Cidade japonesa usa lobos robóticos para afastar ataques de ursos

18/11/2020 às 12:002 min de leitura

A cidade de Takikawa, que fica na ilha de Hokkaido, no Japão, começou a encarar um problema de segurança em 2020: ursos selvagens foram avistados nas proximidades das casas, o que poderia resultar em ataques e invasões. 

Os animais estariam em busca de comida antes do período de hibernação, que começa a partir de novembro, e isso pode fazer com que alguns deles saiam do perímetro de vegetação e ataquem o que estiver pela frente. A expansão urbana e a redução na área verde da região podem ser fatores que explicam esses casos.

A solução encontrada pelas autoridades locais foi tentar assustar os ursos com outro animal, porém em uma versão tecnológica. A prefeitura instalou robôs em forma de lobo que atuam praticamente como espantalhos, porém em uma versão bem mais assustadora.

De cara com o monstro

Os robôs na verdade são animatrônicos revestidos com uma pele que lembra a de um animal. Ao detectar movimentos, o equipamento começa a balançar a “cabeça” repetidamente e emite até 60 sons diferentes que lembram rugidos de uma fera, além de utilizar um esquema de luzes posicionado na cauda para chamar atenção. Os olhos vermelhos da criatura também são especialmente pensados para assustar.

Essa criação não é original: plantações usam essas versões mecânicas de monstros ao menos desde 2016, com mais de 70 unidades comercializadas para fazendeiros e autoridades em todo o Japão. Elas simulam um acontecimento bastante real do passado — espécies de lobo realmente vagavam pela região séculos atrás, até serem extintas.

Ao todo, duas unidades do “Monster Wolf” foram posicionados nas fronteiras da cidade em uma altura considerável, presos por uma haste. Eles não são robôs gigantes, mas também não são nada baratos: custam o equivalente a R$ 21,8 mil cada e rodam a partir de energia solar. A empresa responsável pelas vendas é a Ohta Seiki.

Os robôs utilizam um sensor de movimento para saber quando começar a fazer barulho.
Os robôs utilizam um sensor de movimento para saber quando começar a fazer barulho.

De acordo com o jornal The Guardian, dois ataques ocorridos neste ano foram fatais e a quantidade de flagras de ursos na região tem sido a maior nos últimos cinco anos, o que levou o governo a tomar essa e outras medidas de precaução. 

De setembro até novembro, durante o período de funcionamento do novo sistema de segurança, nenhuma ocorrência foi registrada.

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