 158 bilhões de toneladas de gelo, mas boa parte pode sumir mais rapidamente do que se previa. Na chamada Alta Ásia (região que inclui o planalto tibetano e as montanhas da Ásia Central), há 27% menos gelo do que se supunha.</p><p>As conclusões da pesquisa condizem com as do IPCC: será em 2060, e não uma década mais tarde, que a cobertura de gelo na região chegará à metade do que é agora, o que reduzirá em até 24% o abastecimento de água de 600 milhões a 1 bilhão de pessoas até 2090.</p><h2>Ponto de não retorno</h2><p>A gigantesca perda da cobertura de gelo do planeta não é a única má notícia: a camada de gelo da Groenlândia pode <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/144501-aquecimento-global-transforma-geleiras-cachoeiras-groenlandia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">não mais se recuperar</a>. “O gelo que está se quebrando e caindo no oceano ultrapassou em muito a neve que se acumula na superfície do manto de gelo”, disse a geóloga e cientista planetária Michalea King, do Centro de Pesquisa Polar e Climática Byrd da Ohio State University e principal autora do estudo publicado na revista <em>Communications Earth and Environment.</em></p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Nationalmuseet /Geodatastyrelsen/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://earthobservatory.nasa.gov/images/84893/new-insight-from-old-snapshots-of-greenland"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/27/27191414993354.jpg" alt="A geleira de Sukkertoppen, na Groenlândia, em 1935 (acima) e 2013 (abaixo)."><span class="desc">A geleira de Sukkertoppen, na Groenlândia, em 1935 (acima) e 2013 (abaixo).</span></span></p><p>Quarenta anos de dados coletados por satélites mostraram que, mesmo se as temperaturas baixassem hoje, nem assim a perda de gelo da Groenlândia cessaria.&nbsp;</p><p>Entre 1980 e 2000, a perda anual de 450 bilhões de toneladas de gelo era compensada pela queda de igual quantidade de neve, conservando o manto da Groenlândia intacto. A partir daí, o derretimento subiu para 500 bilhões de toneladas de gelo anuais, não acompanhado pelo acúmulo de neve.&nbsp;</p><p style="text-align: center;"><iframe src="https://www.youtube.com/embed/xkxjyZmdJgg" allowfullscreen="" width="560" height="315" frameborder="0"></iframe></p><p>Se o nível dos oceanos subiu 15 cm no século 20, neste a velocidade aumentou: 3,6 milímetros todos os anos, e o ritmo está acelerando. Em 2019, o gelo derretido da Groenlândia foi responsável por fazer os oceanos subirem 2,2 milímetros em apenas dois meses.</p></body><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/176599-terra-perdeu-28-trilhoes-toneladas-gelo-duas-decadas.htm">Terra perdeu 28 trilhões de toneladas de gelo em duas décadas</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

thumb-image-2024-02-29T14:04:56.967Z

Terra perdeu 28 trilhões de toneladas de gelo em duas décadas

Imagem de Descoberta a anã branca 'vampira' mais veloz já observada no megacurioso

Comportamento bizarro pode dar origem a uma nova classe de estrelas

<p>Imagine uma estrela anã branca que suga o material de sua companheira, enquanto gira velozmente, sendo a mais rápida anã branca já encontrada. Mesmo não emitindo quase radiação de raios x, o sistema binário foi captado e estudado através de um modesto telescópio Zeiss, no Observatório do Pico dos Dias, entre Brazópolis e Piranguçu, em Minas Gerais.</p><p>Batizado de CTCV J2056-3014, o sistema binário está a 850 anos-luz. A pouca distância impede que as duas sejam vistas em separado; por isso, o estudo combinou dados em raios x captados pelo telescópio espacial XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia (ESA), com as informações do observatório brasileiro.</p><p>Foi possível determinar, com a variação do brilho registrado, o tempo que a J2056 leva para girar: 29,6 segundos. Existem poucas anãs brancas conhecidas com tempo de rotação abaixo de cem segundos, e a mais rápida até agora conhecida gira uma vez a cada 33 segundos.</p><p>A J2056 é uma estrela variável cataclísmica. Em um sistema binário, a companheira da estrela anã morre quando esgota seu combustível ou se aproxima demais de sua irmã. Quando isso acontece, a estrela anã começa a sugar sua companheira – o final será um flash de fusão nuclear, com a liberação massiva de energia, visível a anos-luz de distância.</p><h2>Nova classe de estrelas</h2><p>Segundo os astrônomos, as respostas para as bizarrices desse sistema binário podem inserir a J2056 em uma classe nova de estrelas variáveis cataclísmicas:</p><ul><li>O gás da estrela companheira poderia formar um disco de acreção ao redor da anã branca, mas não o faz, e não se sabe a razão disso.</li><li>A J2056 não está emitindo muita radiação de raios-X, o que também é atípico nesse tipo de sistema.</li><li>Além de a anã branca girar velozmente (não se sabe a razão), sua companheira não fica atrás: ela orbita a J2056 uma vez a cada 1,76 horas.</li></ul><p>"Esse estudo mostra que equipamentos modestos têm o seu lugar na pesquisa”, diz o astrofísico Albert Bruch, do Laboratório Nacional de Astrofísica.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/176508-descoberta-ana-branca-vampira-veloz-observada.htm">Descoberta a anã branca 'vampira' mais veloz já observada</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

