Artes/cultura
18/04/2013 às 15:39•2 min de leitura
Crédito: Thinkstock
Um recente estudo realizado na Escócia revelou que passeios em parques e áreas arborizadas têm a capacidade de amenizar a fadiga mental.
As atividades do dia a dia, o stress, barulho, trânsito, as exigências da rotina e todos os fatores de uma vida agitada podem oprimir o trabalho de cérebro em se manter focado, deixando as pessoas muito distraídas e esquecidas. Para remediar isso, os cientistas revelaram que um passeio em contato com a natureza pode ser uma excelente solução.
Segundo a pesquisa, divulgada no The New York Times, a ideia de que visitar os espaços verdes, como parques ou praças, diminui o stress e melhora a concentração não é nova. Os pesquisadores teorizam há muito tempo que áreas verdes são calmantes, pois exigem menos esforço da nossa atenção mental. Em vez disso, ambientes naturais invocam um "fascínio suave", um termo para a contemplação silenciosa, durante a qual a atenção é pouco exigida. Assim, o cérebro pode repor os recursos sobrecarregados e reduzir a fadiga mental.
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Para o novo estudo, publicado este mês no British Journal of Sports Medicine, os pesquisadores da Universidade Heriot-Watt e da Universidade de Edimburgo, conectaram eletrodos de aparelhos de eletroencefalogramas portáteis na cabeça 12 jovens adultos saudáveis. Os eletrodos, discretamente escondidos sob gorros de aparência comum, enviavam leituras de ondas cerebrais para um laptop carregado em uma mochila por cada voluntário.
Os pesquisadores, que já haviam estudado os impactos dos espaços verdes sobre a cognição por algum tempo, fizeram com que todos os participantes caminhassem aproximadamente 2,4 quilômetros por três áreas diferentes da cidade.
Os voluntários tiveram que passar por uma área comercial histórica com construções antigas em um primeiro momento. Depois, pegaram um caminho que levava a um parque e, após esse, se dirigiram a um bairro movimentado com tráfego intenso de automóveis e edifícios de concreto.
Depois, os pesquisadores compararam os resultados dos eletroencefalogramas à procura de padrões de ondas que poderiam estar relacionadas com as medidas de frustração, atenção dirigida (que eles chamaram de "engajamento"), excitação mental, tranquilidade e estado meditativo.
A conclusão confirmou a ideia de que os espaços verdes diminuem a fadiga cerebral. Quando os voluntários fizeram o seu caminho através das áreas mais urbanizadas e movimentadas, seus padrões de ondas cerebrais mostraram consistentemente que eles estavam mais tensos e frustrados do que quando atravessavam o parque, quando as leituras das ondas cerebrais tornaram-se mais meditativas.
Por isso, quando o stress bater, tente arranjar um tempinho para caminhar em uma área verde e tranquila para relaxar o cérebro.