Estilo de vida
02/07/2020 às 02:00•2 min de leitura
Todo mundo já está cansado de saber: o uso de máscaras é essencial para controlar a disseminação do novo coronavírus. Sair de casa com esse acessório virou lei em muitas partes do país, inclusive.
Mas muita gente continua torcendo o nariz para o uso das máscaras. Há quem diga que tem medo de sufocar, sem oxigênio, por causa delas. Ou, então, que as expirações dentro da máscara poderiam causar uma intoxicação por excesso de gás carbônico. Tem até fake news sobre isso rolando na internet. Mas essas ideias têm fundamento?
A resposta é simples: não. Isso porque as máscaras que a maioria das pessoas estão utilizando são feitas de algodão, um tecido que permite a passagem de oxigênio. Ele só bloqueia as gotículas de saliva — que são, exatamente, o que pode transmitir o novo coronavírus. Você pode até sentir que há menos ar entrando pelas suas narinas, mas o fluxo de oxigênio (que é o que realmente importa) continua normal.
Fonte: Unsplash
Inalar muito CO2 — o gás que a gente expira quando solta o ar dos pulmões — pode causar tonturas, dor de cabeça e até perda de consciência. Será que respirar dentro da máscara pode causar esse problema? Também não.
Especialistas entrevistados pelo jornal norte-americano USA Today explicaram que a gente até inala um pouco de gás carbônico, conforme respira dentro da máscara, mas não em quantidades que façam alguma diferença para nosso organismo. Se usarmos a máscara por muito tempo, pode ocorrer uma tontura ou uma dor de cabeça leve, mas nada prejudicial para nosso organismo. Não uma intoxicação.
O motivo para isso é o mesmo pelo qual as máscaras não impedem a entrada de oxigênio: o algodão permite a passagem dos gases. Já as máscaras N95, usadas por profissionais de saúde, são mais justas e podem causar alguma restrição, mas eles sabem que deve tirar o acessório do rosto, de tempos em tempos. As máscaras de pano e as descartáveis comuns podem ser usadas por períodos maiores, sem problema.
Claro que toda regra tem sua exceção: pessoas que já tenham problemas respiratórios. Aí é melhor consultar um médico para obter as melhores orientações. O uso das máscaras também não é recomendado para crianças com menos de dois anos. O resto de nós pode — e deve! — continuar usando esse acessório sempre que necessário.