Esta criatura esquisita é o peixe mais profundo já capturado pelo homem

01/12/2017 às 13:002 min de leitura

Você viu a criatura esquisitinha — e aparentemente pegajosa e molenga — da imagem? Esse bicho mede pouco mais de 10 centímetros de comprimento e não é o que podemos chamar de belezura. No entanto, apesar de parecer uma coisinha totalmente insignificante, esse da foto é o peixe mais profundo já capturado pelo homem e é capaz de sobreviver a extraordinários oito mil metros debaixo d’água. Confira de novo:

peixe das profundezasVamos ser sinceros... bonito não é! (Science Alert/Mackenzie Gerringer/Universidade de Washington)

Não ficou impressionado? Para você ter uma ideia, nessa profundidade, a pressão é 800 vezes superior à que existe aqui na superfície, sem falar que a ausência de luz é absoluta e as temperaturas são congelantes. E você já ouviu falar da Fossa das Marianas — o local mais profundo dos oceanos? Pois o peixe feinho do qual estamos falando pode inclusive viver tranquilamente por lá.

Recordista

De acordo com Mike Mcrae, do site Science Alert, o exemplar da imagem é um Pseudoliparis swirei, uma nova espécie de peixe-caracol — e o da foto especificamente foi capturado com outros 36 exemplares entre 2014 e 2017 na Fossa das Marianas, no litoral das Filipinas. Os pesquisadores coletaram os bichinhos através de iscas colocadas entre os 6.898 e 7.966 metros de profundidade, mas existem vídeos desses animais nadando de boa a 8.178 m! Veja:

Segundo Mike, os P. swirei não possuem escamas e têm pele translúcida — através da qual é possível observar seus órgãos internos. Além disso, eles se alimentam principalmente de camarões e outros crustáceos e não limitam a viver unicamente nas imediações da Fossa das Marianas não. Na realidade, esses peixinhos já foram vistos em águas profundas de várias partes do mundo.

Adaptações

Além disso, como você viu na imagem no início da matéria, os P. swirei não parecem ser muito... robustos e a impressão, inclusive, é a de que os corpos desses animais são meio gelatinosos. Só que essa característica, na verdade, não é uma desvantagem, especialmente quando pensamos nas profundidades nas quais esses peixes vivem.

Segundo Mike, a imensa pressão faz com que as reações bioquímicas — como as que resultam na produção de proteínas, por exemplo — aconteçam de maneira diferente no fundo do mar do que aqui na superfície e, portanto, é ela quem estabelece o limite de profundidade na qual a maioria dos animais marinhos pode sobreviver.

No caso dos P. swirei, eles foram evoluindo e se adaptando para resistir à alta pressão — e o motivador disso provavelmente foi a falta de predadores nas profundidades que eles habitam e a maior disponibilidade de comida nas regiões abissais, que geralmente tem forma de funil.

Contudo, vale destacar que, embora os P. swirei sejam o peixe mais profundo já capturado pelo homem, eles não são as criaturas mais profundas já descobertas no oceano. No início do ano, cientistas encontraram evidências de formas de vida sendo expelidas por vulcões de lama que existem na Fossa das Marianas, sugerindo que existem micróbios capazes de sobreviver a absurdos 10 mil metros de profundidade.

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