
Estilo de vida
26/03/2020 às 02:00•2 min de leitura
A Covid-19 é o foco do momento, com impactos tanto na saúde da população quanto na economia dos países. Aos poucos, histórias paralelas acabam sendo reveladas, como a da Faculdade de Medicina Perelman, da Universidade da Pensilvânia, nos EUA: semana passada, 200 ratinhos de pesquisas científicas precisaram ser sacrificados com o fechamento das atividades de pesquisa e o isolamento da população.
Nesse laboratório, era estudada a resposta do sistema imunológico dos animais a diferentes invasões de bactérias. Tratavam-se de ratos importados da Europa e da Ásia, que levaram anos até chegar ao genótipos ideias de estudo. Com isso, a pesquisa fica comprometida e pode levar anos para se recuperar. Porém, esse não foi o único laboratório a passar por tal situação. O mesmo ocorreu em outras instituições de ensino e pesquisa dos Estados Unidos. A recomendação é o congelamento de embriões de cepas valiosas ou raras. Os outros deveriam ser selecionados e sacrificados.
A ONG People for the Ethical Treatment of Animals (PETA) considerou o evento de uma matança, criticando a decisão. Segundo a entidade, os animais foram facilmente descartados sem a busca de uma alternativa para que isso não fosse necessário. “Os pesquisadores estão novamente escolhendo o caminho da conveniência e simplesmente matando animais que nunca deveriam ter sido comprados, criados ou experimentados em primeiro lugar”, disse Kathy Guillermo, vice-presidente da PETA.
Isolamento social e queda nas pesquisas resultaram na morte de milhares de ratinhos
Vários responsáveis pelos laboratórios defenderam a ação dizendo que isso previne que seja necessário fazer o mesmo com outros animais de laboratório. Com o número reduzido de funcionários, os bichos podem ficar sem a assistência adequada, principalmente se veterinários ficarem contaminados pelo coronavírus.
Eles também defendem que a maioria é de ratos que já seriam sacrificados por terem nascidos sem as características genéticas adequadas a cada pesquisa. Porém, essa seleção costuma demorar entre 2 e 3 semanas, tendo a necessidade de ser feita em apenas 48 horas por conta da pandemia, que, nos Estados Unidos, já infectou mais de 55 mil pessoas.
Os ratinhos representam 95% de todos os animais usados em pesquisas no país. Segundo seus pesquisadores, eles se reproduzem rapidamente, mas acabam gerando afeto nas equipes que analisam seus comportamentos e suas evoluções. “Quando você faz experimentos comportamentais, precisa observar esses animais por horas – você realmente os conhece”, explica Hopi Hoekstra, bióloga da Universidade de Harvard, que já sacrificou quase metade dos 1 mi ratos de seu laboratório.
Covid-19 causa massacre de milhares de ratinhos de laboratório via TecMundo
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