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Maior buraco negro do Universo chega a 'devorar' um Sol por dia

03/07/2020 às 08:002 min de leitura

Um estudo publicado na última terça-feira (30) no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society revelou a enormidade do buraco negro J2157, considerado o objeto que mais cresce no Universo. Feito por pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália, o artigo avalia que o fenômeno tem 34 bilhões de vezes a massa da nossa estrela e que chega a "comer" um Sol por dia.

Um dos autores do estudo, o pesquisador Christopher Onken, avalia que "a massa do buraco negro é cerca de 8 mil vezes maior que o buraco negro no centro da Via Láctea". Se o "nosso" buraco negro resolvesse chegar no tamanho desse comilão, diz o cientista, "teria que 'engolir' dois terços de todas as estrelas da nossa galáxia". 

Fonte: Nima AbkenarFonte: Nima Abkenar

Afinal, quem é o J2157?

Esse buraco negro gigantesco foi descoberto por essa mesma equipe de pesquisa que agora avaliou a sua massa, no ano de 2018. "Estamos vendo isso numa época em que o universo tinha apenas 1,2 bilhão de anos" -- explica Onken, o que, segundo ele, é menos de 10% da sua idade atual (cerca de 13,8 bilhões de anos).

Ao reconhecer que esse "é o maior buraco negro já pesado num período tão jovem do Universo", Onken e seus colegas também abrem uma questão: como um corpo cósmico tão massivo pode ter se originado em tão pouco tempo após o Big Bang?

Para responder a ess pergunta , a equipe agora está procurando por mais buracos negros na esperança de que eles possam fornecer algumas pistas.

Fonte: New York Times/ReproduçãoFonte: New York Times/Reprodução

Novos desafios da Pesquisa

Para chegar à conclusão sobre a massa do buraco negro, os astrônomos utilizaram o Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul (ESO) no Chile. Para o dr. Fuyan Bian, coautor do estudo, "sabíamos que estávamos em um buraco negro muito grande quando percebemos sua rápida taxa de crescimento".

Isso significa, segundo a pesquisa, que a quantidade de massa que um buraco negro consegue "devorar" depende do tamanho que ele já tem. 

Para Christopher Onden, essas dimensões exageradas abrem campo para novas questões: "Com um buraco negro tão grande, também estamos animados em ver o que podemos aprender sobre a galáxia em que ele está crescendo".

E conclui com uma pergunta: "Essa galáxia é um dos gigantes do Universo primitivo ou foi o buraco negro que acabou de engolir uma quantidade extraordinária de seu entorno?".

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