thumb-image-2024-02-29T14:04:56.801Z

Descoberta a anã branca 'vampira' mais veloz já observada

Imagem de IA descobre 50 novos exoplanetas entre falsos positivos no megacurioso

É a primeira vez que um algoritmo acha e valida a descoberta

<p>Usando <a href="http://www.tecmundo.com.br/inteligencia-artificial" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intelig&ecirc;ncia artificial</a> para vasculhar os dados coletados pelos telesc&oacute;pios espaciais Kepler e Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), pesquisadores da Universidade de Warwick descobriram meia centena de exoplanetas escondidos entre os casos classificados como falsos positivos.</p>
<p>Um das maneiras mais usadas para se detectar exoplanetas em astronomia &eacute; no chamado m&eacute;todo de tr&acirc;nsito: basicamente, a luz captada de uma estrela &eacute; medida em busca do decaimento tempor&aacute;rio de seu brilho. Astr&ocirc;nomos procuram, entre os dados de telesc&oacute;pios, sinais que correspondam &agrave; passagem de um planeta em frente ao seu sol. Muitas vezes, esse processo gera falsos positivos causados por um sistema com duas estrelas, pela interfer&ecirc;ncia de outros objetos celestes ou mesmo por erros na c&acirc;mera do aparelho.</p>
<p>O que os pesquisadores dos departamentos de F&iacute;sica e de Ci&ecirc;ncia da Computa&ccedil;&atilde;o e do Alan Turing Institute fizeram foi treinar um algoritmo para distinguir sinais de constata&ccedil;&atilde;o para exoplanetas reais usando duas grandes amostras de planetas confirmados e de falsos positivos do <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/136330-telescopio-espacial-kepler-aposentado-adeus-terra.htm" target="_blank">observat&oacute;rio espacial Kepler, j&aacute; aposentado</a> pela <a href="http://www.tecmundo.com.br/NASA" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a>. Depois, o algoritmo peneirou as informa&ccedil;&otilde;es dos bancos de dados acumulados das ag&ecirc;ncias espaciais.</p>
<h2>Menos de 1%</h2>
<p>Verificando os milhares de candidatos a exoplanetas, a equipe de cientistas conseguiu reunir 50 novos planetas confirmados e validados via aprendizado de m&aacute;quina. Entre eles est&atilde;o desde corpos do tamanho de Netuno a mundos menores que a Terra, com &oacute;rbitas de 200 dias a apenas 1 dia.</p>
<p>Usar IA para procurar exoplanetas n&atilde;o &eacute; um feito in&eacute;dito; para validar a descoberta, sim.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;NASA/Ames Research Center/Daniel Rutter&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nasa.gov/press-release/earth-size-habitable-zone-planet-found-hidden-in-early-nasa-kepler-data"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/25/25180957393201.jpg" alt="O planeta Kepler-1649c foi originalmente classificado por um algoritmo como sendo um falso positivo." /><span class="desc">O planeta Kepler-1649c foi originalmente classificado por um algoritmo como um falso positivo.</span></span></p>
<p>"Em vez de apontarmos quais s&atilde;o os candidatos mais prov&aacute;veis de serem planetas, buscamos a probabilidade estat&iacute;stica precisa. Onde houver menos de 1% de chance de um candidato ser um falso positivo, ele &eacute; considerado um planeta validado. Esperamos aplicar essa t&eacute;cnica a grandes amostras coletadas por miss&otilde;es atuais e futuras, como o observat&oacute;rio TESS", disse o astrof&iacute;sico David Armstrong.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/176463-ia-descobre-50-novos-exoplanetas-entre-falsos-positivos.htm">IA descobre 50 novos exoplanetas entre falsos positivos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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IA descobre 50 novos exoplanetas entre falsos positivos

