
Estilo de vida
30/01/2020 às 09:21•2 min de leitura
Um estudo dirigido pela Dra. Katerina Johnson, da Universidade de Oxford, apresenta fortes relações entre a bactéria do intestino humano, popularmente conhecida como microbioma, e a constituição dos traços de personalidade do hospedeiro. Extremamente importantes no processo digestório dos alimentos de difícil processamento, na colaboração da produção das vitaminas B e K, na manutenção da mucosa intestinal e em diversos outros processos fisiológicos, sua função pode ser muito além do que já se conhecia.
A pesquisa não aponta relações de exclusividade entre as bactérias e a personalidade, mas uma espécie de associação. “Meu principal interesse era procurar na população em geral para ver como a variação nos tipos de bactérias que vivem no intestino pode estar relacionada à personalidade”, disse Johnson. O estudo realizado para o andamento do projeto utilizou-se de dados retirados de amostras fecais de 665 pessoas ao redor do mundo, que registraram a presença, em diferentes proporções, de microbiomas.
Além da coleta, os voluntários tiveram que responder um questionário sobre hábitos e personalidade, incluindo avaliação dos conhecidos "cinco fatores" da personalidade, segundo estudo proposto pelos psicólogos L.M. Digman e Goldman.
Já relacionado anteriormente com o autismo, o microbioma de Johnson foi encontrado, de maneira mais presente, em pessoas que se alimentavam de leite materno aou invés de processados. “Esta é a primeira vez que isso é investigado em adultos e os resultados sugerem que a nutrição infantil pode ter consequências a longo prazo para a saúde intestinal”, observou a doutora.
Além da questão alimentar, a pesquisa fundamentou que a presença das bactérias pode ter relação direta com aspectos sociais de interação, com indivíduos mais sociáveis contendo maior número de microbiomas de Akkermansia, Lactococcus e Oscillospira, e menos sociáveis com abundância de Desulfovibrio e Sutterella. Registros também indicaram que a presença de Streptococcus e Corynebacterium podem estar ligadas à neuroses humanas e depressão em animais.
Uma das prováveis explicações trata-se, basicamente, do contato humano, responsável por intercambiar uma maior quantidade de bactérias e diretamente ligado às questões de sociabilidade. Anteriormente, Katerina Johnson havia trabalhado como co-autora em um projeto questionando uma evolução e capacidade adaptativa para bactérias envolvidas na alteração comportamental humana, mas o objetivo delas na constituição da personalidade ainda está obscuro.
Em início de projeto, o artigo é pioneiro na questão abordada.
As orelhas dos elefantes africanos são as maiores do reino animal.
Moldados pela natureza. os gogottes parecem uma versão abstrata das esculturas de Fernando Botero, pelas suas formas volumosas e curvas suaves.
Um programa inovador conecta famílias à história e ao sabor único de pêssegos quase extintos.
Pesquisador de zoologia afirma que os polvos são a espécie com maiores condições de povoar a Terra em nosso lugar.
Por que um avião magnífico que voava a 2,17 mil km/h, a 18 mil metros de altura, teve que ser descontinuado?
Apesar da intensa atividade solar, não conseguimos ouvir nada aqui da Terra. Por quê?
Entenda o que está por trás da duração dos voos e veja como isso impacta a sua próxima viagem.
De acordo com pesquisadores, nascimento de gêmeos em ninhadas um dia já foi o padrão no processo de evolução dos primatas.