
Artes/cultura
10/09/2019 às 10:00•4 min de leitura
Podemos visitar algumas das maiores criações arquitetônicas já feitas pelos homens, como as pirâmides, os Jardins Suspensos da Babilônia e o Mausoléu de Halicarnasso, sem mencionar algumas das maravilhas do mundo moderno, como a Grande Muralha da China, o Taj Mahal e Machu Picchu.
Mas a lista que elaboramos hoje não trata desses lugares, e sim de locais surreais e fenômenos naturais incríveis. Confira.
Embora a maioria dos lagos seja formada e mantida por uma fonte constante de água, alguns são derivados de acúmulo de neve derretida, chuva excessiva e pequenas quantidades de água subterrânea. Esses corpos são conhecidos como lagos endorreicos e são suscetíveis à evaporação extrema, por isso, quando chega o verão, eles secam completamente.
Esse é o caso do Spotted Lake ou Lago Manchado, em tradução livre. Esse ponto remoto no Vale Okanagan, no Canadá, parece qualquer outro lago do país durante o inverno, a primavera e o outono; no entanto, quando chega o verão, a maior parte do seu volume evapora. O que sobra é um material rico em recursos naturais, como cálcio e sulfatos de sódio, magnésio e titânio, que deixam a terra com uma tonalidade diferente, derivada de anéis alcalinos multicoloridos que, dependendo da concentração, formam tons variados de verde, amarelo e azul no chão seco.
(Fonte: MNN.com)
A Tailândia é conhecida por suas belas praias, sua culinária característica e pelas paisagens naturais, mas o que muitos desconhecem é a água azul bioluminescente vista à noite entre novembro e março. A paisagem já foi descrita por visitantes como "um show mágico de luzes que compete com o brilho das estrelas". Isso acontece porque a costa local é recheada de plânctons microscópicos que têm as mesmas reações químicas que os vagalumes.
(Fonte: Zafigo.com)
Quando pensamos em cachoeiras, automaticamente nos lembramos de águas cristalinas, mas existe um lugar no mundo em que as águas que caem da cachoeira são assustadoramente… vermelhas. Descoberta em 1911, a Geleira de Taylor, na Antártica, parece estar jorrando sangue em vez de água.
A explicação é complexa. A fonte de água da cachoeira é o lago de água salgada que fica embaixo, e não o derretimento da neve. Com o tempo, essa fonte recebeu grandes quantidades de ferro pelo contato constante com a rocha abaixo, que gerou a mesma reação química que produz ferrugem, por isso a água assume a tonalidade avermelhada escura do óxido de ferro.
(Fonte: Forbes)
Parecendo mais uma árvore comum salpicada de tinta, essa espécie de eucalipto é encontrada principalmente nas Filipinas e na Indonésia, com ocorrências também no Havaí, na Califórnia e Flórida (EUA). Sua coloração selvagem é resultado da formação original de cascas e de sua localização, sendo que as mais coloridas são encontradas nos países asiáticos.
A casca da árvore é formada pela divisão das células, cada uma com alta concentração de clorofila, componente químico que confere às folhas e à grama a cor verde. Durante a vida útil dessas células, elas são infundidas com diferentes níveis de taninos, que podem variar de vermelho a marrom. A combinação variável desses elementos químicos com a umidade relativa e a umidade da casca cria o efeito arco-íris.
(Fonte: Wikimedia)
Nem uma pedra nem uma rosa, esse é um fenômeno encontrado no México, na Tunísia e mais raramente no Arizona (EUA). Formadas a partir de gesso ou barita, essas "flores" são resultado da evaporação quando um desses minerais se liga a grãos de areia em um ambiente árido e rico em sal.
Com tamanho médio de 10 centímetros por pétala, essas formações variam em cores diretamente relacionadas à maneira como foram formadas: locais mais rasos geralmente produzem pétalas cor âmbar, enquanto formações mais profundas em um espaço mais amplo geralmente criam pétalas amarelas. Outra curiosidade sobre esse fenômeno é que, independentemente da tonalidade da flor durante o dia ou de onde se desenvolveram, todas apresentam a mesma cor branca opaca sob luz ultravioleta.
(Fonte: Geologyin)
Esse fenômeno acontece em alguns locais da Índia, como no estado de Querala. O nome pode lembrar algum filme de terror, mas o motivo real é a proximidade da região com desertos. Durante a evaporação, a chuva pode captar uma infinidade de coisas no caminho — como acontece com a chuva ácida, por exemplo —, mas os produtos químicos não são os únicos elementos que podem ser misturados com a água durante a precipitação. Partículas finas transportadas pelo ar também podem se misturar à umidade das nuvens, e quando partículas avermelhadas de areia se misturam com essas nuvens é originada a chuva vermelha.
O fenômeno atingiu a cidade de Norilsk, na Rússia, em julho de 2018. Uma indústria de processamento de metal estava realizando algumas manutenções de rotina e as aparas de ferrugem que haviam sido raspadas do chão foram transportadas por uma corrente ascendente que as elevou o suficiente para se misturarem com as nuvens.
(Fonte: Russia Beyond)
O Lago Abraham é uma formação artificial localizada em Alberta, no Canadá, com altas concentrações de gás metano em sua superfície. A maioria dos lagos tem quantidades básicas de metano como resultado da matéria em decomposição encontrada no fundo, originada por bactérias, e normalmente esse gás chega até a atmosfera, mas não é o que acontece aqui.
A temperatura da água é alta o suficiente para que o metano ainda possa escapar na água, mas baixa o suficiente para que o gás que escapou se congele em bolhas opacas com tonalidade que varia de branco a azul profundo, dependendo da proximidade da superfície.
(Fonte: List Verse)
O Lago Hillier, na costa da Austrália Ocidental, é conhecido por sua água cor-de-rosa vibrante. Embora não seja o único lago com essa cor no mundo, é diferente porque o líquido não perde a coloração quando coletado.
Descoberto em 1802, o Lago Hillier abriga um tipo de alga halofílica conhecida como Dunaliella, que gera sua energia com o uso de todas as frequências visíveis da luz, produzindo variações de caroteno que contribuem para a tonalidade rosa avermelhada do lago.
(Fonte: Flickr/Viaggio Routard)
À primeira vista, o Lago Natron, na Tanzânia, parece um oásis mórbido, com suas águas avermelhadas cercadas por muitos pássaros à espreita. Boatos diziam que esse corpo d'água na África tinha um conteúdo alcalino tão alto que poderia matar e petrificar instantaneamente qualquer animal que ousasse entrar em suas profundezas.
A cor vermelha intensa da água é atribuída à presença de minerais formados por processos vulcânicos da região. Esses fenômenos aumentaram gradualmente o pH da água até que ela se saturou com natron e carbonato de sódio, este último usado antigamente na prática da mumificação. A presença desses minerais, aliada aos restos mortais de animais que não podiam viver em condições tão adversas, aumentou a natureza alcalina da água, o que tornou o ambiente favorável à Haloarchaea, os organismos de coloração vermelha que tingem a água do lago.
(Fonte: Live Science)
Descobertas em 1835, essas lâminas podem crescer a até 5 metros de altura e são o resultado direto da sublimação, um processo químico pelo qual uma fonte de calor transforma um sólido em gás. A formação angular de espinhos menores concentra ainda mais a luz do Sol, aumentando a taxa de sublimação até que se formem florestas inteiras de picos.
(Fonte: Camp to Camp)