Imagem de Cometa NEOWISE sobrevive inteiro à passagem perto do Sol no megacurioso

Rumando agora para além do sistema solar externo, ele só voltará à Terra no século 89

<p>Inteiro: foi assim que o telesc&oacute;pio espacial Hubble encontrou (e fotografou) o cometa NEOWISE depois de sua passagem pr&oacute;ximo do Sol no dia 3 de julho. Em vez dos esperados destro&ccedil;os, o Hubble capturou a cauda e a concha de g&aacute;s e poeira que envolve o n&uacute;cleo s&oacute;lido e pequeno do NEOWISE &ndash; o cometa estava intacto.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;NASA/ESA/STScI/Caltech/Q. Zhang/Zoltan G. Levay&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nasa.gov/feature/goddard/2020/hubble-snaps-close-up-of-celebrity-comet-neowise"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/25/25160026918134.jpg" alt="Dois momentos do NEOWISE: visto da Terra, em 16 de julho, e pelo Hubble, em 8 de agosto." /><span class="desc">Dois momentos do NEOWISE: visto da Terra, em 16 de julho, e pelo Hubble, em 8 de agosto.</span></span></p>
<p>Pela primeira vez, o Hubble foi capaz de fotografar um cometa depois de sua passagem pelo Sol, captando assim o brilho de sua cauda e da nuvem ao redor do n&uacute;cleo com uma resolu&ccedil;&atilde;o maior que qualquer um dos telesc&oacute;pios em terra.</p>
<p>&ldquo;Essa resolu&ccedil;&atilde;o nos permitiu ver detalhes de estruturas muito pr&oacute;ximas ao n&uacute;cleo, como a poeira que o reveste, logo depois de ela ser removida pelo calor do Sol, revelando as propriedades originais do cometa&rdquo;, disse o cientista planet&aacute;rio e pesquisador-chefe da Caltech Qicheng Zhang.</p>
<h2>Cora&ccedil;&atilde;o pequeno e gelado</h2>
<p>O cora&ccedil;&atilde;o do cometa tem menos que cinco quil&ocirc;metros de di&acirc;metro e, por isso, o Hubble somente capturou parte da vasta nuvem de g&aacute;s e poeira que o envolve. Pela imagem do telesc&oacute;pio, foi poss&iacute;vel determinar seu tamanho: algo em torno de 18 mil quil&ocirc;metros de di&acirc;metro.</p>
<p>A nuvem &eacute; composta de dois jatos resultantes da sublima&ccedil;&atilde;o do gelo abaixo da superf&iacute;cie. Misturado &agrave; poeira, eles s&atilde;o expelidos em alta velocidade, partindo em dire&ccedil;&otilde;es opostas do n&uacute;cleo que, por girar sobre si mesmo, transforma-os em amplos leques.</p>
<div style="max-width: 1536px;">
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.2493%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/gsHyNJT" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
</div>
<p>As imagens do Hubble tamb&eacute;m ajudaram a determinar a cor da poeira do cometa (indicativo de seus elementos) antes e depois de sua passagem pelo Sol, mostrando como o calor afeta sua composi&ccedil;&atilde;o e estrutura.&nbsp;</p>
<p>O NEOWISE (ou C/2020 F3) foi avistado pela primeira vez em mar&ccedil;o passado. Ele agora est&aacute; viajando para al&eacute;m do sistema solar externo a 232 mil km/h, com retorno previsto somente em 6.800 anos.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/176444-cometa-neowise-sobrevive-inteiro-passagem-sol.htm">Cometa NEOWISE sobrevive inteiro à passagem perto do Sol</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Cometa NEOWISE sobrevive inteiro à passagem perto do Sol

