Nova espécie de dinossauro é encontrada preservada na China

24/09/2020 às 03:002 min de leitura

Dois fósseis extremamente bem preservados de uma nova espécie de dinossauro foram descobertos próximo a região de Liaoning, na China. De acordo com os arqueólogos, as criaturas ficaram presas embaixo da terra por 125 milhões de anos em decorrência de uma erupção vulcânica pré-histórica.

A equipe de pesquisa acredita que estes animais eram uma espécie de escavadores, como as toupeiras e os coelhos, e viviam em abrigos subterrâneos, os quais acabaram se transformando em túmulos selados por lava e cinzas.

Esses dinossauros receberam o nome científico de Changmiania liaoningensisque também pode ser traduzido para "O eterno sonhador de Liaoning".

Dinossauros dorminhocos

(Fonte: Carine Ciselet)
(Fonte: Carine Ciselet)

Segundo os relatos feitos pelo jornal americano CNN, os espécimes foram descobertos nas camas de Lujiatung, uma espécie de "Pompeia chinesa" e a camada mais antiga da formação geológica de Yixian — existente desde o início do período cretáceo.

A posição de descanso na qual os fósseis foram encontrados faz com que os arqueólogos creiam que os dinossauros tenham sido cobertos pela espessa camada de sedimentos enquanto dormiam ou logo após a sua morte.

O paleontólogo do Instituto Real Belga de Ciências Naturais Pascal Godefroit explicou para a CNN que esses animais são a "forma mais primitiva de um dinossauro ornitópode" já registrada. Os ornitópodes são herbívoros que caminham utilizando apenas duas pernas e usavam a força de seus membros inferiores para correr em alta velocidade.

Semelhanças com a Pompeia

(Fonte: PeerJ)
(Fonte: PeerJ)

A análise laboratorial dos fósseis dá a entender de que esses espécimes habitavam a Terra entre 65,5 e 145,5 milhões de anos atrás, bem no meio do período cretáceo. 

O estudo publicado na revista PeerJ indica que a nova espécie de dinossauro possa ter morrido de maneira parecida com os habitantes da Pompeia, que morreram após a erupção do Monte Vesúvio no sul da Itália em 79 d.C.

Apesar dos óbitos causados pela lava serem extremamente grotescos, como a explosão de crânios em decorrência da fervura do sangue, essas regiões costumam apresentar fósseis muito bem preservados. Em 2019, pesquisadores encontraram os ossos de um cavalo intactos dentro do sítio arqueológico da Pompeia. 

As cinzas expelidas pelos vulcões em erupção seriam as principais responsáveis por revestir os restos mortais desses animais e mantê-los soterrados em perfeito estado nos territórios italianos e chineses.

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