
Ciência
06/08/2018 às 09:30•2 min de leitura
Com os recursos do planeta Terra sendo consumidos ferozmente, crescimento populacional desordenado e crescente dos últimos séculos, o desafio de muitos cientistas ao redor do mundo é resolver a equação que torna viável a sobrevivência da humanidade nos próximos milênios. A resposta geralmente está bem diante dos nossos olhos e é recorrente: o espaço, a fronteira final.
Já há alguns programas de exploração espacial em estágio avançado, que visam ao prolongamento da existência humana. Mas como fazer para colonizar outros planetas? Quais deles explorar? Atualmente, o nome mais cotado é Marte, localizado a uma distância consideravelmente próxima para padrões espaciais, aproximadamente 55 milhões de quilômetros.
Quando os planetas estão alinhados, essa distância pode ser percorrida em 150 dias, podendo chegar a 300 dependendo das condições. Um limitador importante é combustível, e aí a equação é a mesma que enfrentamos aqui na Terra: quanto mais rápido o trajeto, mais cara sai a conta na bomba de combustível. Como não há postos no espaço, e custa caro realizar essa viagem, os cálculos são feitos para que o consumo seja otimizado e sem desperdícios.
A NASA estima que até 2030 haverá missões tripuladas para Marte. Mas e aí? O que vamos fazer quando chegarmos lá? Além de cada missão espacial custar centenas de milhares de dólares, como faremos para sobreviver em um ambiente com temperaturas entre -20 e 120 ºC, sem vegetação ou animais (pelo menos que tenhamos conhecimento até agora)?
Estudos anteriores já sugeriram o uso de microrganismos ou estufas hidropônicas para o crescimento de cultivo alimentar em Marte. Agora, o assunto do momento é como combinar engenharia, estudos de DNA e diversas outras áreas visando ao melhoramento genético e ao desenvolvimento de novas funções para organismos vivos.
Levar plantas da Terra e tentar que elas se adaptem por conta própria ao solo marciano levaria muitos anos. Então, a ideia principal é desenvolver cultivos que sejam adaptados às condições extremas existentes e com um melhoramento para que se desenvolvam mais rapidamente que as atuais daqui.
Com isso, além da possibilidade da produção local de comida — o que permitiria uma estabilidade para missões tripuladas e até residências —, uma chance de aumentar o nível de alimento disponível a toda a população da Terra, em uma era em que estamos em um processo de escassez, parece uma boa alternativa para nossa própria sobrevivência.
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