Imagem de Cientistas reativam células cerebrais de porcos mortos no megacurioso

Estudo pode levar a discussões sobre os limites entre vida e morte

<head></head><body><p>No passado, a ausência de batimentos cardíacos permitia aos médicos declarar a morte de alguém – hoje, isso se dá através da perda irreversível de todas as funções circulatórias (morte circulatória) ou de todas as funções cerebrais (morte cerebral). Cientistas da Universidade de Yale, porém, derrubaram um tijolo do que parecia um conceito solidamente construído ao restaurar a circulação e a atividade celular do cérebro de um porco, quatro horas após sua morte.</p><p>"A principal implicação dessa descoberta é que a morte celular no cérebro ocorre em uma janela de tempo maior do que pensávamos. Em vez de acontecer ao longo de minutos após a morte, mostramos que ela é um processo gradual e, em alguns casos, pode ser adiado ou mesmo, revertido”, disse o neurocientista Nenad Sestan, um dos autores do estudo publicado agora na revista <em>Nature</em>.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The New York Times/Thomas Prior/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nytimes.com/2019/07/02/magazine/dead-pig-brains-reanimation.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/24/24173442865142.jpg" alt="O sistema BrainEx, em Yale - dentro da câmara ao centro está um cérebro de porco."><span class="desc">O sistema BrainEx, em Yale - dentro da câmara ao centro está um cérebro de porco.</span></span></p><p>A experiência (iniciada em 2012, conforme reportado pelo jornal <em>The New York Times</em>) usou o sistema BrainEx, uma rede computadorizada de bombas, aquecedores e filtros que controlam o fluxo e a temperatura de um perfusato (líquido que atravessa os tecidos lenta e continuamente) especialmente criado. Os cérebros de 32 porcos foram irrigados com a solução horas depois de os animais terem sido mortos em um abatedouro comercial.</p><h2>Funções celulares reativadas</h2><p>Após quatro horas, os pesquisadores descobriram que o BrainEx não apenas tinha restaurado como mantido algumas células vivas no cérebro – muitas das funções celulares básicas foram observadas, contrariando o preceito de que o fim do fluxo de sangue e, consequentemente, de oxigênio levaria à morte do cérebro em minutos.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Yale University/Stefano G. Daniele &amp; Zvonimir Vrselja/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://news.yale.edu/2019/04/17/scientists-restore-some-functions-pigs-brain-hours-after-death"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/24/24173948711143.jpg" alt="Neurônios (verde), astrócitos (vermelho) e núcleos celulares (azul) no cérebro de um porco se desintegram dez horas depois da morte (à esquerda) ou conseguem sobrevida após a perfusão via BrainEx (à direita)."><span class="desc">Neurônios (verde), astrócitos (vermelho) e núcleos celulares (azul) no cérebro de um porco se desintegram dez horas depois da morte (à esquerda) ou conseguem sobrevida após a perfusão via BrainEx (à direita).</span></span></p><p>Em nenhum momento foi detectada atividade neural. “Definido clinicamente, não era um cérebro vivo e sim, um cérebro ativo celular”, explicou o também neurocientista Zvonimir Vrselja, coautor do estudo.</p><h2>Ética entre a vida e a morte</h2><p>Ainda não é possível saber se o procedimento poderá ser aplicado em pessoas, já que o perfusato elaborado não tem muitos dos componentes do sangue humano. Há também que se considerar outro elemento que acompanha as pesquisas que envolvem os limites entre vida e morte: a ética.</p><p>“A restauração da consciência nunca foi um objetivo dos pesquisadores, que estavam preparados para intervir com o uso de anestésicos e redução de temperatura para interromper a atividade elétrica organizada se ela surgisse", explicou o diretor do Centro Interdisciplinar de Bioética de Yale e também autor do estudo, o especialista em direito e ética médica Stephen Latham.</p><p>Segundo ele, "todos concordaram antecipadamente que experimentos envolvendo atividade cerebral revivida não poderiam prosseguir sem padrões éticos claros e mecanismos de supervisão institucional."</p></body><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/176402-cientistas-reativam-celulas-cerebrais-porcos-mortos.htm">Cientistas reativam células cerebrais de porcos mortos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Cientistas reativam células cerebrais de porcos mortos

Imagem de Força Aérea dos EUA escolhe seu próximo veículo voador de combate no megacurioso

Mais de 15 empresas do setor competem para ver quem equipará as forças de operações especiais 

