Nave espacial inativa da NASA pode resolver mistério de Saturno

13/05/2020 às 12:072 min de leitura

A sonda Cassini forneceu informações sobre o planeta Saturno por 13 anos, até ser desativada pela NASA em 2017. Agora, mesmo depois de aposentada, a sonda ajudou a desvendar o mistério por trás da atmosfera quente do planeta.

O fato intrigou cientistas por décadas, mas agora um novo estudo conduzido pela NASA e pela Agência Espacial Europeia resolveu investigar os dados antigos da Cassini. A pesquisa, publicado na revista Nature Astronomy, é o mapeamento mais completo de temperatura e densidade da atmosfera superior de um gigante gasoso.

As auroras de Saturno

(Fonte: Universidade de Colorado/Divulgação)(Fonte: Universidade de Colorado/Divulgação)

O estudo sugere que as auroras — semelhantes as luzes boreais do norte da Terra — aquecem a atmosfera de Saturno. Uma corrente elétrica é gerada a partir do fluxo constante de partículas carregadas do vento solar em interação com as partículas que fluem das luas do planeta.

Este mesmo mecanismo pode acontecer em outros planetas gigantes cheio de gás, como Júpiter, Netuno e Urano, que também possuem atmosferas quentes, mas estão distantes demais do centro do Sistema Solar para serem aquecidos pelo sol.

A descoberta também é importante para compreender como o calor circula na atmosfera de Saturno. As correntes elétricas aurorais aquecem as camadas superiores da atmosfera e impulsionam os ventos para o centro do planeta, que podem registrar o dobro da temperatura esperada apenas do aquecimento solar.

Sonda Cassini

(Fonte: NASA/Divulgação)(Fonte: NASA/Divulgação)

A sonda Cassini da NASA observou Saturno por mais de 13 anos antes de esgotar seu suprimento de combustível. Para proteger a lua Encéfalo, que Cassini descobriu que poderia manter condições adequadas para a vida, a nave espacial caiu na atmosfera do planeta em 2017.

Durante sua missão, a sonda realizou 22 órbitas ultra-próximas de Saturno. Cassini cumpriu seu último voo com uma turnê chamada de Grand Finale, durante o qual foram coletados os principais dados foram coletados para o novo mapa de temperatura da atmosfera de Saturno.

No Grand Finale, Cassini observou por seis semanas várias estrelas brilhantes nas constelações de Orion e Canis Major, enquanto passavam atrás de Saturno. Os cientistas perceberam que a luz das estrelas mudava à medida que passava pela atmosfera e descobriram que as temperaturas atingem um pico próximo às auroras, indicando que as correntes elétricas aurorais aquecem a atmosfera superior.

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