
Ciência
26/01/2017 às 09:00•1 min de leitura
Olhe para o mundo à sua volta e tente ver além de prédios, carros e pessoas. Tudo o que existe no nosso universo não passa de um conjunto de átomos se movendo em alta velocidade. Se você já viu a representação de uma dessas partículas, pode ter percebido que há um grande espaço vazio separando o núcleo, formado por prótons e nêutrons, dos elétrons que orbitam ao seu redor.
De fato, esse vazio compõe a maior parte dos átomos. Na prática, isso significa que quase todo o nosso corpo – 99,9999999% dele, para ser mais exato – é formado pelo nada. Contudo, se isso é verdade, por que não conseguimos brincar de fantasma e sair atravessando paredes?
Pode parecer um pouco difícil de visualizar, mas as coisas ficam mais fáceis se lembrarmos que essas partículas estão constantemente em movimento. Embora a maior parte de tudo seja formada por esse vazio, a velocidade das partículas nos dá a sensação de que estamos tocando em algo sólido.
Isso tudo porque os prótons, nêutrons e elétrons que compõem o átomo se comportam de forma parecida com a de uma onda, e nunca sabemos com certeza qual é a posição exata de cada um desses elementos.
Sim, isso quer dizer que, quando você abraça alguém, não está realmente sentindo os átomos que formam aquela pessoa, mas sim a força eletromagnética causada pelos elétrons de vocês dois se empurrando.
Para facilitar as coisas, podemos pensar na analogia do ventilador. Quando você vê um ventilador desligado, é fácil perceber que existe muito espaço entre cada uma das lâminas; porém, no momento em que o ligamos em uma velocidade alta, temos a sensação de que as lâminas formam um grande disco sólido.
Então lembre-se: embora praticamente tudo à nossa volta, inclusive nós mesmos, seja formado por átomos com grandes espaços aparentemente vazios, você não consegue atravessar os objetos pelo mesmo motivo que não é uma boa ideia colocar a mão no meio de lâminas em movimento.