<p>O alto comando das for&ccedil;as armadas dos EUA foi a campo no &uacute;ltimo dia 20 para ver os testes do que pode ser seu pr&oacute;ximo ve&iacute;culo leve de combate &ndash; voador, bem entendido. Lembrando levemente os gadgets do desenho animado <em>Os Jetsons</em>, o chamado ve&iacute;culo el&eacute;trico de decolagem e pouso vertival (eVTOL) tem nome: &eacute; o Hexa, da empresa LIFT Aircraft, &nbsp;candidata a parceira da For&ccedil;a A&eacute;rea no projeto.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Guarda A&eacute;rea Nacional/Sgt. Sean Kornegay/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.af.mil/News/Article-Display/Article/2321614/air-force-top-leaders-witness-first-agility-prime-flying-car-demo/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/24/24212524513227.jpg" alt="O Hexa &eacute; um dos modelos de eVTOL a concorrer ao contrato com a For&ccedil;a A&eacute;rea americana." /><span class="desc">O Hexa &eacute; um dos modelos de eVTOL a concorrer ao contrato com a For&ccedil;a A&eacute;rea americana.</span></span></p>
<p>O Hexa tem 18 rotores independentes e leva apenas uma pessoa de cada vez. Al&eacute;m de obviamente voar, ele tamb&eacute;m pode flutuar na &aacute;gua gra&ccedil;as a quatro boias (opcionais, a depender da configura&ccedil;&atilde;o.desejada).</p>
<p>A plataforma deve desenvolver alta velocidade, mas com n&iacute;veis baixos de ru&iacute;dos &ndash; necess&aacute;rio para o &ldquo;transporte de combatentes atrav&eacute;s das linhas inimigas para ser feito por aeronaves convencionais de levantamento vertical".</p>
<h2>Verba e projetos</h2>
<p>O projeto est&aacute; inserido na iniciativa do governo americano chamado Agility Prime, que tem como objetivo &ldquo;acelerar o mercado comercial de ve&iacute;culos de mobilidade a&eacute;rea avan&ccedil;ada". No caso espec&iacute;fico das for&ccedil;as armadas dos EUA, o governo estava &agrave; procura de um ve&iacute;culo voador semiaut&ocirc;nomo para ser usado por suas for&ccedil;as de opera&ccedil;&otilde;es especiais.</p>
<p>Em fevereiro, a For&ccedil;a A&eacute;rea lan&ccedil;ou a chamada por empresas que quisessem apresentar seus projetos de ve&iacute;culos voadores capazes de transportar soldados e suprimentos para o campo de batalha. Na ocasi&atilde;o, o chefe de aquisi&ccedil;&otilde;es da for&ccedil;a militar, Will Roper, brincou que &ldquo;agora &eacute; o momento perfeito para tornar os carros dos Jetsons reais com o Agility Prime&rdquo;.</p>
<p style="text-align: center;"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/BSbynmTcAYk" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></p>
<p>H&aacute; mais de 15 fabricantes de aeronaves do mundo na fila para apresentar seus prot&oacute;tipos e assim conseguir o contrato que dar&aacute; ao Agility Prime uma frota de 30 ve&iacute;culos at&eacute; 2030. De acordo com Will Roper, a For&ccedil;a A&eacute;rea deve gastar este ano US$ 25 milh&otilde;es no programa de aquisi&ccedil;&atilde;o de eVTOLs.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/176416-forca-aerea-eua-escolhe-proximo-veiculo-voador-combate.htm">Força Aérea dos EUA escolhe seu próximo veículo voador de combate</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Força Aérea dos EUA escolhe seu próximo veículo voador de combate

Imagem de Mapa indica as novas e velhas doenças que ameaçam o planeta  no megacurioso

