Longos períodos de inatividade podem prejudicar o funcionamento do cérebro

15/11/2018 às 09:002 min de leitura

As condições de trabalho e opções lazer disponíveis imploram para que nossa vida seja altamente sedentária. Tirando o deslocamento de casa ao trabalho, que pode envolver alguma caminhada, em geral passamos o dia sentados na frente de uma tela, apenas para chegar em casa e sentar na frente de outra.

Já no fim de semana, nada mais tentador que colocar todas aquelas séries incríveis em dia. Mesmo para quem gosta, exercícios físicos envolvem certo grau de desconforto e, de forma geral, todo mundo prefere relaxar. O problema é que algo que a princípio pode parecer muito interessante mostra-se, cada vez mais, um risco para a saúde.

Pesquisas e mais pesquisas

Não é preciso uma pesquisa científica para dizer que passar longos períodos sentado não é algo benéfico para a saúde. Mesmo assim, diversos estudos analisaram a situação e apontaram que uma vida sedentária está relacionada a problemas de obesidade, colesterol e pressão alta, bem como ao aumento dos riscos de desenvolvimento de câncer.

Outro estudo chegou a conclusões ainda mais catastróficas, indicando que mesmo quem pratica exercícios regularmente não está totalmente livre dos problemas causados por trabalhar sentado. Uma das últimas pesquisas publicadas mostra agora que, além de tudo que já se sabe, ficar sentado por muito tempo poderia afetar o funcionamento do seu cérebro.

Preguiça sanguínea

Nosso sangue é responsável por carregar oxigênio e nutrientes para todas as regiões do corpo, inclusive nosso cérebro. Essa distribuição influencia diretamente nossas funções cognitivas e motoras, e um estudo divulgado recentemente apontou que pessoas que passam longos períodos sentadas apresentam uma diminuição no fluxo de sangue no cérebro.

As análises foram realizadas por um grupo de pesquisadores da Liverpool John Moores University que, para o estudo, examinaram 15 pessoas saudáveis, entre homens e mulheres, que trabalham em escritório. O fluxo sanguíneo foi observado em três momentos, correlacionando os dados posteriormente a cada situação a que os participantes foram submetidos.

Na primeira situação, os participantes precisaram ficar sentados por 4 horas, trabalhando ou lendo um livro, e levantando apenas para ir até o banheiro. Na segunda etapa, eles levantavam a cada 30 minutos e caminhavam tranquilamente em uma esteira por 2 minutos. O último teste pedia que eles trabalhassem por 2 horas e, em seguida, andassem na esteira por 8 minutos, na mesma velocidade que o teste anterior.

Pausas frequentes

Os resultados mostraram que o fluxo sanguíneo no cérebro diminuiu quando os participantes se mantiveram parados por longos períodos. A diferença registrada entre o início e o fim do teste não foi grande, entretanto ela existiu. No segundo teste, no qual eram feitas pausas a cada 2 horas, a quantidade de sangue circulando no cérebro aumentou durante a caminhada, mas caiu logo após eles sentarem.

A única situação em que o fluxo se manteve estável foi quando os participantes fizeram intervalos a cada 30 minutos. Vale lembrar, porém, que a ideia do estudo não é identificar se essa alteração na distribuição sanguínea pode causar danos ao longo do tempo, mas sim quais são as medidas necessárias para evitar os problemas conhecidos que ocorrem em curto prazo.

Nem sempre é possível parar a cada 30 minutos para caminhar durante o dia, mas o estudo mostrou que aquela pausa para o café vai muito além da própria bebida. Por mais que pareçam irrelevantes, pequenas atitudes como se levantar com mais frequência podem trazer muito mais benefícios do que se imagina.

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