Ferramenta de busca promete reflorestar Amazônia com lucros de publicidade

A Ecosia, uma ferramenta de busca que direciona os lucros publicitários no plantio de árvores, teve um aumento de 1.150% nos usuários devido aos incêndios que devastaram as florestas tropicais da Amazônia, tornando-se o aplicativo para iOS mais bem classificado no Brasil. A empresa disse ao Business Insider que o número de downloads do aplicativo gira em torno de 20.000 normalmente, mas que chegou a 250.000 na última quinta-feira (29).

Fonte: Divulgação/Pixabay. 

O movimento intenso dos usuários começou quando os países do G7 concordaram em criar um fundo de US$ 20 milhões para ajudar os países da Amazônia a combater incêndios. "Tivemos a reunião de nossa equipe e as pessoas estavam, por um lado, muito felizes por causa dos números, mas também muito tristes por causa dos incêndios florestais", disse o principal executivo da Ecosia, Christian Kroll. "Portanto, é uma ocorrência emocionante e trágica".

Como o Google, a Ecosia ganha dinheiro vendendo espaço publicitário em sua plataforma web e aplicativo móvel. Mas, diferentemente do Google, esse mecanismo de pesquisa não vende ou rastreia dados de usuários e doa 80% de seus lucros (ou 47,1% de sua renda total) a projetos de reflorestamento de árvores em países como Tanzânia, Peru, Senegal, Quênia e Brasil. A ferramenta, que é alimentada pelo Bing da Microsoft, diz que plantou mais de 65 milhões de árvores até o momento desde 2009.

Na sua taxa atual, a Ecosia está plantando uma nova árvore a cada segundo em 21 projetos internacionais de reflorestamento, segundo informações do site. "Cinquenta milhões de árvores significam 2,5 milhões de toneladas de CO2 removidas da atmosfera", afirmou a empresa em um post no seu blog. "Isso significa 60.000 hectares restaurados. E mais de 500 espécies de árvores nativas plantadas". 

Em reação às políticas do presidente Bolsonaro, que para muitos potencializaram e estimularam os incêndios, a Ecosia se comprometeu a plantar um milhão de árvores extras no Brasil por seis meses, reconectando os fragmentos de floresta restantes. Felizmente, dados de satélite mostraram que os focos de incêndio na maior parte da Amazônia brasileira voltou aos níveis normais ou abaixo da média na terça-feira.