'Portal orbital' é descoberto próximo a Júpiter

27/09/2019 às 05:002 min de leitura

Astrônomos descobriram uma região orbital próxima a Júpiter, apelidada de "portal" por ser responsável pela entrada de centauros do Cinturão de Kuiper, pequenos objetos que ficam além de Netuno, no nosso Sistema Solar, ou seja, no campo de confluência com os planetas.

A descoberta busca responder a um antigo mistério da astronomia: como uma classe específica de objetos, esses centauros se tornam cometas?

Quando um centauro se aproxima de um dos planetas perto do Cinturão, ele pode ser lançado de volta para a região de onde veio, para o espaço interestelar ou para mais perto do nosso planeta e do Sol. Perto do Sol, os centauros começam a desenvolver as características de um cometa, e é comum observar restos de gelo que vão se desintegrando nos cometas que orbitam a região do planeta Terra, o que se dá porque geralmente esses corpos celestes vêm das regiões mais frias do Sistema Solar.

O astrônomo Gal Sarid e sua equipe da Universidade da Flórida Central identificaram um "portal dinâmico de curta vida", uma região pela qual a maioria dos cometas da família de Júpiter (JCF) acabam passando e na qual se localizam dois centauros. Um deles é um objeto que age como um cometa, liberando gás e poeira.

Estudos e simulações mostram que, em 4 mil anos, as interações gravitacionais desse centauro com Júpiter acabarão o enviando para outra órbita e possivelmente para a família de cometas de Júpiter. Também se concluiu que um em cada cinco centauros volta a ingressar em nosso Sistema por meio dessa passagem. A região do portal é chamada Schwassmann-Wachmann 1.

"Centauros passando por essa região compõem mais de dois terços de todos os cometas da família de cometas de Júpiter", disse Maria Womack, do Florida Space Institute. "Esse lugar é muito importante para o avanço do nosso conhecimento sobre transições orbitais e físicas que dão forma a população de cometas que podemos observar hoje orbitando no espaço", comentou a equipe de pesquisadores responsáveis pela descoberta.

Sarid explicou a relevância de estudar esses objetos: o modelo pode ajudar a entender melhor o Sistema Solar primitivo. "A formação do Sistema Solar aconteceu através dessas partes menores, que se agregaram em partes maiores", afirmou o astrônomo.

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