Bracinhos dos T-Rex podem ter servido para rasgar a carne de suas vítimas

08/11/2017 às 08:072 min de leitura

Não restam dúvidas de que os tiranossauros eram predadores aterrorizantes, mas, seus bracinhos... Você há de concordar que, comparados ao tamanho do lagartão, os pequenos membros, além de desproporcionais, pareciam meio ridículos, né? A verdade é que as dimensões dessas curiosas estruturas vem intrigando os cientistas há décadas, e diversas teorias já foram propostas para explicar a razão de um réptil tão grande e poderoso ser dotado de braços tão (aparentemente) insignificantes.

TiranossaurosFala sério... (Giphy)

Entre as explicações propostas está a de que os membros eram completamente inúteis, que nada mais eram do que estruturas vestigiais resultantes da evolução dos T-Rex ou, ainda, que eles poderiam estar relacionados com o acasalamento dos répteis — e ser usados para que os animais pudessem se “agarrar” melhor. Agora, de acordo com Peter Dockrill, do site Science Alert, o paleontólogo Steven Stanley, da Universidade do Havaí, apresentou um estudo em que propõe que os bracinhos podem ter servido para tornar os tiranossauros ainda mais letais.

Bracinhos ridículos, que nada!

Segundo Peter, os estudos realizados por Steven sugerem que os braços dos tiranossauros não eram um mero vestígio evolutivo sem serventia, mas sim capazes de causar danos bastante significativos, servindo inclusive para rasgar a carne de suas presas. Isso porque, apesar de pequenos (os membros mediam cerca de 1 metro), os bracinhos eram bastante fortes e dotados de garras afiadas com cerca de 10 centímetros de comprimento.

Garras de tiranossauroGarrinhas (New Historian)

E como Steven chegou a essa conclusão? Ele se baseou em vários aspectos relacionados com a anatomia dos membros, como, por exemplo, a grande dimensão do osso caracoide — que faz parte do ombro e está associado ao controle do movimento dos braços —, indicando que os bracinhos eram mais fortes e robustos do que parecem. Além disso, o cientista observou que a cabeça do úmero (onde o osso do braço se articula com o ombro) dos T-Rex provavelmente proporcionava bastante mobilidade aos animais, especialmente na hora de golpear as presas.

Ademais, o paleontólogo acredita que o reduzido número de garras — os tiranossauros contavam com duas em cada braço apenas, enquanto outros dinossauros bípedes tinham três — propiciava aos T-Rex a capacidade de exercer uma pressão 50% superior na hora de proferir golpes e rasgar a carne de suas presas. E, considerando o comprimento e o formato das garras, assim como a força e a grande mobilidade dos braços, o estudo de Steven sugere que os lagartões poderiam provocar ferimentos consideráveis em suas vítimas.

Será?

É claro que nem todos os cientistas receberam a proposta de Steven de “braços” abertos. Para começar, existem evidências de que os membros dos tiranossauros foram diminuindo de tamanho ao longo de sua evolução, e é inegável que a mandíbula desses répteis era muito mais poderosa do que seus bracinhos. Outro fator é que, para poder cravar as garras em suas presas, os T-Rex teriam que se aproximar bastante e, basicamente, pressionar seus peitos contra os corpos de suas vítimas — o que poderia ser perigoso.

T RexLagartão (Facts Legend)

Talvez, conforme o próprio Steven sugeriu, o ataque com os bracinhos fosse mais útil em tiranossauros mais jovens e fosse perdendo funcionalidade conforme os animais se tornavam adultos. Entretanto, considerando que esse tipo de investida era bastante comum entre os terópodas (grupo ao qual os T-Rex pertenciam), quem garante que os lagartões não rasgavam suas presas com as garras? Bem, só nos resta aguardar pela sugestão de novas teorias! E você, caro leitor, tem alguma?

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