Ciência
06/07/2020 às 11:00•2 min de leitura
No último domingo (05), a emissora estatal chinesa de notícias Xinhua anunciou que autoridades da cidade de Bayannur, a noroeste de Pequim, emitiram um alerta de nível 3 (o segundo mais baixo em quatro) para a prevenção de pragas. O caso suspeito é de peste bubônica, doença que deu origem à pandemia da Grande Peste e causou mais de 50 milhões de mortes entre 1347 e 1351.
O aviso foi disparado depois que um hospital local comunicou às autoridades sobre o caso de um pastor internado no sábado (04). O homem se encontra em quarentena e em condição estável.
Segundo o periódico Global Times, uma segunda suspeita, envolvendo de uma menina de 15 anos de idade, teria sido detectada, e ambos os casos estariam associados ao consumo de carne de marmota. O governo chinês isolou a região, que fica na Mongólia, perto da fronteira com a Rússia; entradas e saídas de veículos estão temporariamente suspensas.
Efeitos da peste. (Fonte: Jornal Ciência/Reprodução)
Causada pela bactéria Yersinia pestis e transmitida pela picada de pulgas e animais infectados, a peste bubônica é uma das infecções bacterianas mais mortais e temidas da história. Atualmente, modernos antibióticos são capazes de prevenir as complicações e o risco de morte, se administrados com rapidez.
Sendo uma das três formas conhecidas da peste, a bubônica tem como principais sintomas a formação de linfonodos dolorosos e inchados, além de febre, calafrios e tosse.
As autoridades de saúde de Bayannur estão divulgando vários alertas e pedindo aos moradores da região que tomem precauções extras para minimizar o risco de transmissão entre seres humanos. Uma das recomendações é evitar caçar ou comer animais que possam causar a infecção.
(Fonte: OMS/Reprodução)
A invenção de antibióticos capazes de tratar a maioria das infecções detectadas tem potencial para conter os surtos de uma peste. Porém, uma coisa é tratar a praga, outra é eliminá-la por completo, tanto que ela ressurgiu recentemente, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a classificar o surto como doença reemergente.
Segundo a OMS, entre 1 mil a 2 mil pessoas sofrem de peste todos os anos, um total que pode ser maior se incluídos os casos não relatados.