Como os seres vivos se distribuem pela Terra?

02/06/2018 às 08:002 min de leitura

Desde o último período da história com uma alta mortalidade, em 1350, durante a chamada Peste Negra, a população mundial só cresceu. Por um lado, o nosso desenvolvimento é motivo de orgulho, pois foram as tecnologias que criamos que nos proporcionaram condições para isso; mas, por outro, o meio ambiente tem sofrido as consequências.

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Atualmente, estima-se que existam 7,6 bilhões de seres humanos vivendo na Terra, o que representa apenas 0,01% dos seres vivos do planeta. Esse valor foi obtido através de um estudo, que também identificou a extinção de 83% de todos os mamíferos selvagens e metade das plantas que já existiram — tudo causado pelo nosso avanço como civilização.

Todos os seres vivos

O cálculo da quantidade de seres vivos existentes no planeta foi realizado através de dados coletados em centenas de estudos, que não raro utilizaram técnicas modernas, como imagens via satélite ou sequenciamento genético, estimando populações de várias espécies.

Os resultados mostraram que as plantas predominam no planeta, representando 82% dos seres vivos. As bactérias respondem por 13%, enquanto o restante — incluindo insetos, fungos, peixes e animais  completa o total com 5%. Desse valor, 1% se encontra nos oceanos, e 4% vivem sobre a superfície.

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O que mais impressionou os pesquisadores foi a quantidade de animais que existem apenas para consumo humano. De todas as aves no mundo, 70% estão sendo criadas para abate. Algo semelhante acontece com os mamíferos, onde nós estamos incluídos e respondemos por somente 36% do total no planeta. Nos 64%, 4% são animais selvagens, e impressionantes 60% englobam bois e porcos, criados para a nossa alimentação.

Esses valores preocupam os pesquisadores, que acreditam na nossa entrada na sexta extinção em massa de vida na Terra — isso durante os 4 bilhões de anos de existência considerados. Segundo eles, o aumento de áreas para criação de animais acaba destruindo o habitat de animais selvagens, levando-os à extinção.

Na comparação do número de espécies existentes antes e depois do desenvolvimento da agricultura, as coisas ficam ainda piores. Considerando os animais daquela época, apenas 16% dos mamíferos continuam andando por aí. Nos oceanos, 300 anos de pesca intensiva deixaram vivos apenas 20% do que já existiu.

Supremacia humana, mas não em quantidade

Apesar da nossa soberania sobre o planeta Terra, em quantidade não somos tão dominantes assim. Existem 3 vezes mais vírus do que humanos, assim como os vermes. Isso sem falar nos peixes, que possuem uma população 12 vezes maior do que a nossa. O professor Ron Milo, responsável pelo estudo, diz que, apesar disso tudo, nosso impacto na natureza é imenso, particularmente devido à nossa dieta.

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Ele espera que esse trabalho mude a forma como as pessoas veem o mundo e consomem o que ele fornece. “Eu não me tornei vegetariano após o estudo, mas assumo o impacto ambiental das minhas decisões. Isso me ajuda a pensar nas minhas escolhas, se quero comer carne vermelha, frango ou um tofu em vez disso?”, declarou Milo.

Paul Falkowski não fez parte das pesquisas, mas disse que para ele existem dois pontos muito importantes que devem ser levados em conta sobre o artigo. Primeiro, ele deixa claro que os seres humanos são muito eficientes em explorar os recursos naturais, tanto que em alguns casos determinadas espécies de mamíferos selvagens foram erradicadas com fins de alimentação. O outro ponto é a dominação das plantas na biomassa global, grande parte em forma de madeira.

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