Algumas próximas à erradicação, como o sarampo, estão voltando com força total

<head></head><body><p>O mundo conheceu o infectologista Anthony Fauci quando ele se postou ao lado do presidente americano <a href="http://www.tecmundo.com.br/Donald-Trump" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Donald Trump</a>. Infelizmente, o infectologista que está liderando a batalha contra o novo <a href="http://www.tecmundo.com.br/coronavirus" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coronavírus</a> nos EUA tem duas más notícias: além de ser provavelmente impossível erradicar o vírus SARS-CoV-2, doenças que se pensavam estarem próximas à eliminação da face da Terra estão voltando, e com força total (acima, o vírus da febre hemorrágica de Marburg).<strong>&nbsp;</strong></p><p style="text-align: center;"><iframe src="https://www.youtube.com/embed/z95Ly3hY6AY" allowfullscreen="" width="560" height="315" frameborder="0"></iframe></p><p>Chefe do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID), Fauci e mais o conselheiro da instituição e também imunologista David M Morens criaram um mapa com as doenças que o mundo atualmente enfrenta, dentro de um estudo que ambos publicaram na revista <em>Cell</em>.</p><p>Além de novas enfermidades, o mapa mostra que as antigas (como cólera, sarampo, catapota, ebola e difteria, entre outras) estão ressurgindo com força por todo o planeta. Há ainda doenças pouco conhecidas, como aquelas provocadas pelos vírus Akhmeta, Hendra e Bourbon, além de inúmeras cepas da gripe influenza, que continua a criar linhagens novas rapidamente.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Cell/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0092867420310126"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/24/24091720656107.jpg" alt="Doenças novas e velhas - todas à espera para tomar o planeta com força total."><span class="desc">Doenças novas e velhas - todas à espera para tomar o planeta com força total.</span></span></p><h2>Do animal para o homem</h2><p>O estudo aponta uma verdade inconveniente: a maior parte das doenças retratadas é composta pelas chamadas <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152879-fim-comercio-animais-silvestres-evitar-proxima-pandemia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">zoonóticas</a>, ou seja, aquelas que pularam a linha evolucionária entre os hospedeiros animais e o ser humano. Isso acontece quando os ambientes naturais são invadidos e destruídos, o que faz com que o vírus deixe o animal e passe a infectar pessoas (como a covid-19).</p><p>Outros agentes infecciosos (como o da influenza), por conta da globalização, poderão sofrer mutações ao trocar genes com outros vírus, dando origem a novas cepas e tornado-se mais letais e mais virulentos. Segundo os dois autores, é mais que possível que vírus hoje relativamente inofensivos (como o do resfriado comum) já tenham sigo responsáveis por epidemias mortais no passado.&nbsp;</p><p>Os dois imunologistas, porém, alertam que nem sempre um vírus se torna menos letal ou domesticado; mesmo que isso aconteça, demanda mais que o tempo de vida do ser humano.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Ap/Médicos sem Fronteiras/John Wessels&nbsp;" data-fonte-url="https://www.abc.net.au/news/2018-12-07/ebola-treatment-in-drc/10596414"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/24/24092307376110.jpg" alt="Testes clínicos na República Democrática do Congo levaram à vacina contra o Ebola."><span class="desc">Testes clínicos na República Democrática do Congo levaram à vacina contra o Ebola.</span></span></p><p>O mapa ainda considera as doenças provocadas, como o uso do antraz pelo bioterrorismo (indicada no mapa como “doença deliberadamente emergente”). Alguns vírus que assombraram a humanidade até recentemente já tem uma vacina: no caso do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/144900-virus-ebola-finalmente-tem-cura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ebola</a>, ela reduziu sua taxa de mortalidade de 90% para 6%.&nbsp;</p><h2>Resistência aos tratamentos</h2><p>Outras doenças, como a gonorreia, voltaram a preocupar, mesmo não sendo letais: as bactérias que a causam estão se tornando resistentes a quaisquer antibióticos.</p><p>Pesquisadores têm alertado o mundo sobre a próxima pandemia, e o mapa envia um recado bem claro: não há trégua nessa guerra. Se a humanidade vinha experimentando uma pandemia a cada 20 anos no último século, a última (da gripe H1N1) correu o planeta há dez anos.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;AFP/Getty Images/Junior D. Kannah/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/vendor-holds-a-monkeys-head-on-display-with-other-foto-jornalistica/961456538"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/24/24092647841111.jpg" alt="Uma vendedora expõe um macaco junto com outros cortes de carne silvestre em um mercado em Mbandaka, no Congo."><span class="desc">Uma vendedora expõe um macaco junto com outros cortes de carne silvestre em um mercado em Mbandaka, no Congo.</span></span></p><p>“A ciência nos dará medicamentos, vacinas e diagnósticos, mas não há razão para pensar que só isso poderá superar a ameaça das doenças infecciosas. O surgimento da covid-19 é um dos alertas mais intensos que recebemos, em mais de um século. Devemos começar a pensar sobre como viver em harmonia com a natureza, ao mesmo tempo em que nos preparamos para quaisquer surpresas inevitáveis que ela possa nos mandar”, escreveram os autores.</p></body><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/176375-mapa-indica-novas-velhas-doencas-ameacam-planeta.htm">Mapa indica as novas e velhas doenças que ameaçam o planeta </a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

Julia Marinho