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31/08/2020 às 05:00•2 min de leitura
O sapo-de-vidro é uma das criaturas mais únicas do Reino Animal. Os pequenos anfíbios possuem uma distinta transparência em sua pele que os ajuda na camuflagem contra predadores em seu hábitat natural: as florestas tropicais da América Central e do Sul. Dessa forma, o padrão de cores criado pelos órgãos ajuda o anfíbio a se esconder de maneira eficiente de ameaças e perigos no ambiente.
Geralmente pequenos (com porte que varia entre 3 e 7,5 centímetros), os sapos-de-vidro são animais pertencentes à família Centrolenidae e dividem-se em 150 diferentes tipos de espécie. A maioria delas possui uma fina pele translúcida, que emite um brilho semelhante ao vidro e, assim, permite a visualização dos órgãos em sua barriga.
Esses pequenos anfíbios podem ser encontrados em diversas regiões: do sul do México ao Panamá; nas regiões dos Andes venezuelanos; das ilhas de Tobago à Bolívia; Argentina; e algumas regiões do Brasil. Eles possuem hábitos tipicamente noturnos e se alimentam de pequenos insetos e aranhas.
(Fonte: James Culebras via All That's Interesting / Reprodução)
Enquanto muitos sapos-de-vidro possuem corpos parcialmente transparentes, poucas espécies têm uma pele tão translúcida quanto a Hyalinobatrachium yaku. Essa distinta característica permite ver até mesmo seu coração, algo considerado raro pelos cientistas.
Para os cientistas, a pele translúcida do sapo-de-vidro é um método único de camuflagem. Nesse sentido, há dois tipos de adaptação à cor do meio, de acordo com um artigo deste ano: o primeiro, mais comum, é uma "mímica" das cores e padrões encontrados, como fazem alguns camaleões; o segundo tipo é "disruptivo", que cria alto contraste e formas irreconhecíveis, e acabam protegendo o anfíbio.
Dessa maneira, experimentos mostraram que a pele dos sapos-de-vidro é única e interage de maneira mais disruptiva do que o comum. Ela pode adaptar seu brilho, tornando-se mais clara ou escura, de acordo com o ambiente no entorno do anfíbio.
A forma que o sapo se adapta às novas cores foi batizada de "difusão de borda" devido à maneira que sua pele contrasta o encontro de duas cores distintas. Essa descoberta ressaltou a importância dos Centrolenidae e de sua preservação para a biodiversidade encontrada na fauna mundial.