Ciência
19/01/2018 às 07:44•2 min de leitura
O ano de 2018 começou agitado — pelo menos astronomicamente falando! Isso porque no final do mês de janeiro teremos vários eventos lunares acontecendo simultaneamente no dia 31: Lua Azul, Superlua, Eclipse Lunar e Lua de Sangue. Mas e o que são esses fenômenos todos, você sabe?
Com relação à Lua Azul, conforme já explicamos aqui no Mega Curioso, o fenômeno não tem nada a ver com o satélite mudando magicamente de cor no céu noturno. A Lua, como todos sabem, possui quatro fases principais (nova, cheia, minguante e crescente) que duram, em média, sete dias — e, como cada mês conta com quatro semanas, é por essa razão que elas quase nunca se repetem em um mesmo mês.
Lindona! (Q13 Fox/Remy Gabalda/AFP/Getty Images)
No entanto, o trajeto que a Lua realiza ao redor da Terra não consiste em um ciclo mensal perfeito e, por isso, a cada dois anos e meio, mais ou menos, a Lua Cheia ocorre duas vezes no mesmo mês — e os astrônomos inventaram o nome “Lua Azul” para se referir a esse acontecimento.
Já a Superlua acontece quando o satélite se encontra mais próximo do nosso planeta e, consequentemente, parece maior e mais brilhante do que o habitual no céu noturno. Isso acontece por conta de a Lua apresentar uma órbita elíptica ao redor da Terra, o que significa que, ao longo de sua trajetória, ela fica mais próxima ou mais distante de nós.
Sangrenta (Business Insider/CSIRO)
Sobre os eclipses lunares, eles acontecem quando a Lua é parcial ou completamente ocultada pela sombra do nosso planeta — que se interpõe entre o satélite e o Sol, bloqueando a luz emitida pela estrela —, e é esse evento que produz a “Lua de Sangue”, que ocorre quando a Terra projeta uma sombra avermelhada sobre a Lua.
Pois tudo isso vai acontecer simultaneamente no dia 31 de janeiro — algo que, de acordo com Peter Farquhar, do site Business Insider, não era registrado há mais de 150 anos. No entanto, no que diz respeito ao eclipse (e, portanto, à Lua de Sangue), infelizmente para nós, brasileiros, ele só poderá ser observado na Ásia, Oceania, leste da África, leste da Europa e nas Américas Central e do Norte. Mas não se preocupe, pois o evento certamente será transmitido através de inúmeros canais na internet, o que permitirá que os sul-americanos assistam ao espetáculo, mesmo que indiretamente.